João Ricardo Costa toma posse como presidente da AMB

Diálogo com a sociedade e democratização do Judiciário são prioridades.

O juiz João Ricardo Costa, eleito no dia 23 de novembro pela chapa de oposição Unidade e Valorização, toma posseno dia 17 de dezembro (terça-feira), como presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). O mandato vai até dezembro de 2016 e, além do presidente, também serão empossados os membros dos conselhos Executivo e Fiscal.

Maior e mais influente associação de juízes do País, a AMB tem 14 mil associados distribuídos entre estaduais, trabalhistas, federais e militares. A nova gestão está voltada para o fortalecimento da entidade como braço representativo da magistratura e terá participação ativa das associações regionais.

Entre as prioridades de João Ricardo Costa está o diálogo com outras instituições que influenciam o desempenho do Judiciário e a interlocução com a sociedade por meio de uma política de comunicação proativa que externe as bandeiras da magistratura. Outro foco da gestão é a democratização do Judiciário, com eleições diretas para escolha dos presidentes dos tribunais.

A entidade vai estreitar a relação com os demais poderes, por meio de ações estratégicas que contemplam desde o monitoramento dos temas de interesse da categoria à proposição de medidas que resultem em melhorias para a magistratura e a sociedade. Um exemplo é a atualização da Lei Orgânica da Magistratura (Loman).

O presidente - João Ricardo encabeçou a chapa Unidade e Valorização, eleito em 23 de novembro com 5.628 votos (59,35%). Aos 53 anos de idade, 23 dos quais dedicados à magistratura, é titular do 1º Juizado da 16ª Vara Cível de Porto Alegre e professor de Direitos Humanos da Escola Superior da Magistratura (ESM). É também membro do Tribunal Permanente dos Povos.

Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) em 1984, com pós-graduação em Direito pela Unisinos (2001).

Na Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), foi presidente (2010-2011); vice-presidente (2000-2001) e diretor do Departamento de Cidadania e Direitos Humanos (1996-1997, 1998-1999 e 2002). Na AMB, ocupou a vice-presidência de Direitos Humanos de 2008 a 2010 e presidiu a Comissão de Direitos Humanos.