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04/12/2007 - 09:37

100 anos: “Oscar Niemeyer Arquiteto Brasileiro Cidadão”, no MAC Niterói


O MAC Niterói apresenta a exposição “Oscar Niemeyer Arquiteto Brasileiro Cidadão”,estará aberta a partir de 9 de dezembro . Com curadoria de Marcus Lontra Costa, e realização do Instituto Tomie Ohtake, em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil, Prefeitura e MAC Niterói, a mostra comemora os cem anos do arquiteto que colocou o Brasil na pauta da criação mundial. O MAC, iniciado em 1991 e inaugurado em 1996, é um dos marcos da trajetória do arquiteto, portanto local adequado para esta homenagem ao seu centenário, que ocorre dia 15 de dezembro próximo.

Uma das características desse projeto é percorrer várias cidades, e realizar a exposição sempre em um de seus projetos, homenageando, assim, o arquiteto e a cidade em questão. A mostra iniciada em agosto já passou pelo Museu de Arte da Pampulha e Palácio das Artes, em Belo Horizonte; Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba; espaço sob a Marquise do Ibirapuera e Sala Especial da VII Bienal de Arquitetura, em São Paulo, e que seguirá depois para Brasília, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República. O projeto “Oscar Niemeyer Arquiteto Brasileiro Cidadão” contou ainda com o empenho do próprio arquiteto e coordenação de Ricardo Ohtake e Kadu Niemeyer.

Marcus Lontra Costa conta que “fotografias, obras de arte, instalações e textos compõem a mostra, representando as principais fases da arquitetura de Niemeyer, sua relação com as artes e os artistas plásticos brasileiros, assim como a luta sócio-política do cidadão Oscar, exposta na grande sala do MAC”. “Como nas exposições anteriores do Projeto, a edição Niterói une criador à criatura, indo além da documentação e da análise, ao apresentar um olhar poético sobre a obra do arquiteto, patrimônio nacional, na qual todos nós brasileiros nos identificamos”, afirma.

A mostra vai destacar os aspectos poéticos da obra de Oscar Niemeyer, os fragmentos mais representativos de sua produção arquitetônica. Esta produção modernista fará um diálogo com a de artistas plásticos como Bruno Giorgi, Alfredo Ceschiatti, Portinari, Athos Bulcão, Franz Weissmann, Tomie Ohtake e José Pedrosa.

Em Niterói, a mostra terá o acréscimo de obras de nove artistas pertencentes à Coleção João Sattamini, em comodato com o MAC: Aluísio Carvão, Beatriz Milhazes, Franz Weissmann, Ione Saldanha, Ivan Serpa, Joaquim Tenreiro, Lygia Clark, Paulo Roberto Leal, e Sérgio Camargo.

Um outro segmento vai ressaltar para o público um aspecto mais documental e histórico. Por meio de textos, fotografias, desenhos e ampliações fotográficas, estão reunidas as principais fases da arquitetura de Niemeyer. Na primeira, Pampulha: o Berço da Arquitetura Moderna Brasileira (1940 a 1943) está o início do trabalho de Oscar Niemeyer que sublinha também o início de uma identidade brasileira. A segunda fase, Forma Livre e Organicidade (1943 – 1953), é marcada pela combinação da liberdade formal com técnicas de engenharia e cálculo de materiais, com destaque para o concreto armado (Ibirapuera, Casa das Canoas).

Em um terceiro espaço, Brasília Modernidade, Magia e Eternidade (1953 – 1965) busca-se evidenciar, conforme afirma Marcus Lontra Costa, “o desejo de Niemeyer em explorar uma realidade paralela, oculta, tal qual nosso subconsciente” (Eixo Monumental de Brasília). Em Vivendo os Anos de Chumbo no Exterior e a Caminho de uma Arquitetura Social (1965-1989), o quarto módulo, está situado o período de exílio do arquiteto, logo após a construção de Brasília, quando se intensifica em sua obra a finalidade política, social e pública, além do apuro técnico pelo contato com a história e a arquitetura da antiguidade (sede do Partido Comunista em Paris, A Mesquita e a Universidade de Constantine em Argel).

Finalizando este módulo, O Museu Pessoal e o Museu do Homem (1989 até hoje) demonstra a fase do pleno domínio de seu próprio vocabulário nos diversos projetos desenvolvidos para espaços culturais e públicos, culminando com o recente projeto para o Centro Administrativo de Minas Gerais (Memorial da América Latina, em São Paulo, Mac-Niterói, Museu Oscar Niemeyer em Curitiba, Teatro do Ibirapuera em São Paulo, Museu Nacional do Conjunto Cultural da República em Brasília).

Para Luiz Guilherme Vergara, diretor do MAC Niterói, “o princípio esperança definido por Ernst Bloch, que embasa as grandes criações artísticas, é extremamente presente nas obras de Niemeyer: por um lado, ele se dá como vontade de transformação, como negação das negatividades no mundo e, por outro, afirmação da ousadia da consciência artística antecipatória, como compromisso com a inauguração do novo, que tanto inspira as vanguardas e os agentes das transformações modernas, pós-modernas e contemporâneas”.

Exposição de 09 de dezembro de 2007 a 09 de março de 2008,de terça a domingo, das 10h às 18h* (a bilheteria fecha 15 minutos antes), no MAC Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Mirante da Boa Viagem, s/nº – Niterói, Rio de Janeiro | Telefone: (21) 2620-2400. *Durante o horário de verão, o Museu funciona aos sábados e domingos até as 19h Ingresso R$ 4,00 (estudantes e adultos brasileiros acima de 60 anos pagam meia entrada; estudantes do ensino público até o 2º grau e crianças até 7 anos não pagam). Entrada franca às quartas-feiras.

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