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23/01/2014 - 07:58

Suar de mais no verão: um problema para quem possui hiperidrose

Cirurgia tem efeito imediato e é solução para quem transpira em excesso.

No verão, é comum que o corpo sue mais. Porém quando o incômodo é maior, pode ser hiperidrose, doença que atinge 1% da população, e traz importantes prejuízos na qualidade de vida.

As regiões do corpo mais afetadas são as mãos, axilas, rosto, cabeça e os pés, que suam exageradamente, em uma quantidade acima do que é necessário para controlar a temperatura corporal.

O tratamento da doença consiste em - cremes que podem ser aplicados na pele, comprimidos que são tomados de forma contínua, injeção de medicamentos na região afetada – botox, e uma cirurgia, que promete resultado imediato – a simpatectomia torácica por vídeo.

De acordo com o cirurgião toráxico do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Paulo Boscardim o resultado da cirurgia é percebido rapidamente. “Já no centro cirúrgico o paciente passa a não suar e a cura do problema se aproxima de 100%”, destaca.

A cirurgia, com duração de aproximadamente 15 minutos, é feita com anestesia geral. Consiste no corte de uma pequena região do sistema nervoso simpático (nervo) que comanda o suor em excesso. Atualmente a cirurgia é realizada por técnicas menos invasivas, com dois cortes de meio centímetro, em cada axila e uma microcâmera que é introduzida no tórax pelas incisões.

Segundo o cirurgião toráxico do HNSG, Juliano Mendes de Souza a recuperação após a cirurgia é rápida. Normalmente, o paciente interna na manhã do dia da cirurgia e recebe alta no fim do dia ou na manhã seguinte. “Como qualquer cirurgia, o paciente tem dor no pós-operatório, mas na maioria dos casos é leve e melhora com analgésicos que são sempre receitados”, orienta Dr. Juliano. “Em dois a três dias, o paciente já pode retornar as atividades”, complementa.

A hiperidrose reflexa ou compensatória é o efeito colateral mais comum da cirurgia, apesar de ser raro. Neste casos, o paciente para de suar onde tanto o incomodava e passa a suar em outros locais do corpo. Segundo o Dr. Boscardim os fatores que aumentam a probabilidade da compensação grave se manifestar são o índice de massa corpórea (IMC), maior que 26, e pessoas que já suam muito em diversas parte do corpo e que apresentam a hiperidrose craniofacial. “Realizamos uma seleção criteriosa dos pacientes, assim há uma diminuição considerável de incidência da hiperidrose reflexa grave”, destaca o cirurgião.

Como surge a hiperidrose-A doença surge devido ao funcionamento inadequado de uma parte do sistema nervoso, chamado de autônomo simpático, que leva as mensagens do cérebro para as glândulas de suor, fazendo o corpo transpirar mais. “As pessoas que tem a doença ficam constrangidas ao cumprimentar os outros com as mãos molhadas, tem dificuldades no trabalho ao usar ferramentas que escorregam, com utilizar computador ou escrever, e em situações de tensão, as mãos suam tanto a ponto de pingar”, explica o Dr. Juliano.

Ainda de acordo com o especialista, este fator pode também estar relacionado com a tendência genética. “É comum várias pessoas da mesma família terem a doença e em algumas famílias ninguém possuí-la”, orienta.

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