FOMC e dados da China continuam no foco dos agentes, aponta BB Investimentos

O Ibovespa encerrou novembro com queda de 3,27%, aos 52.482 pts, interrompendo uma sequência de quatro meses consecutivos de elevações, acumulando agora variações de -13,9% em 2013 e -8,7% em 12 meses. O Índice operou com tendência descendente até o dia 13, quando ensaiou uma recuperação, devido à divulgação do relatório da reunião do Partido Comunista da China, que mostrou intenção de o país se aproximar mais da economia de mercado, reformar as empresas públicas e realizar reformulações fiscais. “Contudo, a partir do dia 19, o índice retomou a tendência de baixa até o final do mês. O índice doméstico tem resistências em torno de 54.300 pts, 56.700 pts e 59.500 pts, e suportes em torno de 51.300, 49.500 pts e 47.100 pts”, analisaram Nataniel Cezimbra e Hamilton Moreira Alves do BB Investimentos

De acordo com os executivos, o último dado disponível, a bolsa brasileira teve retirada de capital externo de R$ 29,803 milhões no último dia 27, acumulando R$ 290,879 milhões em novembro (saldo positivo de R$ 780,127 milhões em outubro, R$ 4,247 bilhões em setembro e R$ 2,126 bilhões em agosto) e R$ 11,728 bilhões em 2013.

“Nos EUA, foi divulgado o PIB anualizado, que cresceu 2,8% no terceiro trimestre de 2013 (T/T), acima dos +2,5% do trimestre anterior e das expectativas de alta de 2,0%. Já o payroll – criação de vagas na economia - mostrou que a economia criou 204 mil postos de trabalho em outubro, acima dos 163 mil empregos criados em setembro e das expectativas de criação de 120 mil novos empregos, A taxa de desemprego do país teve leve mudança para 7,3% em outubro, versus 7,2 em setembro. As bolsas em Wall Street avançaram em novembro, com o Dow Jones, a Nasdaq e o S&P 500 subindo 3,48%, 3,58% e 2,80, respectivamente”, frisaram os analistas.

Quanto a carteira de ações sugeridas pelo BB Investimentos: nos últimos 12 meses a carteira sugerida pelo BB Investimentos acumula alta de 7,0%, enquanto o iBovespa está negativo em -8,7 Ao considerar apenas em 2013, a alta da carteira sugerida da equipe de analistas chega a 3,4%, com iBovespa negativo em -13,9%

Perspectivas - “Para dezembro, o foco dos mercados deverá estar direcionado, principalmente, para a reunião do FOMC nos dias 17 e 18, a última de Ben Bernanke como chairman do Federal Reserve. O mercado não espera por novidades em relação à política monetária dos EUA, devendo ficar para Janet Yellen, a próxima presidente da instituição, cujo mandato se inicia no próximo ano, a missão de conduzir o Banco Central da maior economia mundial”, vê Nataniel Cezimbra, em sua análise.

“Os dados econômicos norte-americanos, destacadamente aqueles vinculados ao mercado de trabalho, e os números chineses continuarão a ser monitorados de perto pelos investidores. Os agentes também acompanharão quaisquer possíveis mudanças a serem adotadas pela China, em relação a uma possível sinalização maior de transição em direção, mesmo que gradual, para economia de mercado”, continua Cezimbra.

“No Brasil, uma metodologia de cálculo de reajuste automático de combustíveis pela Petrobras não foi decidida na última reunião do Conselho de Administração da empresa. A divulgação do PIB do terceiro trimestre de 2013, na primeira semana de dezembro [dia 03], também será destaque e deverá ser monitorado de perto pelos agentes”, diz o analista.