Abiogás vai trabalhar por um programa nacional do biogás e do biometano

Empresas de todos os segmentos do setor se organizam em associação para dialogar com o governo federal. Diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do MME reconhece que o biogás “não tem pai” no governo.

Dezoito empresas e instituições públicas e privadas que atuam em diferentes segmentos do biogás fundaram na última quinta-feira[19/12], em São Paulo, a Associação Brasileira do Biogás e Biometano (ABIOGÁS), com o principal objetivo de representar o setor na interlocução com o governo federal para a criação do Programa Nacional do Biogás e do Biometano.

A assembleia de fundação da Abiogás contou com as presenças de Ricardo Gusmão Dornelles, diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, e de Milton Flávio, subsecretário de Energia Renovável da Secretaria de Energia de São Paulo. Dornelles elogiou a iniciativa do setor e admitiu que “o biogás não tem caixinha e nem pai no governo federal”. Ele reconheceu que existem várias iniciativas não estruturadas nem conectadas em vários ministérios para o setor. Por isso, alertou para a dificuldade que a associação terá na interlocução com o governo federal.

Além da aprovação do primeiro estatuto da entidade, os participantes da assembleia elegeram uma diretoria provisória formada por Cicero Bley, do Centro Internacional de Biogás da Itaipu Binacional, e Alessandro Gardemann, diretor da GEO Energética. Além de cuidar dos registros oficiais da entidade, a diretoria provisória organizará e convocará nova assembleia até o final de fevereiro de 2014 para eleição de diretoria e conselhos, ajustes no estatuto e aprovação de orçamento.

Gardemann destacou a importância da ABIOGÁS reunir todos os segmentos do biogás no Brasil, desde a pesquisa ate a distribuição, passando pela produção e transformação, para ser a voz uníssona do setor na interlocução com o governo federal e as agências reguladoras. “Temos interesses divergentes e muitas vezes concorrentes, mas vamos cuidar disso da porta para dentro da associação. Da porta para fora, teremos uma única posição e bandeira”, afirmou.

Participaram da fundação da ABIOGÁS representantes das seguintes empresas do setor: CI Biogás Itaipu, GEO Energética, Compagás, ECO BioPower, EcoMetano, Engine, GIZ, Grupo Solar, Ecocitrus, GTO Bioenergia, Guascon, Spirit Design, Informa Group, Evonik, Methanum Resíduos e Energia, Metha Power Biogás, Tradener Energia e Caterpillar.

A GEO Energética é uma empresa 100% brasileira que, após dez anos de pesquisas, desenvolveu um processo biotecnológico único e inovador para a produção de biogás a partir do reaproveitamento de resíduos da agroindústria.

Hoje, é líder nacional na produção de biogás obtido a partir dos resíduos da indústria sucroalcooleira, com operação em escala industrial no Paraná.

O biogás produzido pela GEO pode ser usado na geração de energia elétrica de fonte renovável ou na produção do Biometano, para a substituição de óleo diesel.

A GEO Energética desenvolve soluções customizadas e economicamente viáveis na implantação de projetos para o aproveitamento dos resíduos da agroindústria, com grandes benefícios econômicos, sociais e ambientais.