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28/11/2013 - 07:55

Touros avaliados: negócio rentável


Um touro melhorador se paga já na primeira estação de monta.

Logo iniciaremos mais uma estação de monta e estamos em plena época de venda de reprodutores. As opções são inúmeras. Todos os dias são ofertados touros em várias regiões do País e muito tem sido falado a respeito do real valor genético desses animais.

A grande questão é: como filtrar o que é oferecido e separar o material genético que realmente deve ser introduzido no rebanho para melhorar os índices produtivos e reprodutivos e, assim, aumentar a eficiência e a lucratividade – que são, na verdade, os grandes objetivos dos pecuaristas.

A verdade é que muitos produtores investem bastante em marketing e nem sempre em boa seleção genética. Isso, infelizmente, resulta na divulgação exacerbada de animais que não trarão o resultado esperado no trabalho a campo.

Existem várias maneiras de selecionar os touros, e a principal dica é verificar se o animal possui avaliação genética ou não. Palavras como “qualificados” ou “selecionados” são usadas para maquiar a falta de avaliação genética. Busque touros que sejam efetivamente ‘geneticamente avaliados’.

O CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção) é a melhor garantia oferecida por quem faz avaliação genética. Afinal, trata-se de chancela fornecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para programas sérios de avaliação genética.

Tal certificado garante que somente os melhores animais de cada safra sejam comercializados como reprodutores. Para ser mais preciso, apenas os 20 a 30% dos machos nascidos na safra recebem o selo do MAPA.

Selecionados os touros/raças geneticamente avaliados, deve-se analisar o vendedor. Quem é? Qual o volume de touros produzidos por ano? Quanto tempo de mercado? Essas questões precisam ser respondidas de forma clara e objetiva, sendo importantes para definir o posicionamento do fornecedor no mercado e a qualidade de sua oferta.

Após verificar e analisar a procedência do vendedor deve-se fazer uma análise técnica dos touros colocados à venda. Analisar a uniformidade dos animais também é algo fundamental. Isso impactará o desenvolvimento do rebanho ao longo dos anos. Animais com exame andrológico positivo, bons aprumos e musculosos são essenciais na hora da aquisição.

Fazer avaliação das DEPs (Diferença Esperada na Progênie) do touro a ser adquirido faz parte do processo de seleção de qualquer pecuarista que procura produtos específicos para o seu plantel. Porém, algumas DEPs são indispensáveis para a aquisição de qualquer touro melhorador. É o caso de Peso a Desmama (PD), Peso aos 14 Meses (P14), Precocidade Sexual e Peso ao Nascer (PN).

Novas DEPs estão sendo incorporadas nos sumários de reprodutores de diversas raças na medida em que o mercado necessita de animais com características específicas. As DEPs de carcaça, como Área de Olho de Lombo e Espessura de Gordura se tornam cada vez mais importantes.

Touro é investimento e não um custo para a propriedade! Vale a pena estar atento aos verdadeiros valores genéticos na hora de adquirir um touro para cobrir a vacada. Beleza não se põe na mesa nem no pasto. Comprar um touro apenas pela aparência visual não resolve os problemas nem traz soluções para os projetos pecuários.

O touro se paga já na primeira estação de monta. Veja uma conta básica: em média, um bom touro cobre em torno de 30 vacas - se ele emprenhar 25, já se pagou com a venda da bezerrada que vai nascer. E, claro, este animal continuará trabalhando no plantel por, no mínimo, seis anos. Fique atento, analise o mercado cuidadosamente e tome a melhor decisão para o melhoramento do seu rebanho e do seu bolso!

. Por: Gabriela Giacomini, zootecnista e gerente de operações do Programa Montana, que desde 1993 faz intenso trabalho de seleção de touros compostos, geneticamente avaliados e com CEIP.

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