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30/11/2007 - 10:44

Desenvolvimento Sustentável e a Bolsa de Valores

Todo empresário precisava aprender a conjugar esse verbo transitivo direto na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Calma gente!!!

Não se trata de nenhuma aula de português do professor Pasquale Cipro Neto. Nem tampouco, vamos precisar abrir "o velho, mas sempre novo Aurélio". Quero simplesmente propor uma reflexão aos empreendedores, a partir de algumas perguntas: - Será que você já reclamou que está assoberbado de trabalho e por isto está faltando tempo?

- Será que você não consegue planejar os novos rumos do seu negócio por que está completamente envolvido nas tarefas operacionais do seu dia-a-dia?

- Será que você tem conseguido visitar freqüentemente os seus melhores clientes?

- E quando foi a última visita feita a um fornecedor?

- Você tem participado de feiras ou eventos, tem pesquisado na Internet, tem conseguido ler sobre a sua atividade econômica?

Nos últimos anos o tema Desenvolvimento Sustentável (ou DS ) tem ganhado cada vez mais espaço e adeptos, afinal todo desenvolvimento do planeta deveria ser em prol do próprio ser humano e sua perpetuação dado que de nada vai adiantar “ter “se não se puder ser ou usufruir ““.

Já há alguns anos iniciou-se uma tendência mundial dos investidores procurarem empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis para aplicar seus recursos.

Esta preocupação também vem permeando as próprias Bolsas mundiais.

Nos EUA em 1999 foi criado o Dow Jones Sustentability Index (DJSI), este conta com 318 empresas de 23 paises, sendo seis empresas brasileiras, Aracruz, Bradesco, Cemig, Itaú, Itaúsa e Petrobras.

Muito poucas empresas conseguem passar pela sabatina sócio-ambiental-contabil-corporativa, que é exigida de cada pretenso participante.

No Brasil há dois anos foi lançado pela Bovespa em parceria com uma serie de importantes atores do segmento o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).

O ISE tem por objetivo refletir o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, e também atuar como promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro.

Sua carteira é composta por 34 empresas, 43 ações e 14 setores.

Estas empresas são: Petrobras, Itaubanco, Bradesco, Brasil, Unibanco, Itaúsa, Gerdau, Cemig, CPFL Energia, Embraer, All Amer Lat, Aracruz, Tractebel, Gol, CCR Rodovias, Natura, Gerdau Metalúrgica, Tam, VCP, Copel, Suzano Papel, Braskem, Perdigão, Energias do Brasil, Acesita, Eletropaulo, Ultrapar, Localiza, Dasa, Coelce, Celesc, Iochp-Maxion, Suzano Petr.

Como o ISE ainda é pouco conhecido dos investidores, vale começar a acompanhar sua evolução e a entrada e saída de papéis que compõem sua carteira, pois cada vez mais serão alvo dos chamados “investidores responsáveis”.

Graficamente, seu comportamento tem sido muito semelhante ao Ibovespa.

.Por: Ricardo Sirotsky é Economista, professor do curso MBA Executivo em Finanças do IBMEC, membro do Conselho Consultivo do Projeto Alumni da Universidade Cândido MendesGestor e Analista de Mercados. Membro associado do IBEF desde 1992 e da Abamec desde 1991, eleito analista do ano de 2002 no Rio de Janeiro. Desde 1988 é sócio-presidente da Sirotsky & Associados, onde desenvolve técnicas avançadas na área de análise de investimentos. Idealizador do Guia de Investimentos Tips (em conjunto com o Jornal Valor) e do Trading System Quartil para o mercado de ações.

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