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18/12/2013 - 07:49

CCR vence leilão da BR-163 (MS), BB Investimentos analisa

A CCR venceu a disputa pela concessão da BR-163 (MS). “A companhia apresentou deságio de 52,74% superior aos concorrentes: EcoRodovias (44,17%), Queiroz Galvão (41,11%), Invepar (31%), Odebrcht (8,50%) e Triunfo (2,99%)”, apontou Renato Hallgren, analista do BB Investimentos.

Sobre o trecho e nossas projeções - O trecho tem inicio na divisa com o Estado de Mato Grosso e termina na divisa de Mato Grosso do Sul com o Paraná, atravessando vinte municípios sul-mato-grossenses; importante conexão dos produtores de grãos do Centro-Oeste aos portos de Santos e Paranaguá o que beneficiará o escoamento da produção agrícola para exportação.

Do trecho total (847 km), a estrada possui apenas 28,6 km de pista dupla- O cronograma de obras prevê que 130 km (16%) sejam duplicados no primeiro ano de contrato, chegando a 100% de duplicação (806 km) até o quinto ano da concessão.

A projeção de fluxo de veículos equivalentes é de 61 milhões em 2014, atingindo 105 milhões no ano 2029. “No último ano da concessão (2044) o fluxo deverá atingir 137 milhões de veículos equivalentes”, disse a análise.

“O trecho é o maior, do pacote de concessão federal de rodovias, em termos de duplicação (95% da rodovia, o equivalente a 806 km). Aproximadamente R$ 9,1 bilhões serão investidos entre duplicação e manutenção da rodovia, ao longo dos próximos 30 anos de concessão (Capex de R$ 5,7 bilhões e Opex de R$ 3,4 bilhões). Participantes do leilão. Dando continuidade ao programa de concessão, o governo federal conseguiu atrair, mais uma vez, o interesse dos principais players do setor, resultando no deságio relevante de 52,74%, em linha com o discurso de modicidade tarifária. A tarifa teto estipulada era de R$ 9,27 por 100 km; e a CCR terá que honrar os investimentos na BR-163 (MS) cobrando uma tarifa de R$ 4,381 por 100 km”, informou Hallgren .

Opinião do analista- “Em nossa opinião, o deságio de 52,74 % sobre a tarifa teto foi alto. Consideramos desafiador a obtenção das licenças ambientais com a celeridade que o projeto de execução exigirá, considerando que o trecho passará por reservas indígenas. Ainda aguardamos novas informações do management sobre a estratégia do lance e a perspectiva de captura de valor sobre o novo ativo, especialmente para entendermos a referida aquisição sob a perspectiva da disciplina de capital do grupo”, frisou o executivo.

“Entretanto, considerando o potencial de alavancagem do projeto, com 70% de dívida, com custo bruto ao redor de 7% a.a, carência de cinco anos para pagamento do principal, o ativo poderá agregar valor a CCR marginalmente. Somada as recentes conquistas em ativos de mobilidade urbana (VLT Carioca e Metrô de Salvador) e Aeroportos (Confins), a Companhia segue sua estratégia de crescimento e diversificação”, continuou.

“Assim, a empresa vem demonstrando capacidade de (i) conquistar novas oportunidades de investimentos; (ii) replicar seu estilo de administração nos novos negócios e (iii) ampliar o prazo médio do portfólio. O que nos leva a ratificar nossa recomendação de compra do papel da Companhia”, concluiu o analista do BB Investimentos.

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