Nestlé aposta na radiofrequência para agilizar distribuição de produtos

Em um país de dimensões continentais como o Brasil, estratégia logística é fundamental. A Nestlé resolveu investir na tecnologia RFID (sigla em inglês para a radiofrequência) como forma de agilizar a distribuição de lácteos em todo o território nacional. O novo centro de distribuição da DPA - joint-venture formada pela Nestlé e a cooperativa neozelandesa Fonterra, inaugurado no dia 16 de dezembro em Araras, interior de São Paulo, permitirá essa agilidade e também permitirá que os produtos cheguem às prateleiras com prazo de validade mais amplo. “As principais empresas do mundo estão usando RFID em implementações de grande escala para melhorar a eficiência, aumentar a visibilidade, otimizar estoques e alcançar outros benefícios de negócios significativos”, destaca o presidente da GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação, João Carlos de Oliveira.

O novo CD permitirá um ganho importante para a companhia. Para se ter uma ideia, os produtos produzidos em Araras eram enviados para o centro de distribuição em Cordeirópolis, também em São Paulo, e ao operador logístico da empresa. Eliminada essa necessidade, a empresa deixa a operação mais enxuta e poderá economizar R$ 14 milhões por ano, segundo dados divulgados pela Nestlé. Outro ganho com a radiofrequência diz respeito à capacidade de armazenagem, que aumentou em 50% na comparação com CDs tradicionais.

A GS1 Brasil é a entidade responsável pela padronização da tecnologia RFID, que utiliza o do código eletrônico de produtos (EPC), um número único que é usado para identificar um item específico na cadeia de suprimentos. O EPC é gravado em uma etiqueta RFID, que combina um chip de silício e uma antena. Como uma placa de carro, o EPC é uma forma de identificar de maneira única um palete, uma caixa ou um item.

A GS1 Brasil, Associação Brasileira de Automação, é uma organização sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística. A organização brasileira tem 57 mil associados. [www.gs1br.org].