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29/11/2013 - 07:32

Furacão já é um vencedor e deve manter seu modelo

Independentemente de ter perdido a final da Copa do Brasil para o Flamengo, o Atlético Paranaense é um grande vencedor em 2013. Não é sem razão que, “jogando fora de casa”, em São Paulo, ganhou o troféu de "Clube com Melhor Estrutura Financeira", no recente 2º Seminário Business FC, promovido pela Brasil Sport Market (BrSM), fórum permanente de gestão do esporte organizado pela Trevisan Escola de Negócios e a Pluri Consultoria.

Com um modelo eficaz, o Furacão montou um time vencedor, mesclando alguns jogadores veteranos com jovens, sob o comando do técnico Wagner Mancini. Uma equipe com orçamento muito realista para o cenário do futebol brasileiro e de alta relação custo-benefício. Um elenco construído de modo responsável, de acordo com a realidade orçamentária do clube, como tem feito a sua administração nos últimos anos, algo raro em nosso futebol. A excelente campanha no Brasileirão e a classificação à final da Copa do Brasil não deixam dúvidas quanto ao sucesso do trabalho este ano, fruto também de uma sólida gestão iniciada há mais de uma década.

Agora, é importante que o clube mantenha tudo o que vem construindo, mesmo que não conquiste uma vaga para a Libertadores da América no Campeonato Brasileiro. Os avanços são muitos e os resultados mostram-se promissores. A apaixonada torcida está fechada com o time, a nova arena em breve estará pronta e a equipe, fazendo uma boa pré-temporada e com alguns reforços pontuais, tem tudo para repetir a boa campanha em 2014. Aliás, a Arena da Baixada é a única da nova geração que não terá de compartilhar os resultados futuros com um parceiro, nem destinar grande parte da sua receita com pagamentos a financiadores, o que lhe confere importante vantagem competitiva.

Tudo o que o Atlético Paranaense precisa evitar é sentir-se derrotado e desmerecer todo o seu modelo de administração, marketing, gestão do futebol e filosofia de trabalho caso, após o vice da Copa do Brasil, não se classifique à Libertadores no Brasileirão. A descontinuidade de bons projetos ante resultados negativos pontuais é um dos problemas do futebol nacional. Nem sempre é possível conquistar títulos em curto prazo com um modelo vencedor, pois o futebol, por mais que se defina na técnica e na qualidade, é um jogo passível de surpresas e, em alguns casos, resolvido nos detalhes.

É inegável que o Furacão tem feito um trabalho eficiente na gestão e no marketing esportivo. Tanto assim, que ficou à frente de alguns dos maiores clubes brasileiros nesta temporada. Tem jogado em casa com estádio lotado, evidenciando a crescente sinergia com os torcedores, para a qual têm contribuído iniciativas como a TV CAP, Rádio CAP e a rede social Fan Zone. É preciso, apenas, ter a consciência de que o sucesso desses canais de comunicação não deve preterir as boas relações com a grande mídia, sempre fundamentais em todas as áreas de atividade.

O Atlético Paranaense conseguiu sair da mesmice em 2013, a começar pela ousada decisão de disputar o campeonato estadual com um time sub-23, fazendo bem-sucedida pré-temporada dos profissionais. Iniciativa, aliás, inédita para um clube brasileiro e que foi, de certa forma, uma prévia do movimento pela melhoria do calendário capitaneado pelo Bom Senso FC.

Caso os objetivos maiores não sejam atingidos este ano no campo, que o clube siga inovando e saindo do lugar comum, como foi com a criação da Arena em 1999, e mantendo o modelo de gestão responsável e eficaz que já se tornou referência no País. Como dito pelo seu presidente, se não puder ser o maior, tem de continuar buscando ser o melhor.

. Por: Fernando Trevisan, pesquisador e consultor da Trevisan Gestão do Esporte e diretor da Trevisan Escola de Negócios.

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