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07/12/2013 - 08:59

Produção até novembro de 2013 já supera resultado do ano anterior, aponta Anfavea

Os 3,5 milhões de autoveículos produzidos até o penúltimo mês do ano confirmam melhor ano da história em produção. Máquinas agrícolas superam pela primeira vez a casa das 90 mil unidades fabricadas.

São Paulo – A produção brasileira de autoveículos em 2013 superou pela primeira vez na história a barreira dos 3,5 milhões de unidades – mesmo sem contar com o desempenho do último mês do ano. As informações são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, e foram divulgadas na quinta-feira, 5, em São Paulo, SP.

O acumulado do ano aponta crescimento de 11,8% ao se comparar as 3,5 milhões de unidades de 2013 com as 3,1 milhões do ano anterior. O resultado dos onze meses decorridos deste ano já é maior que todo 2012 e também 2011, até então o melhor da história em produção. No comparativo mensal, as 289,6 mil unidades de novembro representam retração de 8% com relação ao mesmo mês de 2012 e de 10,7% sobre outubro de 2013.

Outro recorde foi registrado na produção de máquinas agrícolas. De janeiro a novembro foram produzidas 94 mil unidades – primeira vez que a casa dos 90 mil foi ultrapassada –, alta de 20,7% contra as 77,9 mil de igual período de 2012. Só no mês de novembro foram produzidas 8,3 mil máquinas, acréscimo de 21% ante as 6,9 do mesmo mês de 2012 e decréscimo de 16,2% com relação as 9,9 mil de outubro deste ano.

Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, reforça os três pilares responsáveis pelos expressivos resultados de produção: “O estímulo à produção nacional gerado pelo Inovar-Auto, o forte desempenho do setor de agronegócios e as exportações são fatores que sustentam o crescimento recorde da produção brasileira”.

Nas exportações, o acumulado está 29,4% superior a 2012, quando se defrontam as 522,9 mil deste ano com as 404 mil do ano passado. As 45,2 mil unidades que deixaram o País em novembro de 2013 significam aumento de 23,9% contra mesmo mês do ano anterior e queda de 12,7% com relação a outubro passado.

O segmento de máquinas agrícolas também registrou recuo tanto na comparação mensal quanto na acumulada. Em novembro foram exportadas 1,5 mil unidades, baixa de 18,1% e 11,7% frente as 1,8 mil de 2012 e 1,7 mil de outubro de 2013. E as 14,6 mil máquinas até novembro recuaram 5,1% ante as 15,4 mil de período semelhante de 2012.

Vendas e licenciamento - Nas vendas internas de máquinas agrícolas faltam apenas 3 mil unidades para que 2013 passe as 80 mil unidades comercializadas em 1976 e se torne o melhor ano da história: já são 77,2 mil máquinas de janeiro a novembro deste ano, alta de 19,9% sobre as 64,4 mil dos onze primeiros meses de 2012. Em novembro, as 6 mil unidades vendidas mostram acréscimo de 2,4% sobre novembro do ano passado e retração de 17,6% contra outubro deste ano.

Já o licenciamento de autoveículos em novembro, com dois dias úteis a menos, ficou 2,8% abaixo do registrado no mesmo mês de 2012 – foram 302,9 mil unidades comercializadas neste ano e 311,8 mil no ano passado. O acumulado de 2013, com 3,41 milhões de unidades, está 0,8% menor que 2012, que em igual período já marcava 3,44 milhões.

Na visão de Luiz Moan Yabiku Junior, “o resultado de 2013 será, no mínimo, o segundo melhor ano da história em licenciamento, mas será preciso esperar o desempenho de dezembro para saber se este ano ainda poderá superar 2012”. O executivo crê que alguns fatores podem contribuir para o desempenho do último mês do ano:

“A elevação do IPI a partir de janeiro, conforme já sinalizou o Ministro da Fazenda Guido Mantega, elevará os preços dos veículos. Além disso, é importante lembrar também que a incorporação de equipamentos de segurança em todos os automóveis e comerciais leves, além dos aumentos de custos de produção, poderão representar acréscimo nos preços. Em porcentuais decididos por cada montadora”.

IPI-Segundo dados da Anfavea, cada ponto percentual da alíquota do IPI representa diretamente em aumento de 1,1% no preço do veículo (veja gráfico anexo). Portanto, para tomar como exemplo, caso as taxas do imposto para um automóvel de até 1.000 cc retornem ao seu patamar original a partir de janeiro – o que significa saltar de 2% para 7% - um veículo nestas características pode ficar 5,6% mais caro.

A entidade atualizou ainda suas estimativas de geração de impostos com a redução do IPI, que agora indicam superávit em âmbito federal, estadual e municipal. O Governo Federal deixou de arrecadar R$ 4,9 bilhões desde que a redução do IPI entrou em vigor, em maio de 2012, mas arrecadou R$ 5,0 bilhões com PIS/COFINS. Nas esferas estaduais e municipais, com o IPVA e ICMS, a geração de impostos foi R$ 6,6 bilhões maior. [www.anfavea.com.br/carta.html].

.Impacto do aumento do IPI no preço dos automóveis de até 1000 cc:

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