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05/12/2007 - 08:18

Maria Esther Bueno é escolhida pelo COB para receber o troféu Maria Lenk no Prêmio Brasil Olímpico 2007


Troféu será entregue no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

A maior tenista da história do esporte brasileiro será uma das grandes homenageadas da cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico 2007. Eleita pelo Comitê Olímpico Brasileiro, a ex-tenista Maria Esther Bueno receberá o Troféu Maria Lenk na festa do Prêmio Brasil Olímpico, que será realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no próximo dia 17 de dezembro. O Troféu Maria Lenk foi criado em homenagem à maior atleta da história da natação brasileira, falecida em 16 de abril passado. “Esse reconhecimento é extremamente gratificante para mim exatamente por vir de uma entidade que representa todos os esportes olímpicos. Já recebi prêmios em várias partes do mundo, mas ser homenageada em meu país é uma sensação especial. Agradeço imensamente pela lembrança e reconhecimento. Isso mostra que meus feitos não foram esquecidos”, afirmou Maria Esther Bueno, que durante a carreira chegou a 35 finais de Grand Slams, circuito que reúne os principais torneios do calendário internacional.

O prêmio Maria Lenk será entregue excepcionalmente este ano e segue o mesmo conceito do Troféu Adhemar Ferreira da Silva, instituído em 2001, que ressalta o espírito de participação e coletividade, civismo e amor ao esporte. “Estou muito contente por receber este prêmio, especialmente por representar os esportes olímpicos e o exemplo de Maria Lenk. Foi até uma surpresa para mim, já que infelizmente não participei de nenhuma edição de Jogos Olímpicos”, disse a ex-tenista, referindo-se ao fato de que em sua época o esporte não integrava o programa dos Jogos Olímpicos, o que veio a ocorrer somente em Seul-88.

Nascida na capital paulista em 11 de outubro de 1939, Maria Esther Bueno é uma lenda do tênis mundial e um dos principais nomes da História do esporte brasileiro. Em uma época onde poucas mulheres se aventuravam no esporte, Maria Esther Bueno foi campeã de todos os principais torneios do tênis mundial. Sua imensa galeria de troféus inclui sete títulos de torneios do Grand Slam em simples, 11 em duplas femininas e um em duplas mistas, totalizando 19 conquistas no mais importante circuito do calendário internacional.

A paixão pelo tênis começou bem cedo para Maria Esther. Com apenas três anos de idade a pequena paulista já dava suas primeiras raquetadas no Clube de Regatas Tietê. Em 1957, aos 18 anos, a tenista conquistou seu primeiro título internacional, o Orange Bowl, nos Estados Unidos. A partir daí, Maria Esther trilhou um caminho de glórias para o esporte nacional. Por dez anos a brasileira esteve entre o primeiro e o segundo lugares no ranking mundial, sendo eleita, na temporada de 1959/60, a maior atleta feminina do mundo. “O esporte é parte fundamental da minha vida. Foi através dele que tive a chance de conhecer o mundo todo, encontrar pessoas incríveis, vencer torneios e colocar o Brasil no mapa do esporte. Desde 1957 minha vida é voltada para o esporte e com muita força de vontade fiquei cerca de 10 anos no topo do tênis mundial. Até hoje tenho muito prazer em ministra clinicas e realizar exibições”, afirma a paulista.

Maria Esther Bueno venceu por três vezes o tradicional torneio de Wimbledon, na Inglaterra, na categoria individual e nas duplas em cinco ocasiões. Foram quatro titulos de simples no US Open e três de duplas. Ganhou ainda os torneios individuais do Aberto da Itália por três vezes. Em 1960, jogando duplas, fez história ao triunfar nos torneios do Aberto da Austrália, dos Estados Unidos, Roland Garros e Wimbledon, conquistando assim o Grand Slam daquele ano, feito jamais repetido pelo esporte nacional. A tenista foi a primeira mulher na história a se tornar campeã de duplas nos quatro torneios mais importantes do mundo em uma mesma temporada.

Nos Jogos Pan-americanos de São Paulo, em 1963, Maria Esther Bueno conquistou três medalhas, sendo duas de ouro (no torneio de simples e de duplas mistas, ao lado de Tomas Koch) e uma de prata na dupla feminina, juntamente com Maurren Schwartz.

Em 1969, as fortes dores no braço e cotovelo fizeram com que a atleta interrompeu a carreira após algumas cirurgias e tentativas de voltas às quadras. Em 1977, Maria Esther Bueno anunciou a aposentadoria definitiva no palco que a consagrou: Wimbledon. No ano seguinte, a brasileira foi homenageada com a inclusão de seu nome na galeria do International Tennis Hall of Fame.

A votação para a escolha do melhor atleta do ano segue sendo realizada até o próximo dia 10. Os concorrentes masculinos são o ginasta Diego Hypólito, o judoca Tiago Camilo e o nadador Thiago Pereira, no masculino, e a ginasta Jade Barbosa, a jogadora de futebol Marta e a saltadora com vara Fabiana Murer, no feminino. O público poderá escolher seus atletas preferidos através do site www.premiobrasilolimpico.com.br, ou com link no site do Comitê Olímpico Brasileiro (www.cob.org.br).

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