Projeto de pastilha sanitária que detecta diabetes vence GP SENAI de Inovação

Campeões do time vermelho visitarão a Politécnica de Milão, na Itália. Ideia desenvolvida pela equipe ganha por manter foco no mercado e ter a maior aceitação da indústria.

A escuderia BentoKIM – equipe vermelha - é a grande vencedora da primeira edição do Grand Prix SENAI de Inovação. O time somou 66 pontos no placar geral, que levou em conta a quantidade absoluta de ideias, organização, foco no mercado e maior aceitação por parte dos representantes do setor industrial - para quem os competidores apresentaram seus projetos. Os sete integrantes da equipe ganharam troféu e iPad mini. Todos eles viajarão para a Itália para conhecer a Escola Politécnica de Milão.

"Com certeza vamos ajudar a indústria. Nossa preocupação, desde o início, era buscar projetos que atendessem às empresas com aderência à tecnologia, olhando o mercado, a entrega do produto, ou seja, todo o ciclo produtivo", disse a líder da "Bento Kim", Ângela Santos, que é consultora do SENAI Pernambuco. "Aqui tivemos apenas ideias. A partir delas, vamos aprofundá-las e levá-las ao mercado", completou, em meio à comemoração.

O segundo lugar do pódio foi ocupado pela EquiPequi (equipe amarela) que teve 48 pontos. Os competidores também receberam troféu e Mac Book Air. Em terceiro lugar no desafio ficou a Blackeep (equipe preta) que somou 32 pontos. Cada um dos componentes levou troféu e iPhone 5.

A melhor ideia – Além do lugar mais alto no pódio, a BentoKim teve mais um motivo para comemorar. Dentre as 289 ideias produzidas durante o Grand Prix, o grupo foi o autor do melhor projeto, de acordo com a comissão julgadora. A ideia que conquistou os jurados foi a da pastilha de vaso sanitário que, além de perfumar o banheiro, tem uma substância que a faz mudar de cor para mostrar o grau de glicose no sangue. A invenção pode ser útil a diabéticos – que substituiriam o furo no dedo – e também como alerta a quem eventualmente possa ter a doença e não saber. Todas as outras propostas produzidas durante o Grand Prix formarão um banco de ideias disponível gratuitamente, a partir de 2014, para empresas que queiram inovar.

Segunda edição garantida – O gerente-executivo da Unidade de Inovação e Tecnologia do SENAI, Jefferson Gomes, diz que já planeja a edição do Grand Prix do ano que vem. “Os resultados dessa primeira corrida de ideias superaram todas as nossas expectativas. O Grand Prix fortaleceu ainda mais a vocação do SENAI em servir de ponte entre a academia e a indústria. Queremos mostrar para a sociedade que somos um instrumento de inovação pela competitividade. Em 2014, teremos a segunda edição, com novidades”, garantiu Jefferson.

O Grand Prix SENAI de Inovação surgiu inspirado num modelo sueco para promover o modelo de inovação aberta. Ao longo de 72 horas corridas – das 14h de domingo (24) às 14h de quarta-feira (27) - seis equipes, com sete integrantes cada, ficaram concentradas em aquários de nove metros quadrados, em uma arena montada no WTC, em São Paulo. Os times multidisciplinares foram formados por competidores de todo o país, entre alunos e designers do SENAI, professores do Serviço Social da Indústria (SESI), alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e representantes de startups indicados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Cada equipe contou com a consultoria de professores da Escola Politécnica de Milão (Itália).

A missão era encontrar soluções inovadoras para três grandes desafios do mundo moderno: envelhecimento da população, desastres ambientais e megaeventos. Os projetos precisavam ser debatidos com o público em geral e com representantes das empresas parceiras do Grand Prix – Braskem, Petrobras, T-Systems, Natura, Wenovate, Frutos do Brasil e Induct. [www.portaldaindustria.com.br].