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12/12/2013 - 09:38

Para tratar a dor sem sentir dor

Sem o acompanhamento médico adequado, o tratamento da lombalgia pode causar danos ao estômago e intestino. Sentir dor não é normal, mas é uma condição que acomete as pessoas de tempos em tempos. Incômodos na região lombar, tendões, articulações, cabeça, entre outros, são muito comuns e podem indicar a existência de algum dano, doença ou perigo no nosso corpo, já que a dor funciona como um mecanismo de alerta do nosso organismo. Para se ter uma ideia, a dor nas costas (conhecida também como lombalgia) é a segunda queixa mais comum entre os pacientes (40%), perdendo somente para a dor de cabeça (81%)1.

Dores na região lombar podem ser provocadas por diversos fatores, como sedentarismo, má postura, excesso de peso ou genética. Seja qual for o caso, o ideal é que o indivíduo procure um médico para que sua dor seja investigada e tratada adequadamente. Na maioria das vezes, os especialistas indicam o uso de analgésicos e anti-inflamatórios. Dentro da categoria desses últimos, existem aqueles que contêm corticosteroides (substâncias de origem hormonal e de uso mais específico) e os que não contêm esteroides, conhecidos como AINEs (anti-inflamatórios não hormonais).

Apesar dos evidentes benefícios no alívio da dor, vale ressaltar que esses medicamentos não podem ser usados indiscriminadamente e sem acompanhamento médico, pois podem causar efeitos colaterais significativos no trato gastrointestinal.

De acordo com Décio Chinzon, gastroenterologista e professor de pós-graduação da disciplina de Gastroenterologia Clínica da Universidade de São Paulo – USP, a prevalência de lesões no trato digestivo superior (faringe, esôfago e estômago) é alta em pacientes que utilizam anti-inflamatórios convencionais não seletivos. “Os AINEs não seletivos podem causar vários prejuízos gastrointestinais, desde um simples desconforto digestivo até complicações mais graves, como sangramento e perfuração. Cabe salientar que estas complicações podem ocorrer em todo o tubo digestivo, incluindo esôfago, estômago e intestino”, alerta.

Convencionais não seletivos – bloqueiam tanto a enzima COX-2, responsável pela dor e inflamação, quanto a COX-1, cuja função é proteger o estômago e o intestino;

Inibidores específicos da COX-2 – atuam somente nessa enzima, proporcionando eficácia anti-inflamatória com melhor tolerabilidade gastrointestinal.

Em um estudo2 conduzido por Chinzon e outros especialistas, 655 indivíduos submetidos à endoscopia digestiva alta foram avaliados quanto à prevalência, queixas clínicas e lesões endoscópicas em decorrência do uso de AINEs não seletivos. Desse universo, 95 pessoas (14.5%) demonstraram que, em algum momento da vida, usaram um anti-inflamatório não seletivo. O principal sintoma relacionado com a ingestão de AINES foi dor epigástrica (dor na “boca” do estômago) 78/95 (82.1%), seguido por queimação 41/95 (43.1%), sensação de empachamento 19/95 (20%) e náusea 11/95 (11.5%). Sangramento gastrointestinal alto com fezes pretas (melena) e/ou vômito com sangramento (hematemese) foi reportado por dois pacientes (2.1%).

Segundo Chinzon, “o sangramento digestivo é uma condição preocupante, que pode variar de uma pequena perda sanguínea, que o paciente não percebe em um primeiro momento, podendo se manifestar como uma anemia crônica e até como um sangramento abrupto, de grande quantidade, que coloca em risco a vida do indivíduo”. Dados do Ministério da Saúde3 apontam que a taxa de mortalidade de pessoas com sangramento digestivo alto varia de 10% a 14% (primeiro evento) e chega a 28% em pacientes hospitalizados com re-sangramento.

Muitas pessoas que necessitam usar anti-inflamatórios por um longo período precisam de opções medicamentosas que não prejudiquem o estômago. Nestes casos, os médicos podem recomendar medicamentos inibidores seletivos da COX-2. Entre as alternativas existentes no mercado, está Celebra (celecoxibe), indicado para tratamento de diferentes tipos de dor, inibindo a enzima COX-2, responsável pela dor e inflamação, sem afetar a COX-1, cuja função é proteger o estômago e o intestino.

Para Chinzon, atualmente, há um entendimento muito mais completo e aprofundado em relação ao tratamento da dor. “Acredito que os conceitos sobre este assunto foram aprimorados ao longo dos últimos anos nas diversas especialidades médicas, já que é um assunto de interesse geral”, avalia o gastroenterologista. “Novos medicamentos e modalidades terapêuticas que atuam no combate à dor surgiram nos últimos anos e, para cada um deles, existe um processo de aprendizado”, afirma.

Importante lembrar que os riscos causados pelos anti-inflamatórios variam de paciente para paciente e dependem da dose, frequência e tempo de tratamento. Por isso é fundamental que o indivíduo não utilize esses medicamentos sem orientação médica apropriada, independente de já ter feito uso deles em situação semelhante. “Só o médico é capaz de reconhecer aquele paciente mais exposto ao risco de complicações causadas pelos AINEs e atuar de modo a prevenir qualquer agravamento que pode, algumas vezes, comprometer a integridade física da pessoa com risco de morte inclusive”, ressalta Chinzon.

Referências:1. Dados da pesquisa Dor no Brasil, realizada pela Pfizer e conduzida pelo Ibope, que envolveu 1,4 mil pessoas em nove regiões metropolitanas do Brasil (Belém, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília), em 2008.

2. Prevalência e aspectos clínicos de pacientes com lesões endoscópicas induzidas por anti-inflamatórios não hormonais (AINEs) não COX2 seletivos em São Paulo, de Décio Chinzon, Patrícia P. Martins, Beila Kiburd, Jose Pedro A. Ferreira e Edson Ide.

3. Wannmacher, Lenita. Sangramento Digestivo Alto: prevenção e tratamento. Ministério da Saúde, v. 4, n. 10, 2007. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/v4n10_sangramento_digestivo.pdf. Acesso em: 8 ago. 2013.

Pfizer - Há mais de 150 anos no mundo e 60 anos no Brasil, a Pfizer tem como propósito inovar para proporcionar aos pacientes tratamentos que melhorem significativamente suas vidas. Esta preocupação é traduzida pelo amplo pipeline e portfólio da companhia, que abrange diferentes áreas como câncer, dor, saúde da mulher, prevenção de enfermidades em crianças e adultos, infecções, doenças autoimunes, depressão, multivitamínicos, entre outras. Isso significa investir cerca de US$ 7 bilhões por ano no desenvolvimento de novos medicamentos e trabalhar com mais de 250 parceiros, entre universidades e centros de tecnologia, buscando a inovação e também a ampliação do alcance da população aos seus tratamentos. A cada dia, a Pfizer mantém sua missão e seus valores, trabalhando para fazer a diferença na vida das pessoas e contribuindo com a comunidade por meio de suas iniciativas sociais.

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