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05/12/2007 - 08:09

Carga protegida

Empresas distribuidoras se utilizam da escolta armada para garantir a segurança de seus funcionários na hora da entrega da mercadoria. Sindesp/DF diz que medida reduz os riscos de roubos, mas alerta para a contratação indevida desse serviço.

Brasília (DF) – Dentre os diversos serviços que uma empresa de segurança privada oferece, um deles, em particular, vem tendo uma procura intensa. É o caso da escolta armada, que tem sido adotada, sobretudo, por atacadistas e empresas distribuidoras de bebidas e medicamentos.

As ações de vigilantes que fazem esse tipo de trabalho são comuns em cidades-satélites do Distrito Federal, principalmente em localidades onde o roubo a mão armada é freqüente. De acordo com o diretor do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transportes de Valores no DF (Sindesp/DF), Irenaldo Pereira Lima, Estrutural, Santa Maria, Recanto das Emas e Samambaia estão entre as Regiões Administrativas onde a escolta é mais utilizada.

A distribuidora de cerveja da Nova Schin já usa dessa alternativa há mais de dez anos, como forma de coibir a ação de bandidos na entrega das bebidas. “Os assaltos em algumas cidades do DF são recorrentes. Sem a escolta armada a ocorrência de roubos seria diária. Com uma proteção a mais, os nossos motoristas têm uma segurança maior e, dificilmente, são abordados por criminosos. Mesmo assim, ainda acontecem alguns casos”, afirma José Pereira dos Santos, diretor da empresa.

De acordo com Santos, além das cidades citadas pelo diretor do Sindesp/DF, Ceilândia, Paranoá, Sobradinho II, Gama e Planaltina oferecem perigo aos profissionais que, diariamente, distribuem bebidas nessas regiões. “A escolta é uma maneira de se precaver, garantir a segurança dos motoristas e a integridade do nosso trabalho”, argumenta.

Outro setor que também é bastante atingido por roubos é o de medicamentos. Mas ao contrário do que ocorre com as distribuidoras de veículos, as principais ocorrências não acontecem no DF. “No nosso caso, o risco de roubos em outros estados é maior. Em São Paulo, por exemplo, não executamos nenhum trabalho sem uma escolta”, revela César de Alencar Silva, diretor da Centro-Oeste Farma.

Irenaldo Lima destaca que a escolta armada funciona e, pelo menos, minimiza os riscos de sofrer algum atentado. “Mas para que o serviço seja executado da forma mais adequada é necessário contratar vigilantes com treinamento específico, preparados para agir em situações extremas”, considera.

Esses profissionais, obrigatoriamente, devem realizar um curso ministrado pela Polícia Federal para realizar a escolta. “Contratar empresas clandestinas pode piorar a situação, pois elas não estão gabaritadas para oferecer um serviço de qualidade”, ratifica.

Lima diz que a empresa deve estudar o local antes de traçar uma estratégia. Os vigilantes precisam fazer o reconhecimento da área. “Apenas dessa forma é possível decidir quantas pessoas serão necessárias para executar o serviço com segurança, além de escolher a arma mais adequada: pistola calibre 380, revólver calibre 38 ou escopeta calibre 12”, conclui.

Perfil do Sindesp/DF - O Sindesp/DF é filiado à Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) e associado à Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio/DF). Hoje, conta com 37 associados, que geram mais 14 mil empregos diretos.

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