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28/01/2014 - 07:32

Afavin traz ao Brasil ampelógrafo francês


Que descobriu a Carmenère no Chile, para análise da origem genética da uva Moscato Branco.

No âmbito do projeto de Indicação de Procedência, desenvolvido pela associação de produtores de vinhos e espumantes de Farroupilha em conjunto à Embrapa Uva e Vinho, o cientista Jean-Michel Boursiquot iniciará trabalho de identificação da origem genética da Moscato Branco, havendo indícios de que ela possa ser única no mundo.

O ampelógrafo Jean-Michel Boursiquot, mundialmente conhecido por ter descoberto no Chile a uva Carmenère (casta considerada perdida em sua região de origem – Bordeaux, na França –, onde não havia vinhedos com a variedade, nem exemplares em coleções de uvas, e que no Chile era confundida com a Merlot) chegou ao Brasil nesta segunda, 27 de janeiro. Para identificar a origem da variedade Moscato Branco, cujo volume é produzido em sua maioria (aproximadamente 50% da produção brasileira) no município de Farroupilha, ele permanece em intensa atividade na Serra Gaúcha até o final da semana. O cientista, que é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica (Inra), da França,desenvolverá os trabalhos no âmbito do projeto que visa à obtenção de indicação de procedência para os vinhos e espumantes moscatéis de Farroupilha, em desenvolvimento numa parceria entre Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin) e Embrapa Uva e Vinho.

A programação de trabalho do especialista - que inclui avaliações em laboratório, visitas a vinhedos de Farroupilha e às vinícolas associadas à Afavin, além da palestra “Moscato: origem, relações e principais características”, na quarta, 29, a partir das 9h, no auditório da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves -, está sendo acompanhada pelo presidente do conselho técnico da Afavin e analista da Embrapa, João Carlos Taffarel. “Há evidências de que a Moscato Branco cultivada no Brasil é diferente da encontrada na Europa, sendo que uva com características idênticas não foi identificada em vinhedos europeus e nem em bancos genéticos franceses e italianos. Isso indica a possibilidade de que ela possa ser única no mundo, o que agregaria expressão ainda maior à indicação de procedência dos vinhos e espumantes moscatéis de Farroupilha”, destaca Taffarel.

O representante da Afavin aponta ainda para outros aspectos acerca da importância desse estudo. “Esta análise da origem genética agregará informações no que se refere a melhoramento genético, podendo possibilitar a obtenção de clones que melhor se adaptem à região, bem como a orientação para a utilização de determinadas técnicas de manejo, favorecendo a qualidade e evolução no cultivo da variedade tão expressiva para Farroupilha”, menciona.

Taffarel não especifica ainda um prazo para a obtenção dos resultados, sendo que Boursiquot retornará a França com materiais coletados aqui, dando andamento aos trabalhos.

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