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03/12/2013 - 07:39

MMX: alto prejuízo em momento de reestruturação, aponta análise do BB Investimentos

Segundo análise de Victor Penna, do BB Investimentos, apesar da estabilidade operacional no resultado do terceiro trimestre de 2013, a MMX continua altamente alavancada (dívida líquida de R$ 2,7 bilhões) neste momento e ainda enfrenta desafios importantes até que consiga se reestruturar totalmente nos próximos exercícios. “Consideramos positiva a revisão do plano de negócios aprovada pelo Conselho de Administração, que inclui a venda de 65% da MMX Porto Sudeste para a Trafigura e Mundabala, a venda da unidade no Chile para a Inversiones Cooper Mining S.A. e o andamento da venda da unidade em Corumbá, disse o analista.

Melhora nas vendas de ambos os sistemas - “Apesar da queda na produção consolidada devido a problemas operacionais no sistema sudeste e a paralisação da unidade de Corumbá, a MMX apresentou um volume de vendas 23,5% maior em relação ao trimestre anterior, com mais de 60% do total sendo destinado ao mercado interno. Apesar do leve recuo no preço médio praticado – em torno de R$ 158,00/toneladas versus R$ 164,00/toneladas no segundo trimestre de 2013 – a companhia encerrou o período com uma receita 19,2% superior T/T”, avaliou Penna.

Custos e Despesas Operacionais “Mesmo com o maior volume de vendas, os custos avançaram apenas 9,7% sobre o 2T13 que, segundo a companhia, se deve à implantação de uma política de redução somada ao menor ajuste de inventário. Isso levou a um CPV/ton de R$ 50,24, 11,2% inferior T/T. As despesas com vendas aumentaram 56% sobre o trimestre anterior, acompanhando a elevação nas vendas, assim como a maior tarifa de exportação no porto CPBS e a política de precificação adotada pela MMX. Já as administrativas se mantiveram estáveis, porém o Ebitda total consolidado encerrou o 3T13 negativo em R$ 69,8 milhões, versus R$ 41,4 milhões positivos no 2T13. Devido ao atraso na construção do Superporto Sudeste, o Ebitda da MMX acabou sendo impactado negativamente em R$ 113,4 milhões, que se deve ao provisionamento de multas relativas ao contrato “take or pay” com a Usiminas. Excluindo esse fator não recorrente, o Ebitda ajustado seria de R$ 43,6 milhões”, continuou.

Resultado financeiro e lucro líquido- “O resultado financeiro da companhia foi negativo em R$ 117,7 milhões, versus R$ 344,8 milhões negativos no trimestre anterior, devido ao impacto da desvalorização cambial naquele período, que prejudicou a dívida financeira e as obrigações com pagamento de royalties, cuja base é em dólar. A MMX encerrou o trimestre com prejuízo líquido de R$ 1,2 bilhão, versus prejuízo de R$ 441,5 milhões no 2T13. Conforme a mineradora havia antecipado em fato relevante no dia 27 de novembro, o resultado foi fortemente impactado pela necessidade de reconhecimento de impairment no valor total de R$ 913 milhões, correspondentes a R$ 599 milhões relativos a imobilizados e ágios das operações correntes em Serra Azul e R$ 314 milhões em direitos minerários de Bom Sucesso”, concluiu Victor.

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