O olhar do arquiteto

Dia 11 de dezembro é o dia do arquiteto como também, do engenheiro e é sobre o olhar do arquiteto, essa profissão mágica que transforma ambientes, imagens, vida e sonhos que quero escrever neste momento onde estou sendo assessorado por uma das maiores arquitetas que já conheci.

Podia falar aqui de arquitetos renomados como Niemeyer, Burle Marx, Ruy Othake, Kisho Kurokawa, Norman Foster mas, resolvi homenagear os arquitetos contando brevemente a história de uma arquiteta, Mary Adusumilli, que começou a exibir o seu “olhar arquitetônico” tardiamente, depois de exercer com amor seu ofício de ser mãe.

Formada pela Universidade de Brasília, Mary, como comumente é chamada pelos amigos, numa primeira instância de sua vida, como já citado, dedicou-se integralmente ao ofício de ser mãe, e o foi com dignidade e magia, e há cerca de 04 anos apenas, depois, de vários anos de formada, resolveu fazer a casa de sua irmã e a fez com sucesso e profundo olhar arquitetônico. A grande magia deste ato é informar ao prezado leitor que não há idade para a realização profissional, esta se dá quando de forma única e insaciável acreditamos nas nossas habilidades e acima de tudo, nas idéias que podem se tornar inovadoras se implementadas com coragem e sabedoria.

Tendo participado da Casa Cor de Brasília em 2007, Mary como todos os arquitetos, definiu seu ambiente casando espaços e harmonizando tonalidades em cores e energias numa arquitetura que teve o suporte do feng shui e da cromoterapia. E qual a surpresa de todos, inovou ao implementar os chamados “leds” no projeto que segundo várias informações, são a grande promessa da iluminação no século XXI, pois, são menores e muito mais econômicos do que as lâmpadas fluorescentes.

É claro que dados nos informam que os mais potentes “leds” equiparam-se a lâmpadas de 20 a 30 watts mas, ela, com os conhecimentos supra-citados, tem curado pessoas, elevado o astral, e eternizado a beleza, conjugada com a energia, tudo isso com sua arquitetura posto que não é médica nem psicológa. Então poderíamos dizer que além de arquiteta, ela trabalha a sensibilidade humana, claro que sim. O arquiteto transforma a pessoa, o íntimo, se possuir conhecimentos diversos.

Em recente trabalho realizado para um cliente, ela utilizou no quarto de uma adolescente leds azuis, fazendo com que a mesma pudesse trabalhar sua ansiedade tornando-se mais calma, e no quarto da outra, violeta, enaltecendo a vida espiritual, engrandecendo e fazendo com que aquela pessoa ficasse mais centrada nos seus sonhos e atuasse em busca dos mesmo. Já no quarto do pai das adolescentes, implementou a cor verde que busca harmonizar a saúde pois, o mesmo ao longo de sua vida enfrentou a um câncer, vencendo-o mas, sua saúde estima cuidados sempre. Vejam como o arquiteto, o profissional de valor desta área, cuida do seu cliente como um todo e é este arquiteto que queremos homenagear na pessoa desta arquiteta.

Neste momento em que traduzi em palavras uma atividade profissional realizada por Mary, creio que devo uma informação aos leitores, seu e-mail que é [email protected]. Obviamente, como jornalista que sou, não posso sonegar a informação e revelar seu e-mail é possibilitar o contato do leitor com sua arte.

Ela nos revela que o cliente deve tomar cuidado com o profissional a ser contratado, vendo seu currículo, seus conhecimentos e checando com outros clientes que já utilizaram os seus trabalhos qual sua forma de trabalhar.

Outra informação muito importante ao arquiteto contratado é sua disponibilidade financeira. O cliente não deve deixar o arquiteto comandar individualmente o projeto, deve ser um parceiro do mesmo, revelar seus sonhos arquitetônicos e conjugar sua ansiedade com o conhecimento do profissional, nunca desrespeitando-o como não deve permitir que o profissional o desrepeite. O grande arquiteto é aquele que sabe trabalhar com qualquer orçamento.

Enfim, sintam-se arquitetos homenageados com este artigo, principalmente os desconhecidos que na pessoa da arquiteta Mary Adusumilli, não exercem apenas o seu ofício, e sim, realizam sonhos de famílias, criando e recriando a magia das ações com o signo do seu olhar e muitas vezes curando adversidades nas relações com a singeleza de seu projeto. Parabéns a todos que exercem esta atividade profissional e que exerçam com dignidade, respeitando os clientes e sendo respeitados pelos mesmos pois, sem os arquitetos seriamos uma sociedade sem cor, alma, harmonia e felicidade.

. Por: Anand Rao - Jornalista