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28/01/2014 - 06:54

Estudo resgata as principais contribuições de David Schneider para o pensamento antropológico

O antropólogo norte-americano David Schneider (1918-1995) teve uma vasta e reconhecida produção. De sua etnografia sobre os yap na Micronésia, passou pelos estudos sobre o parentesco em sua terra natal e, também, pela sua contribuição para toda uma área da antropologia feminista. Dada a falta de traduções para o português de sua obra, o lançamento de A antropologia de Schneider: pequena introdução, do antropólogo Igor José Renó Machado, pela EdUFSCar, configura-se como oportunidade para o público brasileiro ter acesso a seu inovador pensamento, considerado por muitos como irônico e iconoclasta.

A maior importância de Schneider, como bem mostra Igor Machado, se deve justamente ao fato de que ele realizou todos esses movimentos a partir de uma persistente autocrítica. Juntamente com outros grandes antropólogos do século XX, como E. Leach, M. Strathern e L. Dumont, Schneider empreendeu uma leitura sobre os limites dos modelos da antropologia, replicados inclusive na análise da sua própria sociedade. Esta introdução não só retoma estes pontos, como torna familiar o complexo debate dos estudos de parentesco.

Schneider teve sua obra jogada ao centro do mainstream antropológico no começo do século XXI, e esse percurso veio de um desvio pelos estudos feministas. A crítica ao “poder do sangue” e de tudo o que isso implica (como noções de natureza, de papéis naturais) foi resgatada com cuidado pelas feministas, que viam em sua crítica uma ferramenta política de desnaturalização da opressão sexista às mulheres. Se o sangue não é um destino natural, mas apenas uma escolha cultural entre outras possíveis, o papel da mulher não é naturalmente moldado ao parentesco.

Igor Machado apresenta um panorama em que qualquer interessado no pensamento antropológico entenderá o contexto de produção de pensamento de Schneider, bem como as razões para o impacto de suas críticas radicais. A intenção do autor é situar o pensamento de Schneider no fluxo dos acontecimentos antropológicos, de forma que alguém que encontre as referências a sua obra entenda porque elas estão ali.

O autor – Igor José Renó Machado é formado em Ciências Sociais pela Unicamp (1994), onde também fez mestrado em Antropologia Social (1997) e doutorado em Ciências Sociais (2003). É professor associado da UFSCar, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e coordenador do Laboratório de Estudos Migratórios na mesma universidade.

A antropologia de Schneider: pequena introdução | Autor: Igor José Renó Machado | 117 Páginas: 117 | Formato: 14 x 21 cm | ISBN: 978-85-7600-336-6 | Preço: R$ 25,00.

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