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06/12/2013 - 07:43

Estudo aponta marco histórico no tratamento da leucemia mieloide crônica (LMC)

Nove centros de referência em hematologia no Brasil participarão de programa de estudos que visa avaliar o potencial de remissão da leucemia mieloide crônica (LMC) após suspensão da medicação. Realizado em 39 países, o programa de estudos indicará se a doença pode permanecer controlada após um período determinado de tratamento com Tasigna® (nilotinibe), medicamento oral direcionado a alvos moleculares específicos. Desenvolvido pela Novartis, Tasigna® (nilotinibe) representa uma evolução no tratamento da leucemia após a primeira terapia-alvo para esta doença, o Glivec (imatinibe), lançado pelo mesmo laboratório no início dos anos 2000.

São Paulo – A história da leucemia mieloide crônica (LMC) está prestes a ganhar um novo capítulo com a realização de um programa global de estudos, do qual o Brasil faz parte. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acaba de aprovar o protocolo do estudo clínico que visa demonstrar o potencial de remissão da LMC após o uso e suspensão de uma terapia-alvo. Atualmente, o protocolo de tratamento prevê que os pacientes tomem a medicação por toda a vida. Agora, será estudada a possibilidade de suspensão do medicamento após um determinado período em que o paciente mantém a LMC controlada, com níveis indetectáveis de doença

O programa de estudos visa avaliar um total de 2500 pacientes, em 39 países. Espera-se que uma parte deles, estimada em 1000 pacientes, possa suspender a medicação e manter a doença indetectável, podendo viver sem o medicamento. No Brasil, nove centros de referência em hematologia conduzirão um dos braços do programa, o estudo ENESTop, promovido pela Novartis Oncologia, ao lado de outros 19 países.

“O lançamento deste programa mundial de pesquisa clínica estabelece um novo marco no tratamento da leucemia mieloide crônica e reforça o nosso compromisso com a evolução da terapia e a melhora da vida desses pacientes”, destaca Dra. Elaine Rahal, Diretora Médica da Novartis Oncologia.

O estudo de fase II denominado ENESTop já está recrutando pacientes em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Campinas, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre, e tem o objetivo de identificar a possibilidade de suspensão do medicamento em pacientes diagnosticados com leucemia mieloide crônica cromossomo Filadélfia positivo (LMC Ph+). No entanto, esta suspensão só poderá acontecer após uma série de comprovações. A primeira delas é que o paciente deve apresentar um resultado de resposta molecular (MR) sustentável – chamado de MR4,5 – por pelo menos um ano em terapia com Tasigna® (nilotinibe)1. Esse critério demonstra níveis indetectáveis de marcadores da doença. Durante este período, ele será monitorado e realizará exames periódicos para medir o nível das proteínas causadoras da doença no corpo.

No Brasil, os pacientes aprovados para o estudo são aqueles que estão em tratamento com Tasigna® (nilotinibe) depois de terem apresentado resistência ou intolerância ao medicamento Glivec® (imatinibe), como terapia de primeira linha. Glivec® (imatinibe) foi a primeira terapia-alvo para tratamento da LMC no mundo. Depois dele, foi desenvolvido Tasigna® (nilotinibe), uma terapia-alvo de segunda geração, mais seletiva no combate aos alvos moleculares específicos da leucemia mieloide crônica.

A LMC é um tipo de câncer de sangue que corresponde 15% dos quadros da leucemia3. No passado, a sobrevida dos pacientes era de poucos anos, já que as terapias disponíveis eram incapazes de conter o avanço da doença. Além disso, vinham acompanhadas por múltiplos eventos adversos. “A partir do lançamento de Imatinibe, a LMC se transformou em uma doença controlável, deixando de ser, necessariamente, uma doença fatal”, destaca a hematologista Dra. Carla Boquimpani, do Hemorio, um dos centros de pesquisa que farão parte do estudo ENESTop no Brasil.

Segundo ela, “a nova perspectiva para o tratamento da LMC é mantê-la em remissão após a retirada do medicamento, garantindo mais qualidade de vida aos pacientes”. Dados preliminares de pesquisas independentes demonstram ser possível que pacientes com uma resposta molecular profunda permaneçam em remissão mesmo após a interrupção do tratamento com Tasigna® (nilotinibe). “Há diversos benefícios com a interrupção da terapia medicamentosa, como o fim de eventos adversos que existem mesmo em medicamentos tão seletivos. Além disso, uma paciente mulher que sonha em ser mãe, por exemplo, estará apta a engravidar com a suspensão do tratamento medicamentoso após remissão da doença”, ressalta Dra. Carla.

O que é e qual a importância da MR4,5-É um critério fundamental para que o paciente possa ser elegível a suspender o uso do medicamento. A MR4,5 corresponde a um nível muito baixo de marcadores da doença que o paciente deve alcançar e manter por um longo prazo. Essa taxa é monitorada por meio de exames como o PCR. Evidências clínicas indicam que pacientes com resposta molecular de MR4,5 por pelo menos um ano tem uma menor chance de progressão para fases avançadas da doença2. Nesse exame, são medidos os níveis da proteína BCR-ABL, principal causa da doença. O teste mostra se o paciente permanece em remissão ou se será necessária a reintrodução do tratamento. O monitoramento é essencial para identificar precocemente a resposta do paciente ao tratamento e como a doença se comporta com a retirada do medicamento. Os protocolos de saúde para tratamento do paciente com leucemia mieloide crônica recomendam que o exame de PCR seja realizado trimestralmente (saiba mais sobre os mecanismos da LMC e sobre o teste de PCR no material anexo).

É importante destacar que a interrupção do tratamento não é uma indicação clínica aprovada por enquanto e só deverá ser realizada no contexto deste estudo clínico.

O programa de pesquisas - Globalmente, a Novartis Oncologia possui oito estudos de remissão da LMC livre de tratamento (treatment-free remission), sendo quatro estudos liderados pela empresa e quatro iniciados por investigadores independentes. O programa será realizado em 39 países com uma estimativa de 2500 pacientes inscritos. A expectativa é que cerca de 1000 participantes atinjam o objetivo e possam suspender o tratamento após a resposta molecular esperada com o uso de Tasigna® (nilotinibe).

A Novartis Oncologia investe em pesquisas para LMC há mais de duas décadas e é responsável pela primeira molécula especificamente direcionada para o tratamento da doença. “A Novartis Oncologia assumiu um compromisso com os pacientes com LMC ao identificar, no início dos anos 1990, a molécula que viria a ser o Glivec® (imatinibe), a primeira terapia-alvo indicada para tratamento da doença. Desde então, a empresa investe de forma consistente em estudos ao redor do mundo, com o objetivo de transformar a vida dos pacientes”, afirma Patrick Eckert, gerente-geral da Novartis Oncologia no Brasil.

O estudo ENESTop3-O ENESTop é um estudo aberto fase II de braço único criado para determinar se adultos com LMC Ph + podem permanecer em remissão da doença ao interromper o tratamento com Tasigna® (nilotinibe). Os pacientes elegíveis ao estudo devem ter tido tratamento inicial da doença com Glivec® (imatinibe) e, devido a falha ou intolerância a esta terapia, houve troca para Tasigna® (nilotinibe). No estudo, o paciente deverá utilizar Tasigna® (nilotinibe) por pelo menos 1 ano, mantendo o índice de resposta MR4,5 antes de entrar na fase livre de tratamento. Os pacientes serão monitorados rigorosamente a partir de testes de PCR regulares. O desfecho primário é a manutenção da resposta molecular maior (MMR) ou MR4,5 durante os 12 meses primeiros pós a suspensão de Tasigna® (nilotinibe).

Em outros países em que o Tasigna® (nilotinibe) é aprovado para tratamento de primeira linha para a LMC, pacientes participantes de determinados estudos do programa não precisam ter iniciado a terapia anterior com Glivec® (imatinibe).

Tasigna® (nilotinibe) é aprovado em mais de 90 países para o tratamento da leucemia mieloide crônica positiva para o cromossomo Filadélfia (LMC Ph+) nas fases crônica e acelerada, em pacientes adultos resistentes ou intolerantes a pelo menos uma terapia prévia, incluindo Glivec® (imatinibe) e para o tratamento de pacientes adultos com LMC Ph+ recém-diagnosticada na fase crônica. No Brasil, Tasigna® (nilotinibe) foi aprovado em 2009, para segunda linha de tratamento em pacientes que falharam com terapia prévia.

Glivec® (imatinibe) é aprovado em mais de 110 países para o tratamento de todas as fases da LMC Ph+, para o tratamento de pacientes adultos com tumores estromais gastrintestinais (GIST) positivos para KIT (CD117), que não podem ser cirurgicamente removidos e/ou apresentaram metástase, assim como para o tratamento de pacientes adultos após remoção cirúrgica completa de GIST KIT +.

Perfil - A Novartis oferece soluções de saúde inovadoras que atendem às necessidades em constante mudança de pacientes e da população. Com sede em Basileia, na Suíça, a Novartis oferece um diversificado portfólio de medicamentos inovadores; cuidados com os olhos; medicamentos genéricos de baixo custo; vacinas preventivas e ferramentas de diagnóstico; e produtos de consumo em saúde e saúde animal. A Novartis é a única empresa global com posição de liderança em todas essas áreas. Em 2012, as operações do Grupo atingiram vendas líquidas de US$ 56,7 bilhões e lucro líquido de US$ 9,6 bilhões, enquanto cerca de US$ 9,3 bilhões foram investidos em pesquisa e desenvolvimento em todo o Grupo. Estima-se que em 2012, mais de 1,2 bilhões de pacientes tenham sido tratados com medicamentos Novartis em todo o mundo. As empresas do Grupo Novartis empregam aproximadamente 128.000 pessoas e operam em mais de 140 países ao redor do mundo. [www.novartis.com.br ].

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