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16/01/2014 - 07:53

FecomercioSP: Copom acerta em manter a trajetória de alta da Selic

Aumento de 0,50 p.p., necessário para conter a inflação, acrescenta R$ 10 bilhões à dívida pública por ano e demanda mais esforço fiscal do governo.

São Paulo - A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) avalia como positiva a decisão do Conselho de Política Monetária do Banco Central (Copom) de elevar a taxa básica de juros, Selic, em 0,50 ponto percentual (p.p.).

"Apesar da queda da confiança dos consumidores e dos empresários nos últimos meses, da redução do ritmo econômico e do consumo, e a despeito do aumento de custos da dívida pública, que vai exigir um superávit primário ainda maior e provavelmente inalcançável neste ano, o Banco Central agiu com cautela e acertadamente elevou a taxa Selic para 10,50% ao ano", analisa Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP.

A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerrou 2013 em 5,91%, taxa que vem se mantendo ao longo dos últimos anos - sem indícios de convergência para o centro da meta (4,5% a.a). De acordo com estimativas da Federação, para que o país tenha uma inflação no centro da meta é preciso que o IPCA mensal esteja entre 0,35% e 0,40%, menos da metade do que foi verificado em dezembro (0,92%).

Dívida Pública - Levantamento da FecomercioSP aponta que uma alta de 0,50 p.p. na Selic eleva os gastos com juros da dívida pública em R$ 10 bilhões por ano. Como o superávit primário (economia do governo para abater os juros da dívida pública) no ano passado foi insuficiente para conter a expansão da dívida total, em 2014 haverá a necessidade de um esforço fiscal adicional de R$ 25 bilhões (além dos R$ 75 bilhões esperados para 2013, segundo estimativas do Ministério da Fazenda).

A última vez em que a Selic esteve acima de 10% a.a. foi em janeiro de 2012, quando o consumo crescia de forma mais acelerada do que a atual. Ainda assim, a trajetória da taxa básica de juros era de queda, e não de alta.

"A deterioração da política fiscal nos últimos anos está obrigando o Banco Central a usar doses mais altas do remédio desta vez, ainda que o paciente esteja mais debilitado. Certamente foi uma decisão dura e difícil às autoridades monetárias, mas a melhor diante das opções", afirma Pina.

Perfil -A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Responsável por administrar, no estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes e congrega 154 sindicatos patronais que respondem por 11% do PIB paulista - cerca de 4% do PIB brasileiro -gerando em torno de 5 milhões de empregos.

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