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30/11/2007 - 10:50

Pesquisas apontam a integração milho safrinha com pecuária como possibilidade tecnológica


O objetivo é produzir milho safrinha com rendimento e produtividade, o método aconselhado é incorporar a cultura na integração lavoura-pecuária (ILP). Essa tecnologia foi apresentada pelo pesquisador Dirceu Brock, da Fundação MS, durante o IX Seminário Nacional de Milho Safrinha, que acontece em Dourados-MS, no Sindicato Rural da cidade.

A pesquisa consiste em consorciar milho safrinha com braquiária visando a produção da cultura, forragem para alimentação de animais e manutenção de palha para o Sistema Plantio Direto. “A integração lavoura-pecuária neste consórcio está em segundo plano, após a obtenção dos grãos”, afirma Dirceu Brock. Ele explica que para se cultivar milho é preciso selecionar, primeiramente, os solos férteis. “Na safrinha não é hora de corrigir o solo, mas colher a soja e plantar o milho em seguida. São aceitáveis perdas de rendimento por problemas climáticos, não tecnológicos”, completa.

A escolha do modelo de semeadura, conforme Brock, aliada às condições climáticas, ao híbrido escolhido e à espécie forrageira adotada, pode interferir na maior ou menor competição entre as espécies e produção de grãos e forragem. “A técnica utilizada reflete diretamente na fertilidade do solo com alterações significativas em suas características físicas, químicas e biológicas”.

Nos estudos em andamento, uns dos métodos que se destacaram foi a semeadura da pastagem simultaneamente à do milho com uma linha intercalar. “Têm-se como vantagens uma única operação de semeadura, cultivo em espaçamento normal, implantação em ambiente de safrinha, redução de gastos e manutenção de rendimento, não-uso de herbicidas e adubação apenas na linha do milho”, enumera Gessi Ceccon, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste que desenvolveu o método em condições de safrinha.

Outras recomendações para a operação referem-se às forrageiras, onde a B. ruziziensis proporciona melhor facilidade de dessecação e boa instalação no ciclo do milho; a escolha de uma semente com qualidade facilita a instalação da pastagem e ainda evita-se a introdução de ervas daninhas e nematóides; e a inserção da pecuária logo após a saída do milho tem demonstrado resultados consistentes.

Todavia, de acordo com os especialistas Brock e Ceccon, os benefícios do consórcio se mantêm em todos os métodos pesquisados: diminuição da erosão, menor compactação e temperatura do solo; redução de doenças radiculares; aumento da produção de palha; maior armazenamento de água no solo, reciclagem de nutrientes pela matéria orgânica e melhorias na nutrição de plantas. “Uma atividade gera receita extra para a outra. Agora, como dificuldades, o produtor, caso não faça um ajuste correto da tecnologia, pode ter redução na produtividade dos grãos, além dos custos com a implantação”, aponta Dirceu.

E, apesar de vários fatores positivos, os pesquisadores revelam que a parceria entre pecuaristas e agricultores para o fechamento do ciclo é fundamental, faltando apenas a conscientização dos dois lados.

Seminário - O IX Seminário Nacional de Milho Safrinha é uma promoção da Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS), com realização da Embrapa Agropecuária Oeste, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e tem a parceria da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Associação de Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados (AEAGRAN), Grupo Plantio na Palha (GPP), Sindicato Rural da cidade e Embrapa Milho e Sorgo, com apoio de diversas empresas de sementes e outras instituições. Mais informações: (67) 3425-5122 e www.cpao.embrapa.br/milhosafrinha .

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