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29/11/2007 - 08:15

Crescimento de 10,5% não satisfaz empresários da indústria de bens de capital

São Paulo - O faturamento das indústrias de bens de capital, no acumulado de janeiro a outubro deste ano, é 10,5% maior do que o registrado durante o mesmo período de 2006, de acordo com o balanço divulgado no dia 28 de novemabro, pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Nos dez primeiros meses de 2007, o setor faturou mais de R$ 51,1 bilhões, contra R$ 45,4 bilhões em 2006.

O percentual de crescimento alcançado pelas indústrias do setor é mais do que o dobro do aumento do Produto Interno Bruto brasileiro (PIB), que é a soma das riquezas geradas no país durante o ano. O aumento do PIB foi de 4,9%, de acordo com a última pesquisa divulgada pelo IBGE, em setembro. No entanto, o ganho não satisfaz os empresários, que pedem desonerações e mudanças na política cambial do governo, além de incentivos a inovações tecnológicas e a criação de linhas de financiamento específicas para as empresas.

“O setor está aquecido, mas não podemos nos acomodar. Em 1980, éramos o quinto país em produção de bens de capital. Hoje, somos o 14º. Durante 20 anos, só perdemos. Agora, temos que nos recuperar”, disse o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, em entrevista coletiva após a divulgação do balanço da associação.

Segundo ele, a recente valorização do real em relação ao dólar tem feito com que o volume de importação de máquinas, que historicamente já é maior que o de exportações, apresente um crescimento ainda mais alto. Dados da Abimaq apontam que, enquanto as importações cresceram 37,1%, as exportações aumentaram 23,7%.

Até outubro de 2007, o Brasil importou cerca de R$ 7,2 bilhões a mais do que exportou - R$ 24,6 bilhões contra R$ 17,4 bilhões. O saldo da balança comercial é 85% maior que o de 2006.

“Precisamos deixar nosso produto mais competitivo para aproveitar o aquecimento global da economia. Cerca de 85% das máquinas importadas pelo Brasil também são produzidas por indústrias brasileiras”, afirmou Aubert.

De acordo com a Abimaq, o consumo de bens de capital cresceu 17,2% na comparação com 2006. A soma do que foi produzido e do que foi importado, menos o valor do que foi exportado, saltou de R$ 49,7 bilhões para R$ 58,3 bilhões.

O segmento do setor que mais aumentou o faturamento foi o de máquinas e equipamentos para madeira, com 46% de crescimento, seguido pelo de válvulas industriais, com 34,8%. O que teve o pior resultado foi o de artigos plásticos - aumento de 1,3%. Até o final de outubro, as indústrias de bens de capital geraram 226 mil empregos. Número 8,9% maior do que o de 2006. | Por: Vinicius Konchinski/ABr

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