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12/12/2013 - 09:04

Novos remédios aumentam para 95% as chances de cura

Presidente da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite – ABPH, porém, pede que população se mobilize para exigir que governo libere rapidamente a comercialização dos fármacos aprovados .

Com a recente aprovação nos Estados Unidos dos últimos remédios Sofosbuvir (aprovado nesta última sexta-feira) e do Semeprevir (há cerca de 15 dias) os portadores de Hepatite C ganharam o seu maior presente de Natal.

Considerada uma das piores epidemias do século, a Hepatite C é chamada de o “Assassino Silencioso”, pois mata sorrateiramente, sem dar, praticamente quaisquer sintomas, até que o paciente já esteja às vésperas do transplante ou óbito.

A doença, até o momento não tinha remédios adequados para tratá-la. O tratamento atual é feito com os remédios Interferon e a Ribavirina – fármacos usados em longos períodos, de um ano e que causam diversos efeitos colaterais, entre eles sintomas de gripe forte ou de uma Dengue, acompanhada de calafrios, vômitos, fraqueza, instabilidade emocional, depressão, anemia, disfunções da Tireoide, aftas, tosse, diminuição dos glóbulos brancos e em alguns casos até Diabetes.

Além de todos esses efeitos, a grande maioria dos portadores que se tratam com a terapia atual não consegue atingir a cura, já que o índice de sucesso dos remédios é de aproximadamente 50%.

Porém, os novos fármacos aprovados prometem revolucionar o tratamento da Hepatite C nos próximos anos, já que poderão ser administrados em vários casos sozinhos (como é com o Sofosbuvir) ou combinados entre si, dispensando a inclusão do Interferon e da Ribavirina.

“Essas últimas semanas são históricas para a Hepatite C”, destaca Humberto Silva, presidente da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite – ABPH e completa “pois o que teremos na prática será a cura para praticamente todos os portadores já que o Sofosbuvir se tomado com o Simeprevir consegue sucesso de cura acima dos 95%. E o que é melhor, em um quarto do tempo (12 semanas) e sem efeitos colaterais”.

“Nós temos que pedir que a Anvisa aprove, rapidamente os remédios para comércio no Brasil e exigir que o Ministério da Saúde comece a distribuí-los imediatamente após a aprovação para a população”, explica Silva.

O presidente da ABPH destaca que “há cerca de 3 anos tivemos a aprovação de um remédio que é acrescentado à terapia do Interferon e da Ribavirina – o Inibidor de Protease e a Anvisa agiu muito rápido. Ficou a desejar , contudo , a agilidade do Ministério da Saúde que até hoje, quase não conseguiu distribuir um volume importante desse remédio. Com o Sofosbuvir e o Simeprevir, devemos ter uma postura diferente”.

No Brasil há hoje, aproximadamente, 3 milhões de portadores de Hepatite C, sendo que menos de 10% sabem que carregam o vírus.

Um grande desafio para nós é o de descobrir o restante do grupo, pois eles nunca descobrirão sozinhos, devido à falta de sintomas.

Humberto aconselha a todos os que sejam nascidos entre 1945 e 1965 a fazer o teste de Hepatite C, uma vez que os nascidos nessa geração tem 5 vezes mais chances de estarem contaminados com o vírus.

A ABPH é uma entidade não governamental, cuja missão é descobrir quem tenha o vírus e conseguir acesso ao tratamento. Humberto Silva fundou a entidade por ter descoberto a doença após 38 anos carregando o vírus em seu organismo, sem saber. Descobriu por acaso e conseguiu se curar do vírus, apesar de ter ficado com a Cirrose Hepática, herança de tantos anos de ataque ao fígado. A ABPH está organizando a maior testagem da história, fazendo exames rápidos gratuitos em três milhões de brasileiros.

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