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24/01/2014 - 07:27

Glaucoma: 2,4 milhões de novos casos por ano e muita desinformação

Livro de especialista brasileiro, lançado recentemente, contribui para levar o conhecimento sobre a doença ao público leigo

Apesar do nome comum à maioria das pessoas, ainda há muita desinformação a respeito do glaucoma, que pode levar à cegueira irreversível sem um diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Falamos aqui de uma doença traiçoeira, sem sintomas na fase inicial, causada muitas vezes pelo aumento da pressão intraocular, visto que pode haver glaucoma com pressão ocular dentro dos níveis normais. A melhor prevenção é a consulta anual ao oftalmologista, que pode detectar a doença ainda nos primeiros estágios e iniciar o tratamento que deverá ser seguido por toda a vida.

A estimativa da Organização Mundial é que até 2020 mais de 80 milhões de pessoas sejam afetadas pelo glaucoma em todo o mundo. No Brasil, calcula-se que os portadores cheguem hoje a mais de um milhão, sendo 2% dos brasileiros acima dos 40 anos e 6% dos acima de 70 anos. A doença é a segunda principal causa de perda total da visão em adultos – atrás apenas da degeneração macular senil, que é a afecção da mácula, estrutura no olho situada na retina, importante no processo de captação da imagem (visão central) e relacionada ao avanço da idade.

A desinformação é um dos principais fatores que contribuem para esse índice. “Hoje, a cegueira por glaucoma é evitável na grande maioria dos casos. Conhecimento é a chave para que os pacientes e familiares possam conviver melhor com a doença e interagir de forma eficaz com seus médicos durante o tratamento”, diz o Dr. Remo Susanna Jr., especialista brasileiro em glaucoma, que lançou recentemente o livro “Glaucoma – Informações essenciais para preservar sua visão”. No mundo todo, de acordo com o médico, existem aproximadamente 11 milhões de pessoas cegas de ambos os olhos e 20 milhões cegas de um olho em decorrência do glaucoma.

Indivíduos com um ou mais fatores de risco para a doença (idade acima de 40 anos, histórico familiar; diabetes, uso prolongado de medicamentos com cortisona, aumento da pressão intraocular (PIO) ou pertencentes à raça negra) devem manter atenção ainda maior. Os exames que detectam o glaucoma – fundo de olho e medição da pressão intraocular – são indolores e realizados pelo oftalmologista com a ajuda de equipamento especial. O exame de campo visual também é importante, mas quando ele está alterado a doença encontra-se em fase avançada.

Os resultados são analisados pelo profissional médico de forma personalizada, já que cada indivíduo tem sua pressão intraocular ideal. Antes considerada um forte indício de que a pessoa tinha glaucoma, a pressão acima de 21 mm de mercúrio, hoje, não identifica necessariamente a doença. A alteração do nervo óptico observada no exame de fundo de olho é que faz o diagnóstico

Tipos de Glaucoma – Existem mais de 25 tipos de glaucoma, sendo os mais comuns o glaucoma de ângulo aberto, que é o de maior prevalência na faixa da população com mais de 40 anos e que não apresenta sintomas; o agudo, também chamado de glaucoma de ângulo fechado, e o congênito. No caso de “ângulo fechado”, o indivíduo que padece dessa forma da doença pode apresentar um conjunto de sintomas, como olho vermelho e dolorido, dor de cabeça, náuseas e vômito. No caso do glaucoma congênito, o bebê nasce com olhos muito grandes (chamado de buftalmo ou “olhos de búfalo”), sofre de fotofobia, ou seja, forte sensibilidade à luz, e lacrimeja constantemente.

Pfizer - Há mais de 150 anos no mundo e 60 anos no Brasil, a Pfizer tem como propósito inovar para proporcionar aos pacientes tratamentos que melhorem significativamente suas vidas. Esta preocupação é traduzida pelo amplo pipeline e portfólio da companhia, que abrange diferentes áreas como câncer, dor, saúde da mulher, prevenção de enfermidades em crianças e adultos, infecções, doenças autoimunes, depressão, multivitamínicos, entre outras. Isso significa investir cerca de US$ 7 bilhões por ano no desenvolvimento de novos medicamentos e trabalhar com mais de 250 parceiros, entre universidades e centros de tecnologia, buscando a inovação e também a ampliação do alcance da população aos seus tratamentos. A cada dia, a Pfizer mantém sua missão e seus valores, trabalhando para fazer a diferença na vida das pessoas e contribuindo com a comunidade por meio de suas iniciativas sociais.

Perfil - Dr. Remo Susanna Jr. é professor titular de Clínica Oftalmológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Diretor executivo e ex-presidente da Associação Mundial de Glaucoma, presidiu a Sociedade Pan-Americana de Glaucoma e a Sociedade Brasileira de Glaucoma. Membro fundador da Von Graefe Society para o aperfeiçoamento dos conhecimentos em glaucoma, dirigiu a Glaucoma Research Society e foi membro do conselho internacional da Association for Research in Vision and Ophtalmology, todas instituições norte-americanas.

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