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15/01/2014 - 08:42

Empresa da Nova Zelândia Presente no Brasil realiza programas de melhoria da qualidade do leite

Com base em sua experiência na Nova Zelândia, considerado um dos países com melhor leite do mundo, a QCONZ América Latina – Quality Consultants of New Zealand - treina produtores rurais dentro dos padrões exigidos pela Instrução Normativa 62 (IN 62) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A QCONZ América Latina, filial da Quality Consultants da Nova Zelândia, tem fechado diversas parcerias com entidades públicas e privadas para capacitar pequenos e médios produtores a produzirem leite segundo os padrões exigidos pela Instrução Normativa 62 (IN 62) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que atualizou as regras para a qualidade do leite. A norma, válida desde janeiro de 2012 para produtores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e a partir de janeiro de 2013 para o Norte e Nordeste, estabeleceu novos limites para a Contagem Bacteriana Total (CBT) e Contagem de Células Somáticas (CCS), que são os principais indicadores da qualidade do leite. Com a nova regra, o índice de CCS permitido passou de 750 mil/ml para 600 mil/ml. Na Nova Zelândia, considerado o principal produtor de lácteos do mundo, o número de células somáticas é atualmente de 168 mil/ml.

Com base em sua experiência na indústria neozelandesa, a QCONZ trouxe ao Brasil já há alguns anos seu trabalho em desenvolvimento, treinamento e implantação de sistemas de gestão de qualidade e boas práticas nas fazendas. Dividida em módulos teórico e prático, a capacitação oferecida pela QCONZ contempla temas como a fisiologia da glândula mamária, o manejo de ordenha, higiene, controle de mastite e qualidade da água. Já o curso prático é realizado nas fazendas dos produtores, onde é feito o acompanhamento da rotina de ordenha e verificadas as condições dos equipamentos e utensílios utilizados. “Nosso objetivo é aprimorar o manejo da produção”, comenta Bernard Woodcock, presidente da QCONZ América Latina. “Para o produtor a participação no programa é importante, já que as indústrias tendem a pagar mais por um produto com melhor qualidade. Em contrapartida, o consumidor tem mais segurança em relação ao produto que está comprando”.

Uma prova disso são as experiências bem sucedidas da QCONZ no Brasil, como por exemplo, os projetos de boas práticas nas fazendas realizados em parceria com diversos laticínios em diferentes Estados do Sul e Sudeste, nos quais são realizados trabalhos em conjunto com toda a cadeia produtiva com o objetivo de incentivar os produtores a buscarem certificação que possa inclusive gerar um pagamento diferenciado pela qualidade do leite entregue.

Outro exemplo é a implantação do Sistema Mineiro de Qualidade do Leite, que se baseou na adoção do kit de ordenha manual da Embrapa em centenas de propriedades rurais. Trata-se de um projeto em parceria com o Polo de Excelência do Leite, a DPA/Nestlé e Laticínios MB.

De acordo com Woodcock, a estratégia para se chegar a um nível ideal de qualidade do leite é a simplicidade. “É importante manter as regras simples e o trabalho deve ser feito em conjunto pelos diversos elos da cadeia”, defende o executivo. Um exemplo é uma espécie de pá desenvolvida para substituir a caneca de fundo escuro para o texto de mastite clínica, que não estava sendo feito pelos produtores de maneira satisfatória.

Também foi criado um cinto com um bolso para garrafa com água clorada e outro para armazenar papel toalha. Preso à cintura do ordenhador, o kit facilita a limpeza e a desinfecção dos tetos. Este acessório foi testado em fazendas da Zona da Mata Mineira, conquistando bons resultados. “Não importa como se faz a ordenha, o essencial é que seja feita de forma higiênica e eficiente, sempre respeitando as boas práticas agropecuárias”, acentua Woodcock.

O Brasil é hoje o 5° maior produtor de leite do mundo, com 32 milhões de litros produzidos anualmente, segundo dados do IBGE de 2011. De 2000 a 2011, a produção local cresceu 4,4% ao ano. “O país é autossuficiente na produção de leite, porém tem grande potencial para ser um grande exportador se toda a cadeia produtiva se conscientizar da importância de se investir em qualidade”, avalia Nádia Alcântara , executiva focada em agropecuária da New Zealand Trade & Enterprise, agência de promoção comercial da Nova Zelândia no Brasil.

A Nova Zelândia é o maior exportador mundial de leite e derivados, com market share de 34% no mercado mundial. O país produz anualmente 19 bilhões de litros de leite, sendo 95% desse total destinado à exportação. Mundialmente, a indústria de laticínios da Nova Zelândia é reconhecida pela alta qualidade e baixo custo de produção.

Na legislação, o governo da Nova Zelândia criou Programas de Gerenciamento de Risco (RMP) que tratam da ordenha, da coleta e do processamento. Produtores, transportadores e laticinistas são auditados e, se identificados como fora dos padrões mínimos de qualidade, são penalizados economicamente, podendo ser suspensos após investigação ou penalização consecutiva. Para que o modelo funcione plenamente, há assistência técnica permanente.

Parceria Programa Leite legal-Uma das parcerias mais recentes da QCONZ foi fechada com o SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, de Minas Gerais. A parceria é parte do Programa Leite Legal lançado pelo SENAR/MG com o SEBRAE para a melhoria da qualidade do leite. O projeto visa o treinamento de 81 mil produtores em dois anos. Os resultados poderão ser percebidos pelos pecuaristas, indústria e consumidor final. Saiba mais sobre o Programa Leite legal:

A QCONZ AL – Quality Consultants of New Zeland América Latina Ltda é uma empresa especialista em qualidade no setor primário e manufaturado da indústria alimentar. Presta serviços internacionalmente de consultoria e estratégia, treinamento, soluções, desenvolvimento, implementação e auditoria de sistemas de boas práticas para toda a cadeia do agrobusiness.

Perfil - A New Zealand Trade & Enterprise (NZTE) é a agência para o desenvolvimento do comércio internacional da Nova Zelândia. Sua atividade principal é oferecer suporte para que os negócios do país gerem alianças estratégicas e fomentem relações comerciais em nível internacional. Por meio de uma rede de 45 escritórios, a NZTE conecta os empreendimentos da Nova Zelândia ao mundo, compartilhando oportunidades, conhecimento, experiência e contatos.

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