Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

FINEP apóia Disque-Denúncia: Financiamento permite salto tecnológico no serviço

A FINEP concedeu R$ 335 mil para a atualização do parque tecnológico do serviço Disque-Denúncia, sediado no Rio de Janeiro. “Recebemos cerca de 12 mil ligações por mês e já temos mais de um milhão de denúncias em nossa base de dados. Cada denúncia tem cerca de quatro informações distintas. Talvez esse seja o maior banco de dados sobre o subsolo de uma cidade em toda a América Latina”, diz Edson Calil, responsável pelo setor de Relações Institucionais do Disque-Denúncia. “Um fator crítico de sucesso é a manutenção da integridade dessas informações, e o apoio da FINEP foi fundamental para conseguirmos dar um salto tecnológico que garante isso. Com a FINEP, chegamos à maioridade. Esse foi o fato mais importante do ano”, diz Zeca Borges, coordenador do serviço.

O Disque-Denúncia trouxe um modelo inovador de parceria, unindo o setor privado, o governo e a sociedade civil organizada. “Somos um case de PPP –Parceria Público-Privada de sucesso e, ao contrário da maioria das ONGs, nós arrecadamos recursos no setor privado e jogamos na área pública”, explica Zeca. A central de serviços é vinculada à Secretaria de Segurança do estado do Rio em forma de parceria entre o governo e a ONG Movimento Rio de Combate ao Crime. A ONG faz a gestão, compras, manutenção, criação e difusão de campanhas, pagamento de recompensas e de parte dos salários. A Secretaria gerencia materialmente o local de funcionamento e paga o salário dos atendentes.

Histórico - O Disque-Denúncia foi criado em 1995, por iniciativa de um grupo de empresários e profissionais liberais que ofereceram ao governo do estado cooperação no combate à violência. “O caminho escolhido foi o uso da tecnologia e da informação, em lugar de medidas que criassem mais violência, como aumento de arsenal da polícia, por exemplo”, explica Calil. “A idéia é multiplicar a capacidade de informação da polícia por meio da mobilização da população. Há projetos semelhantes de muito sucesso, como, por exemplo, o Crime Stoppers”, acrescenta Zeca. O programa Crime Stoppers começou nos Estados Unidos em 1976 e hoje já atua em mais de 20 países, nos moldes do Disque- Denúncia.

Inicialmente, a ênfase do serviço era no combate aos seqüestros, com um núcleo específico para isso no Disque-Denúncia – em 1995 o Rio teve 108 vítimas desse tipo de crime. O sucesso pode ser medido pela extinção do núcleo. “De certa forma somos suicidas, ficamos felizes quando podemos acabar com um dos núcleos. O de seqüestros se tornou desnecessário a partir de 2000, quando só foram registradas cinco ocorrências do tipo no estado”, diz Zeca. Hoje o maior número de denúncias é, de longe, o relacionado ao tráfico de drogas. Em 2006, o segundo lugar passou a ser ocupado pela violência doméstica, em especial a relacionada a crianças. Zeca avalia que cerca de 30% das ligações geram alguma operação policial.

Hoje o serviço conta com núcleos como os de violência doméstica e o de roubo, furto e fraudes de veículos, além de uma nova experiência que começou há seis meses, com a organização de núcleos regionais. Os pilotos são em Niterói, São Gonçalo e Maricá. Até março de 2007 será implementado também o núcleo Costa Verde (Paraty, Angra e Mangaratiba, inicialmente).

Fora do Rio de Janeiro o serviço já está presente em Campinas, Salvador, Recife e Fortaleza. Os diversos Disque-Denúncias e seus patrocinadores acabam de criar o Instituto Brasileiro de Combate ao Crime, com sede em Recife.

O Disque-Denúncia tem um total de 46 atendentes que se revezam e o serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive feriados. O anonimato é garantido e a central não tem rastreadores de ligação. O telefone é (21 )2253-1177.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira