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24/12/2013 - 07:19

Cidades do Rio de Janeiro estão entre as 10 com maiores PIB do país

Porto Real, na Região do Médio Paraíba, abriga um polo do setor automotivo.

As cidades de Porto Real, Quissamã e São João da Barra apareceram entre os dez maiores PIBs per capita do Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles ficaram em 6º, 7º e 8º lugares da lista, respectivamente. O indicador compara o conjunto de bens e serviços de cada município dividido pelo número de habitantes. A capital do estado também ficou bem colocada. O Rio tem o quarto maior PIB per capita entre as capitais do país, com ganho de R$ 32.940.

Com quase 17 mil habitantes, Porto Real vem colhendo frutos por abrigar uma empresa do setor automotivo, a Peugeot Citroen. O maior PIB per capita do estado do Rio é de R$ 217.465,66. Com a alta atividade industrial, entre 2007 e 2012, a arrecadação do ICMS da cidade saltou 132% para R$ 151 milhões. Em valores per capita, é a maior arrecadação no estado, com R$ 8,8 mil no ano de 2012.

Com os números do produto interno bruto em alta, sobram benefícios para a população de Porto Real. O primeiro deles é a geração de empregos. Só a Peugeot é responsável pela contratação de três mil trabalhadores e ainda há a previsão da abertura de mais vagas com a chegada de outras montadoras (Nissan e Jaguar Land Rover) para a vizinha Resende, o que deve movimentar o parque de fornecedores locais. O destaque também vai para a educação. Porto Real é a cidade que mais investe na área. Em 2012 foram R$ 11,3 mil investidos em cada estudante, enquanto a média entre os outros municípios fluminenses foi no mesmo ano de R$ 4,9 mil. Já na saúde, Porto Real colocou no sistema em 2012 R$ 2,9 mil por pessoa, enquanto a média das demais cidades é de R$ 571. Os dados são do anuário Finanças dos Municípios Fluminenses, lançado em dezembro pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Quissamã deve boa parte da sua renda, de R$ 193.740,96 per capita, à exploração de petróleo na cidade. O município está entre os dez maiores arrecadadores de royalties no País, mas tenta diminuir a sua dependência direta do ouro negro com a construção do Complexo Logístico e Industrial Farol/Barra do Furado. Em 18 meses, o investimento de R$ 175 milhões deve começar a gerar frutos. O Governo do Estado contribuiu com R$ 20 milhões, a Prefeitura de Quissamã deu o aporte de R$ 32 milhões, a Prefeitura de Campos entrou com R$ 73,5 milhões e o Governo Federal deu R$ 50 milhões por meio do PAC II. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, o desenvolvimento desse empreendimento vai gerar ainda mais empregos e melhorar a qualidade de vida da população. Os estaleiros STX Europe, EISA e Alusa Galvão pretendem se instalar no local.

“A previsão é que cerca de 15 mil empregos serão criados com a inauguração do complexo, que está localizado a 60 quilômetros da Bacia de Campos”, disse Julio Bueno, acrescentando que a atração de novos investimentos fez com que a cidade dobrasse a arrecadação de ICMS entre 2007 e 2012. Já a receita corrente per capita foi em 2012 a segunda maior do Estado (R$ 4,5 milhões).

Município que abriga o Porto do Açu, São João da Barra ficou em 8º lugar na lista dos dez maiores PIB per capita do Brasil, com R$ 179.908,25. A cidade, que hoje é o quinto maior arrecadador de royalties com um volume que passou de R$ 60 milhões em 2007 para R$ 232 milhões em 2012, vem recebendo uma nova onda de investimentos por causa do porto. Estão sendo empregados R$ 3,8 bilhões apenas na infraestrutura do Porto do Açu. Os royalties ainda representam parte importante da arrecadação do município (65%). Porém, tem sido crescente participação do ISS na receita do município, o que denota forte atividade de construção civil na cidade por conta dos empreendimentos que estão se instalando no porto. Embora ainda pequena, a arrecadação de ISS cresceu quase vinte vezes nos últimos seis anos, passando de R$ 1,6 milhão para R$ 33 milhões. Já o ICMS teve aumento de 65% no mesmo período e a previsão é que São João da Barra seja uma das cidades com maior crescimento nos próximos anos, estimulado pelas empresas que começarão a operar.

Entre os principais empreendimentos já anunciados para começarem a operar na retroárea do porto (administrada pela Codin) está o minerioduto da Anglo American, que vai trazer o minério de ferro de Minas Gerais para ser exportado pelo porto. O investimento é de R$ 10 bilhões, com previsão de operação no segundo semestre de 2014. As empresas Technip, NOV, Wartsila e Intermoor – todos ligadas à cadeia do petróleo - estão construindo unidades na retroárea do porto, todas com previsão de começarem a operar entre 2014 e 2015. Juntos, os empreendimentos somam R$ 1,85 bilhão. São João da Barra teve também crescimento de 208% na receita corrente, atingindo um valor per capita de R$ 10,6 mil em 2012. | Suzane Lima.

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