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17/12/2013 - 10:01

Anefac recomenda pesquisa de preços e cautela nos gastos para evitar endividamento

Com tantas despesas no fim e começo do ano, os consumidores devem estar atentos aos gastos, buscando as melhores ofertas e formas de pagamento.

Todo fim e começo de ano a história se repete quando o assunto é o gasto com as despesas adicionais típicas dessa época. O dinheiro a mais nos salários de alguns trabalhadores não é suficiente para tantas despesas extras, como o pagamento da matrícula da escola dos filhos, as compras de Natal, festas de fim de ano, IPTU, IPVA, taxa de licenciamento de veículos, material escolar e as dívidas antigas adquiridas durante o ano.

O grande incentivo ao consumo em 2013 levou muitas famílias a um endividamento maior. Contudo, o consumidor deve redobrar a atenção com os gastos e ter total controle sobre tudo aquilo que consome para não cair na armadilha do endividamento impossível, ser surpreendido com o crescimento da dívida ou se tornar inadimplente.

O diretor de economia da Anefac – Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, Roberto Vertamatti, recomenda muito cuidado com esses tributos, porque o atraso pode significar nome “negativado” e multas, algumas com 20% do valor do tributo. “Para se ter uma ideia temos hoje entre tributos, contribuições, tarifas, etc., aproximadamente 80 “impostos” diferentes aos quais estamos sujeitos e, normalmente todos eles muito caros”, alerta Vertamatti.

Para o consumidor que realmente necessitar fazer um empréstimo, Roberto Vertamatti sugere o consignado, porque tem juros ao redor de 25% ano. Os bancos têm como garantia a renda mensal (salário) porque esse tipo de empréstimo é feito com a concordância das empresas. Já no caso dos aposentados a garantia é o benefício da aposentadoria recebida do INSS.

Dicas da Anefac para as compras: . Pesquise sempre os preços em sites de busca de compras, panfletos, jornais e nas lojas antes de adquirir um produto.

. Tente não comprar por impulso. Pare e pense se realmente há necessidade de você adquirir determinado produto.

. Nem sempre o presente mais caro é omelhor, um simples pode significar muito mais.

. Análise se realmente você precisa da nova versão de um aparelho eletrônico. Na época do lançamento é bem mais caro e uma versão anterior sai mais barato e pode atender plenamente sua necessidade.

. Sempre que possível comprar à vista, pois dessa forma é possível conseguir algum desconto. Compare sempre os preços nas diversas lojas que oferecem o produto.

IPTU - O parcelamento é indicado somente para quem não pode pagar à vista porque há juros nas parcelas. Vertamatti recomenda aos contribuintes que não atrasem esse imposto porque a multa varia de cidade para cidade, mas pode chegar a 20% do valor mais os juros que vão de 1 a 2 % ao mês.

No IPVA o desconto para pagamento à vista pode chegar a 5%, dependendo do estado. Vertamatti orienta, no caso de parcelamento, que seja em três vezes. Tirar dinheiro da poupança ou de aplicações em renda fixa para pagar á vista é uma opção interessante porque o desconto é maior que o rendimento dessas aplicações na poupança, que estão em torno de 0,52% ao mês ou 6% ao ano, mais a TR que está próxima de zero. A Selic ao nível de 9,5% ou 10%, mantem o rendimento da poupança no mesmo nível da sistemática antiga (antes de 03 de maio de 2013).

Taxas de Licenciamento e Seguro Obrigatório-As taxas de licenciamento devem ser pagas em uma única vez. No caso do DPVAT ou seguro obrigatório, dependendo do estado, o mesmo poderá ser dividido em igual número de parcelas do IPVA.

Gastos escolares - Se o consumidor estiver em dificuldade de pagar a mensalidade, deve procurar a escola para negociar o parcelamento da dívida atrasada e, se possível, sem juros. O mesmo se aplica na matrícula.

No caso dos materiais escolares, livros e uniformes os pais devem pesquisar preços e, tendo disponibilidade de pagamento à vista, podem ainda buscar um desconto adicional, que pode chegar a 10% ou mais. “Caso contrário o ideal é parcelar em até seis vezes no cartão, sem juros, mas sem atrasar, pois os custos chegam a 200% ao ano”, afirma o diretor.

Gastos com a saúde: “É importante não ficar inadimplente com o plano de saúde para não sofre corte no atendimento”, afirma Roberto Vertamatti.

Como os medicamentos geralmente comprometem o orçamento familiar de aposentados é bom lembrar que existem programas de fornecimento público de remédios através das prefeituras ou postos de distribuição dos estados e governo federal.

Cartões de crédito - Esse endividamento deve ser evitado ao máximo, pois os juros são absurdos, em média de 200% ao ano, segundo Vertamatti.

Mesmo que a dívida não seja financiada com o crédito rotativo do cartão cuidado com as anuidades e tarifas. Busque alternativas e negocie com a operadora para não pagar nenhuma taxa de manutenção do cartão. Caso o seu cartão não permita retirar a taxa de anuidade, mude de cartão, negocie com outra operadora.

Tenha cautela com os créditos pré-aprovados. Lembre-se que usá-lo de forma total ou parcial é assumir uma dívida com juros altíssimos.

Tarifas bancárias - Com a redução dos juros em algumas modalidades de empréstimos, os bancos estão aumentando as tarifas bancárias e, assim reforçar suas receitas com a prestação de serviços. Verifique a tabela de tarifas e negocie para reduzir algumas cobranças ou até eliminá-las.

Dicas para poupar: . Controle os gastos com alimentação, água, luz, telefone, gás, serviços de empregada e ou diarista, manutenção da residência e do carro, além de reformas: coloque no papel o quanto recebe e o que precisa pagar mensalmente.

. Evite as compras supérfluas e gastos desnecessários que acabam somando um bom dinheiro no final do mês.

. Faça uma reserva para quitar os compromissos e gastos de início do ano e tome cuidado com o crédito ao consumidor, pois sempre tem juros e, apesar de terem caído em relação aos anos anteriores, continuam altíssimos, mesmo nas modalidades mais baratas. Se for inevitável, ao contratar um financiamento pesquise sempre a taxa de juros e demais acréscimos,

. Elabore um orçamento doméstico para definir quais são as reais necessidades, planeje todos os seus gastos considerando sempre a sua renda disponível. Preferencialmente gaste menos que a sua renda e faça uma reserva financeira para eventuais gastos extras, previstos ou não, ou planeje a compra de algum bem no futuro.

Recomendações da Anefac: . O cheque especial deve ser utilizado por um período curto e emergencial. Se tiver necessidade de usar o limite por um período maior procure a sua instituição financeira e faça um empréstimo pessoal (que tem custos menores), quitando a dívida com o cheque especial;

. Caso necessite de crédito verifique a possibilidade de empréstimos mais baratos, como o microcrédito que tem taxa de 1,5% ao mês, penhora de joias da Caixa Econômica Federal e o crédito consignado com desconto em folha;

. Quando não tiver condições de pagar uma dívida procure o credor e proponha uma renegociação do prazo e das taxas de juros em uma condição que consiga cumprir;

. Sempre que possível adie suas compras e junte o dinheiro para comprar à vista, evitando os juros. Caso isso não seja possível, pesquise muito, barganhe e compre nos menores prazos possíveis (quanto menor o prazo menor a incidência de juros).

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