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03/01/2014 - 06:35

Pesquisador da Mayo Clinic vai desenvolver células humanas no espaço para testar tratamento para acidente vascular cerebral

Alerta De Vídeo: recursos de video, incluindo uma entrevista com o médico Abba Zubair, Ph.D.; descrevendo o estudo, podem ser encontrados na Mayo Clinic News Network.

Jacksonville, Flórida — O médico Abba Zubair, Ph.D., acredita que células desenvolvidas na Estação Espacial Internacional (ISS – International Space Station) podem ajudar pacientes a se recuperar de um acidente vascular cerebral e que pode ser possível gerar tecidos e órgãos humanos no espaço. Ele precisa apenas de uma chance para demonstrar essa possibilidade.

Agora ele a tem. O Centro para o Avanço da Ciência no Espaço (CASIS -- The Center for the Advancement of Science in Space), uma organização sem fins lucrativos que promove a pesquisa a bordo da ISS, destinou ao estudo de Abba Zubair uma verba de US$ 300 mil para enviar células-tronco humanas ao espaço e confirmar se elas crescem mais rapidamente do que células-tronco na Terra.

Zubair, que é diretor médico e científico do Laboratório de Terapia Celular (Cell Therapy Laboratory) da Clínica Mayo, de Jacksonville, na Flórida, diz que o experimento será o primeiro a ser conduzido pela Clínica Mayo no espaço e o primeiro a usar células-tronco humanas, que são encontradas na medula óssea.

“Na Terra, enfrentamos muitas dificuldades ao tentar desenvolver células-tronco suficientes para tratar pacientes”, ele diz. “Agora, leva apenas um mês para gerar células suficientes para tratar alguns pacientes. Um laboratório de grau clínico no espaço pode fornecer a resposta que todos buscamos para a medicina regenerativa”, declara.

Ele quer, especificamente, expandir a população de células-tronco que irão induzir a regeneração dos neurônios e vasos sanguíneos em pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral hemorrágico, o tipo de AVC que é causado por coágulos do sangue. Zubair já desenvolve tais células no laboratório da Clínica Mayo, usando uma grande cultura de tecidos e diversas incubadoras — mas a passo de tartaruga.

Experimentos na Terra, usando microgravidade, têm mostrado que as células tronco — as células responsáveis pela produção de todos os tipos de células de órgãos e tecidos — irão se desenvolver mais rapidamente, em comparação com as células desenvolvidas convencionalmente.

“Se você tiver um suprimento disponível dessas células, você pode tratar de, praticamente, qualquer problema de saúde e pode, teoricamente, regenerar órgãos inteiros usando uma estrutura artificial [chamada scaffold]”, diz Zubair. “Além disso, elas não precisam vir de pacientes individuais — qualquer um pode usá-las, sem rejeição”, afirma.

Zubair está trabalhando com engenheiros da Universidade do Colorado, que estão construindo o biorreator especializado para células, que será levado para a ISS dentro de um ano para o experimento.

“Eu não penso, realmente, que desenvolver células no espaço para o uso na Terra seja ficção científica”, ele diz. “Os voos comerciais para a ISS irão se iniciar brevemente e o custo para ir até lá estão baixando. Nós precisamos apenas demonstrar o que pode ser conseguido no espaço e essa verba do CASIS vai nos ajudar a fazer isso”, declara.

A Clínica Mayo é o primeiro e maior centro de medicina integrada do mundo. Médicos de todas as especialidades trabalham juntos no atendimento aos pacientes, unidos por um sistema e por uma filosofia comum, de que “as necessidades dos pacientes vêm em primeiro lugar”. Mais de 3.700 médicos, cientistas e pesquisadores, além de 50.100 profissionais de saúde de apoio, trabalham na Clínica Mayo em Rochester (Minnesota), Jacksonville (Flórida) e Phoenix/Scottsdale (Arizona). Juntas, as três unidades tratam mais de meio milhão de pessoas por ano. [www.mayoclinic.com].

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