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28/11/2013 - 07:05

Estudo identifica que Psicodrama constitui uma alternativa terapêutica para intervenção na obesidade

Método mostrou-se eficiente na melhoria da capacidade de regular emoções e reduzir a ingestão alimentar compulsiva, interferindo positivamente na mudança comportamental de mulheres obesas que participaram da avaliação.

A presença de compulsão alimentar na população obesa apresenta uma relação com estados emocionais negativos. Esses comportamentos funcionam como uma estratégia de regulação emocional. Baseado nessa perspectiva foi realizado um estudo a fim de identificar a aplicação do psicodrama como alternativa terapêutica na relação entre obesidade e comportamento alimentar.

Considerado um padrão de excelência para promover a expressão e a experimentação de emoções e sentimentos, o psicodrama explora os problemas psicológicos e sociais através da integração cognitiva, afetiva e comportamental. “Ao promover o uso de metáforas, representações simbólicas, reexperimentação de situações vividas, imaginadas ou antecipadas como problemáticas, o método procura explorar os estados emocionais no intuito de proporcionar maior capacidade de autorreflexão e de insight sobre as experiências”, revela a coordenadora do departamento de psicodrama do Instituto Sedes Sapientiae, Heloisa Fleury.

O trabalho, conduzido por Filipa Mucha Vieira, Sandra Torres e Gabriela Moita, será publicado na revista brasileira de Psicodrama, com lançamento marcado para o próximo dia 28 de novembro, em São Paulo. “O artigo apresenta um programa de intervenção psicodramática para mulheres obesas focado nas emoções. O objetivo do trabalho é intervir na capacidade de regular emoções e, consequentemente, na redução de comportamentos de ingestão compulsiva, contribuindo para o estudo da eficácia e da efetividade do psicodrama, diminuindo a lacuna existente entre investigação e prática clínica”, explica Heloisa, que também é a editora do periódico onde o trabalho será publicado.

“Uma vez que o corpo e as emoções desempenham um papel central na problemática da obesidade, o psicodrama procura remover o bloqueio da espontaneidade e se aprofundar nas dificuldades que estão escondidas pelas questões alimentares. Essa abordagem terapêutica facilita a libertação e a expressão de sentimentos e a exploração de papéis individuais e sociais, nomeadamente o papel de mulher, o papel da comida e o papel da gordura e da magreza na sociedade ocidental em que vivemos”, detalha a psicóloga.

Segundo Heloisa, o objetivo deste programa de intervenção em grupo com mulheres obesas é intervir no nível da regulação emocional, autocontrole alimentar, controle da sintomatologia psicológica e promoção do relacionamento interpessoal. “O programa foi organizado em doze sessões, realizadas semanalmente, com uma duração média de noventa minutos cada. Os grupos foram constituídos por oito a dez elementos e a equipe terapêutica foi formada por uma psicodramatista e um egoauxiliar. Todas as sessões processaram-se segundo as três fases sequenciais: aquecimento, dramatização e comentários.”, relata.

Os resultados do trabalho revelaram magnitudes de efeito de moderados a altos para todas as escalas, concluindo-se que o psicodrama promoveu mudanças no nível do comportamento e no funcionamento psicológico das participantes, possibilitando a abertura a múltiplas perspectivas na vivência da obesidade.

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