Esporte adaptado como exemplo de vida no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

A ADD aproveita o dia Internacional das Pessoas com Deficiência, 3 de dezembro, para passar alguns dados que demonstram todo o potencial e um mundo de possibilidades acerca dos deficientes.

Conforme a ONU, as pessoas com deficiência constituem o grupo minoritário mais numeroso do mundo, com maior probabilidade de ficarem desempregadas, além de apresentarem taxas de mortalidade mais elevadas do que a população em geral.

Trata-se de um universo expressivo de pessoas, que na maioria dos casos, ficam dentro de suas casas, desmotivadas e sem perspectivas de reagir. Quando finalmente criam coragem para sair da reclusão, são vítimas do preconceito e da falta de espaços públicos adequados, que propiciem o mínimo de condições de acesso e conforto.

Esse quadro ainda é habitual, mas já se podem notar variações. Atividades esportivas, artísticas e profissionais já contam com a presença marcante de pessoas com deficiência. No esporte, pode-se dizer que esse potencial começou a ser explorado há 10 anos, quando surgiu a ADD – Associação Desportiva para Deficientes. Durante esses anos, a entidade formou inúmeras equipes e atletas, contribuindo de forma definitiva no desenvolvimento da prática paradesportiva e também na inclusão social de crianças, jovens e adultos com deficiência que participaram das atividades e programas desenvolvidos pela ADD.

“Foram importantes as contribuições da ADD no esporte de base. Em 2001, a entidade formou a primeira equipe infantil de basquete em cadeira de rodas. E agora, após 5 anos de formação dessa equipe, é que autoridades começam a desenvolver trabalhos de base. Também em 2001, trouxemos o Ciclismo Tandem para o Brasil e o resultado desse pioneirismo é colhido agora, com a participação dos atletas da ADD no mundial de ciclismo realizado em setembro, na Suíça”, comenta Karina Mosmann, gerente de Marketing da ADD.

No atletismo, os números são ainda mais impressionantes. Somente Paulo de Almeida, maratonista da ADD, que compete na categoria amputados membro inferior, acumula as seguintes conquistas: campeão da Maratona de Chicago (2005); bicampeão da maratona de São Paulo (2000, 2001); campeão da Ultramaratona (90km) – África do Sul (2001); vice-campeão do Triathlon Internacional de Santos (2002) e, mesmo sem ser divulgado pela mídia esportiva, tetracampeão da Maratona de Nova York (2000, 2001, 2002, 2005).

O esporte auxilia o deficiente a diminuir e, até mesmo, eliminar as barreiras sociais que os rodeiam, porque traz motivação para buscar emprego, educação, saúde e informação em condições de igualdade. Por isso, surgiram os programas de capacitação profissional da ADD.

Aqueles que não demonstravam aptidão para o esporte, podiam se dedicar a atividades na área corporativa. O Geração de Renda da ADD foi criado para promover cursos profissionalizantes às pessoas com deficiência e seus familiares. O Programa possui duas formas de atuação: aulas de capacitação na área de eventos (artesanato, culinária e animação de festas); e cursos direcionados para atender às necessidades das empresas, atendendo a demanda na contratação de profissionais portadores de deficiência conforme a legislação vigente.

No Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, a ADD reafirma a importância da igualdade de direitos das pessoas com deficiência e da sua plena e valiosa participação na sociedade.| Site: www.add.org.br