Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

18/01/2014 - 08:17

Via Dutra completa 63 anos


Em sua inauguração, rodovia já dava sinais de que seria caminho fundamental para o desenvolvimento do País..

A Rodovia Presidente Dutra, ou simplesmente Via Dutra, completa 63 anos de existência no dia 19 de janeiro (domingo). Desde sua inauguração, a rodovia, por onde hoje é transportado cerca de 50% do PIB (produto interno bruto) brasileiro, passou por transformações que acompanharam o crescimento populacional e econômico do País, e por sua vez, foi fundamental para o desenvolvimento dos municípios por ela servidos.

Hoje, cerca de 23 milhões de pessoas em 36 municípios, incluindo as capitais São Paulo e Rio de Janeiro, habitam o entorno da rodovia. Saiba um pouco da história de empreendedorismo e ousadia, da construção da mais importante rodovia brasileira.

Inauguração reduz tempo de viagem pela metade -No dia 19 de janeiro de 1951, quando foi inaugurada pelo Presidente da República, General Eurico Gaspar Dutra, em solenidade realizada na altura de Lavrinhas (SP), a então BR-2, nova rodovia Rio-São Paulo, ainda não estava completamente pronta, mas já permitia o tráfego de veículos entre a então Capital Federal, Rio de Janeiro, e o pólo industrial de São Paulo. Dos seus 405 quilômetros de então, 339 estavam concluídos, junto com todos os serviços de terraplenagem e 115 obras de arte especiais (trevos, viadutos, pontes e passagens inferiores). Faltava, porém, a pavimentação de 60 quilômetros entre Guaratinguetá (SP) e Caçapava (SP), e 6 quilômetros em um pequeno trecho situado nas proximidades de Guarulhos (SP).

A BR-2 contava com pista simples, ou “pista singela” como tratavam os técnicos de então, operando em mão-dupla, em quase toda sua extensão. Em dois únicos segmentos havia pistas separadas para os dois sentidos de tráfego: nos 46 quilômetros compreendidos entre a Avenida Brasil e a garganta de Viúva Graça (hoje, Seropédica), no Rio de Janeiro, e nos 10 quilômetros localizados entre São Paulo e Guarulhos, no trecho paulista.

A nova rodovia foi construída com as mais modernas técnicas de engenharia da época e com equipamentos especialmente importados para isso, o que permitiu a redução da distância rodoviária entre as duas capitais em 111 quilômetros, conseguida basicamente com a superação de obstáculos naturais. Sua concepção avançada permitiu, ainda, a suavização de curvas, aclives e declives. Essa soma de fatores resultou na redução do tempo de viagem, de 12 horas, em 1948, para 6 horas.

Alto investimento gerava críticas -Na época, a construção da BR-2 foi criticada por parte da Imprensa e setores da sociedade civil, devido o valor de 1,3 bilhão de Cruzeiros investido nas obras, considerado muito elevado. No entanto, o Governo Federal argumentava que o desenvolvimento do Brasil dependia da abertura de novas vias que aumentasse a rapidez e eficácia no transporte rodoviário.

A posição do governo federal foi evidenciada no discurso do general João Valdetaro de Amorim e Mello, então ministro de Viação e Obras Públicas.

“Com um tráfego mínimo de 1.000 veículos diários (...) e tendo em conta a economia resultante do custo de operação dos veículos rodando sobre uma estrada deste modelo (...) em 10 anos, a economia nos transportes efetuados sobre esta rodovia atingirá a casa dos 10 bilhões de cruzeiros”.

Tudo isso, lembrava ele, sem contar a economia de divisas com a redução nos gastos com combustíveis, lubrificantes e peças de reposição, todos importados.

Projeto inovador na concepção e execução -As obras da nova rodovia representavam, também, um grande desafio de engenharia para a época. O retão de Jacareí (SP), por exemplo, foi um trecho que gerou polêmica entre os técnicos, por ser construído sobre terreno instável cuja transposição era considerada quase impossível. No entanto, o trecho foi finalizado com a utilização de 12 milhões de metros cúbicos de terra, o equivalente a 1,6 milhão de caminhões cheios, em um aterro submerso de 15 metros de profundidade.

No trecho fluminense, a transposição de um trecho rochoso ao pé da Serra das Araras, chamado de “garganta de Viúva Graça” é outro segmento que representou um grande desafio para os engenheiros empenhados na construção da nova rodovia, que, comandaram complexas escavações permitindo o rebaixamento em 14 metros do paredão de granito.

Grande obra, grandes números- Os números que envolveram a construção impressionam ainda hoje, em um esforço de engenharia que envolveu 35 empreiteiras, milhares de trabalhadores e movimentação de toneladas dos mais diversos materiais.

.2.657.746 m² de pavimentação |. 1,3 milhão de sacos de cimento | .8 mil toneladas de asfalto |.20 mil toneladas de alcatrão|. 15.000.000 m³ de movimento de terra |.300.000 m³ de cortes |.7.021 m de extensão em 115 pontes, viadutos e passagens|. 19.086 m com 315 bueiros |.30 milhões de m² de faixa de domínio.

Março de 1996: Início do renascimento da Via Dutra -No dia 1º de março de 1996, a CCR NovaDutra assumiu a administração da Via Dutra, que, na época, estava deteriorada, com pistas esburacadas, sinalização e conservação em situação precária. No entanto, após 180 dias (prazo para realização dos serviços emergenciais), o cenário já era outro, com a rodovia em condições adequadas de segurança e fluidez de tráfego. Hoje, a Via Dutra está totalmente renovada, e quem trafega pela rodovia conta com uma infraestrutura composta por equipes de socorro médico e mecânico 24 horas, monitoração, conservação, atendimento telefônico gratuito (Disque CCR NovaDutra), telefones de emergência ao longo da rodovia, serviço de transmissão em FM com informações sobre a rodovia direcionada aos usuários (CCR FM 107.5), entre outros serviços, propiciando uma viagem mais segura e confortável.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira