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28/01/2014 - 06:49

Registros de incêndio têm aumento de 45% em 2013

Análise das estatísticas dos incidentes noticiados pela imprensa mostra que o Rio Grande do Sul foi o Estado que teve maior crescimento nos incêndios reportados na comparação com 2012.

O número de incêndios estruturais registrados pelo monitoramento diário de notícias aumentou em todo o Brasil em 2013, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Sprinkler Brasil (ISB). Foram contabilizados 1.095 ocorrências na imprensa brasileira – média de 91 por mês – contra 755 registros encontrados em 2012 – média de 62 por mês. O Estado do Rio Grande do Sul foi o que teve o maior aumento de registros de incêndio do ano, com uma alta de 93%.

No monitoramento, o ISB considera os incidentes que ocorreram em diversos tipos de prédios e que poderiam ter sido contornados com o uso de sprinklers, como é o caso de instalações industriais e comerciais, depósitos, bibliotecas, escolas, hospitais e hotéis. Dentre os incêndios estruturais, só não foram contabilizados os incidentes que ocorreram em residências. Os incêndios florestais também ficaram de fora dos registros.

O gráfico abaixo detalha o número de ocorrências de incêndios estruturais (exceto residenciais) que foram noticiados em cada estado brasileiro de acordo com o monitoramento feito pelo ISB em 2013.

O Estado do Rio Grande do Sul superou o Rio de Janeiro nos registros noticiados em 2013 em comparação com 2012. O Estado também teve uma diferença maior para o quarto lugar (Paraná em 2012, Rio de Janeiro em 2013), o que pode ser explicado pela ocorrência da tragédia da boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria. “Esse grande incêndio pode ser considerado uma explicação para o aumento expressivo de notícias no Rio Grande do Sul em relação aos demais estados brasileiros, pois causou um grande impacto em todo o país, despertou mais atenção para o assunto e provocou engajamento por parte de autoridades e da sociedade civil”, afirma Marcelo Lima, diretor-geral do Instituto Sprinkler Brasil.

Número de incêndios estruturais (exceto residenciais) noticiados na Internet em 2012 – por Estado:

Os gráficos também indicam que em todos os Estados foi encontrada ao menos uma reportagem sobre uma ocorrência local, o que não ocorreu em 2012, quando não foram registradas notícias sobre incêndios no Acre e no Amapá. A quantidade de incêndios reportados em São Paulo segue expressivamente maior do que nas demais unidades federativas, assim como notado no ano anterior. No entanto, deve-se destacar que essa diferença pode ser explicada pela forma como a imprensa de cada Estado cobre o assunto.

A disposição das unidades federativas com mais notícias sobre incêndios também mostrou mudanças. As alterações mais significativas foram Goiás subir da 14ª para a 9ª colocação e o Rio Grande do Sul superar consideravelmente o Rio de Janeiro em registros sobre esse tipo de incidente.

O gráfico a seguir mostra as ocorrências de incêndio que foram noticiadas por tipo de local. Edifícios industriais e comerciais representam 68% dos incêndios noticiados, uma pequena diminuição em relação à proporção checada em 2012 (73%).

Ocorrências de incêndios estruturais (exceto residenciais) noticiados em 2013 – por ocupação:

Isso significa que as notícias sobre ocorrências de fogo em outros tipos de ocupação cresceram proporcionalmente em comparação ao mesmo período (32%, ante 27%).

Ocorrências de incêndios estruturais (exceto residenciais) noticiados em 2012 – por ocupação:

Faltam estatísticas oficiais - A iniciativa do Instituto Sprinkler Brasil de monitorar os incêndios noticiados pela imprensa é uma forma de entender minimamente o que ocorre no Brasil em relação a incêndio. “A falta de divulgação dos dados oficiais por parte dos Corpos de Bombeiros dos Estados é um grave problema que impacta na formulação de políticas públicas sobre o assunto no País”, pondera o diretor-geral do Instituto Sprinkler Brasil, Marcelo Lima.

De acordo com Lima, a falta de conhecimento desses dados não permite definir um parâmetro sobre as mortes ocorridas na boate Kiss, por exemplo. “É evidente que a perda de 242 vidas em um único evento é uma grande tragédia, mas ainda assim não conseguimos entender o que isso representa no número total de vítimas de incêndio no Brasil por ano”, explica.

Avanço no Rio Grande do Sul - Além de apresentar aumento de quase 100% nos registros de incêndio reportados, o Rio Grande do Sul também foi Estado com mais engajamento e avanço na legislação em 2013. Em dezembro, uma nova lei contra incêndio foi sancionada no Estado. A medida proíbe licenças provisórias de funcionamento para locais que reúnem muitas pessoas e exige aumento no número de itens de segurança obrigatórios.

Apesar do avanço, ainda é necessária uma regulamentação para a aplicação da nova lei, que depende da criação de um conselho estadual de prevenção e proteção contra incêndios.

A legislação de incêndio no Brasil é de responsabilidade de cada Estado e, por isso, há muitas diferenças entre elas. Há casos, como São Paulo, em que as leis contra incêndio estão mais avançadas em relação ao restante do País.

Perfil - O Instituto Sprinkler Brasil (ISB) é uma organização sem fins lucrativos, dedicada a promover o combate a incêndios em instalações industriais e comerciais por meio do uso dos sprinklers. Fundado em 2011 a partir da união de esforços de duas empresas globais do segmento de seguros, a FM Global e a Allianz, o Instituto acredita que o uso destes chuveiros automáticos é a medida mais eficaz de evitar as consequências de incêndios e salvar vidas. Tem como missão, conscientizar a população, autoridades e gestores públicos e privados sobre a importância e os benefícios do uso desse tipo de sistema.

O ISB é apoiado por representantes de várias entidades, especialistas em prevenção e proteção contra fogo. São estes profissionais que formam o Conselho Consultivo do Instituto e reúnem-se regularmente para discutir maneiras de difundir informações sobre o uso de sprinklers na sociedade brasileira. Eles estão vinculados a importantes instituições, como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), entre outros.

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