Arnaldo Hernandez assume presidência da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia

Os maiores desafios da nova diretoria da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT que assume no dia 09 de janeiro (quinta-feira), são a formação adequada do ortopedista, a situação profissional do médico diante das novas políticas do Governo Federal, a falta de uma carreira e de honorários adequados e especialmente a carência de infraestrutura e de condições de atendimento. “O Brasil tem ortopedistas suficientes”, afirma o novo presidente, Arnaldo Hernandez, “mas os hospitais e até as urgências tem filas quilométricas por falta de leitos, de salas cirúrgicas e de material como próteses para que possamos realizar todas as operações necessárias”.

Arnaldo José Hernandez é professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Ortopedista especializado em joelho e medicina esportiva, opera no Hospital das Clínicas da USP e no Sírio Libanês e tem experiência em vida associativa, pois além de cargos na Diretoria da SBOT, foi presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho.

Diretoria representativa dos estados-A nova Diretoria da SBOT tem representatividade geográfica e profissional, explica Hernandez, inclui médicos de sete Estados e de várias das 12 subespecialidades da Ortopedia, que são, entre outras, reconstrução e alongamento ósseo, ombro e cotovelo, artroscopia e traumatologia desportiva, osteoporose e doenças osteometabólicas, oncologia ortopédica, cirurgia da mão, cirurgia do joelho e patologia da coluna vertebral.

O presidente, Arnado Hernandez, é de São Paulo; o 1º vice-presidente, Marco Antonio Percope de Andrade, de Minas; o 2º vice-presidente, Luiz Antonio Munhoz da Cunha, do Paraná; o secretário-geral, João Baptista Gomes dos Santos, de São Paulo; o 1º secretário, Adalberto Visco, da Bahia; o 2º secretário, Wagner Nogueira, de Minas Gerais; o 1º tesoureiro, Carlos Alfredo Lobo Jasmin, do Rio de Janeiro; o 2º tesoureiro, Emerson Honda, de São Paulo; o diretor de Comunicação e Marketing, Sandro Reginaldo, de Goiás; o diretor de Regionais, Fábio Dal Molin, do Rio Grande do Sul; e o diretor de Comitês, Maurício Kfuri, de São Paulo.

Posse, fórum e titulação - A posse será no Royal Palm Plaza, em Campinas, interior paulista, durante evento de três dias que incluirá também o TEOT, exame de titulação a que se submetem os médicos que querem ter o título de ortopedista e o fórum “O futuro da residência médica no Brasil”.

O fórum analisará sugestões do Ministério da Educação para o currículo de Residência que os candidatos a ortopedista devem cumprir e terá participação da secretária nacional de Residência Médica, Maria do Patrocínio, do deputado Luiz Henrique Mandetta, que é ortopedista e de Carlos Vital Tavares Correa Lima, do Conselho Federal de Medicina.

Hernandez ressalta que a SBOT se preocupa com a formação dos ortopedistas que, em virtude da avaliação para que conquistem o título e da educação continuada são bem capacitados, mas mesmo o Brasil contando com profissionais de primeira linha, não é possível oferecer uma ortopedia à altura do que deseja a população, devido à falta de infraestrutura.

Por isso preocupa a solução simplista do Governo Federal de importar médicos cuja qualificação não é devidamente comprovada e que são enviados a cidades que realmente precisam desses profissionais, mas onde não há prontos socorros, condições de atendimento, de realização de exames e de cirurgias. É uma tentativa simplista de enfrentar o problema, entende o novo presidente da SBOT, mas não é assim que os brasileiros passarão a contar com a Medicina a que deveriam ter direito. "O desafio da nova Diretoria de convencer o governo de que também na Saúde a infraestrutura é condição essencial para um bom atendimento", completa.