Agência de som brasileira é premiada em Moscou

Conectar pessoas e marcas através de experiências sonoras é a missão da B Sound Thinking, agência sonora gaúcha, que faturou a prata no concorrido Audio Branding Award deste ano.

O projeto sonoro desenvolvido para o Iguatemi Shopping Center, de Porto Alegre, rendeu à B Sound Thinking, o segundo lugar no Áudio Branding Award 2013, que aconteceu no final de novembro, em Moscou, Rússia.

O trabalho desenvolvido no shopping, entre janeiro e fevereiro deste ano, foi destacado por seu ineditismo e por trazer à tona a crença da B Sound Thinking de que é preciso reduzir a poluição sonora no mundo. "A cada ano que passa parece que as cidades, principalmente os grandes centros, estão cada vez mais ruidosas e, isso, consequentemente, gera mais estresse às pessoas", explica o sound thinker Paulo Dytz, sócio-diretor da B Sound Thinking.

Como em outros trabalhos, o projeto para o Iguatemi contou com três fases - escuta, criação e, por fim, implementação. "Sempre começo cada trabalho buscando neutralidade, ou seja, não sei que problemas, oportunidades ou soluções iremos encontrar pela frente. Isso me dá liberdade e clareza para desenvolvermos projetos desejáveis, viáveis e, muitas vezes, singulares", afirma Paulo.

Depois da primeira fase, na qual os pesquisadores detectaram índices elevados de barulho, a higiene sonora tornou-se foco e grande diferencial desse projeto, mesmo para os padrões mundiais. "Nos demos conta de que, antes de provocar mais som, precisávamos tratar o que já existia. Além disso, outro grande diferencial foi nossa abordagem multidisciplinar em cuidar desse projeto sonoro de ponta a ponta. Para isso, higienizamos sonoramente o shopping. Transformamos os próprios colaboradores em patrulheiros do ruído e criamos guides para orientar todos os públicos envolvidos, entre outras ações".

Dytz explica que o som atua, muitas vezes, de forma inconsciente e, sem que se perceba, afeta a todos fisio, psico e cognitivamente, além de comportamentalmente: "Lojistas, shoppings, supermercados e outras redes pensam em trilhas sonoras, mas esquecem que música é apenas uma parte da atmosfera sonora que compõe o ambiente de consumo, aonde somos afetados pelo som durante 100% do tempo de nossa permanência".

Na essência, o projeto do Iguatemi pode ser entendido em uma equação que potencializa a atmosfera de consumo por meio da promoção do bem estar transmitido pelo ambiente, ou seja, ao se promover um maior controle de ruído, torna-se o espaço mais agradável e, consequentemente, melhor para colaboradores e clientes. E isso impacta diretamente na qualidade do serviço, aumentando a permanência dos clientes no local.

O estudo feito para o shopping de Porto Alegre pode beneficiar muito locais públicos, como estádios, aeroportos e também hospitais: "A experiência sonora ainda não é devidamente explorada pelas empresas e marcas no Brasil. E o sound thinker pode ajudar e muito a quebrar paradigmas e conectar marcas e pessoas através do som. Os estádios, por exemplo, poderiam receber sound concepts mais sofisticados que ajudassem a ampliar a experiência da marca com seus públicos em diferentes momentos. E o estudo de uso do som permite que isso seja feito".

B Sound Thinking e o som como ferramenta de marketing

A B é a primeira empresa brasileira de sound thinking do mundo. Aliás, a expressão nasceu de metodologia criada por Paulo Dytz, sócio-diretor da agência de som gaúcha, que é uma das primeiras empresas a levantar a bandeira da importância do estudo sonoro transmitido pelas marcas. "Não há ainda empresas que explorem o som dessa forma no Brasil", afirma Paulo Dytz, fundador e sócio diretor da B: "A maneira como estamos explorando o som no universo das marcas e não com foco simplesmente em produção sonora é nova no país. Isso foi comentado e ratificado por várias agências grandes que visitei, inclusive em São Paulo".

Nesse trajeto, a B Sound Thinking ampliou seu plano de trabalho como produtora sonora, que desenvolve desde 2003, para assumir seu DNA de agência do som. Com isso, conseguiu unir toda a expertise em identidade e produção sonora de marca à capacidade de desenvolver novos projetos e soluções através do som para qualquer formato. "Nosso foco não está apenas na música (DNA supremo de uma produtora), nosso DNA é som. É mais amplo e mais sofisticado. Então criamos esse novo segmento, de sound thinking, que é o de uma agência sonora, permitindo que a gente atue junto às agências de publicidade ou até mesmo desenhe um projeto diretamente junto à marca".

Na prática, para os clientes, a B Sound Thinking oferece estudos e projetos sonoros em três áreas - identidade, experiência e produção sonora de marca. Na área de identidade sonora, por exemplo, a agência é uma das pioneiras no Brasil e acumula em seu portfólio expertise de grandes projetos para agregar valor à marca por meio do som. "Transformamos o som em um ativo da marca. Temos em nosso DNA bem claro o pensamento voltado ao som, independentemente do meio, e uma metodologia sólida para desenvolver cada projeto, independentemente da área", afirma Paulo.

No geral, tudo isso é possível graças à metodologia exclusiva de sound thinking da B: "Todas as áreas na B Sound thinking são alinhadas pelo método de: escutar (compreender o contexto antes mesmo de pensar no som), criar (elaborar um raciocínio sonoro congruente com o conceito e DNA da marca) e, por fim, implementar (fase na qual buscamos os recursos necessários para transformar as ideias em som)".

Projetos mais complexos, ainda passam por uma fase especial - sound check -, o que permite mensurar os resultados. Confira o case da AIRELA no site (www.somosb.st/airela).

Os cases do Iguatemi Shopping (http://vimeo.com/78745472) e o da NME (http://vimeo.com/78337581), reconhecido com Leão de Bronze em Cannes e vencedor do Grand Prix El Ojo. Nesse último, a B Sound Thinking foi reconhecida pela agência de propaganda do cliente como a única capaz de realizar o projeto. [www.somosb.st].