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30/01/2014 - 08:16

Educação e consciência: fundamentais para o transporte de cargas

Em um país essencialmente de transporte rodoviário como o Brasil, é fundamental fazermos reflexões constantes sobre o modal e o quanto ele precisa ser melhorado, em todos os sentidos. Se quisermos ter cada vez mais qualidade nesse tipo de transporte, não basta apenas cruzarmos os braços e atribuir a responsabilidade pela melhora ao poder público.

É imprescindível que as empresas se unam para entender o que e como as medidas devem ser tomadas para beneficiar não só a elas, mas principalmente aos motoristas. Afinal de contas, o segmento de transporte é feito por pessoas e são elas o maior tesouro das transportadoras.

Porém, constantemente, vejo números no mercado que assustam, como o de acidentes com mortes no País. E se levantarmos os números de todas as rodovias brasileiras ficaremos pasmos. E os motivos para isso são os mais variados: jornada de trabalho extensa, falta de descanso, direção perigosa, falta de atenção, frota antiga, entre outros.

No entanto, o mais relevante é resolver tudo isso, de forma estratégica e eficiente. No caso da carga horária, existe a Lei 12.619/12, que regulamenta a profissão com regras que proíbem os profissionais de dirigirem por um período maior que quatro horas sem descanso mínimo de 30 minutos. É uma mudança de paradigma no mercado, tanto para as empresas, como para os motoristas.

Os dois lados precisam se unir e entender que é primordial uma regulamentação, pois assim todos estão seguros. Mas para isso, é preciso ficar claro que a conscientização e educação sejam itens obrigatórios dentro e fora dos caminhões. As empresas têm como obrigação esclarecer o funcionamento da lei da jornada de trabalho, enquanto os motoristas devem fazer com que ela prevaleça, ou seja, obedecendo as horas e intervalos.

Para isso, existem tecnologias no mercado, como a telemetria, que possibilita o controle da direção e, assim, tomar as medidas necessárias não só para punir os colaboradores, mesmo porque a punição não é uma prática positiva. Mas para premiar os motoristas que obedecem todas as regras e que dirigem de forma correta.

Além disso, as pessoas precisam se conscientizar sobre as leis de trânsito e entender que todos que estão nele têm os mesmos direitos e deveres. Em outras palavras, sem educação e respeito, continuaremos a registrar números elevados de mortes. E em uma época repleta de ferramentas tecnológicas e esclarecimentos, é inadmissível que isso ocorra.

Outro fator que contribui negativamente é a idade da frota veicular. O Governo Federal recebeu, recentemente, proposta unificada para renovação dos veículos de dez entidades que representam a cadeia automotiva.

A solicitação tem como foco a retirada de circulação de caminhões com mais de 30 anos, por meio de política de incentivo tributário e de financiamento para que os transportadores autônomos possam adquirir outro veículo, ou mesmo um seminovo, com pelo menos dez anos de uso.

Com isso, haverá uma redução de 87% nas emissões de carbono, 81% de hidrocarbonetos, 86% de óxido nitroso e 95% de materiais particulados. Além de menor impacto ambiental, haveria um grande benefício: diminuir os acidentes, uma vez que os caminhões com mais de 30 anos estão envolvidos em 25% das ocorrências graves.

Os planos existem e o mercado está mobilizado para uma mudança. Mas ela deve começar já e a tecnologia está aí paraisso. A empresa que não fizer a gestão de sua frota, por meio de equipamentos e soluções próprias para isso, como a telemetria, não sabe o quanto está prejudicando a si e ao país.

Uma vez utilizada essa tecnologia, é possível saber se o motorista está dirigindo perigosamente, se está atendendo às normas de segurança, se a lei da jornada de trabalho está sendo respeitada, além de vários outros aspectos.

Tudo isso é uma luz no fim do túnel para o segmento de transporte e logística, que deve continuar a crescer alicerçado pela educação e conscientização. Sem essa percepção dificilmente o crescimento será sustentável. E, assim, vidas continuarão a ser perdidas e não seremos um país evoluído e próspero.

. Por: Luiz Munhoz, diretor de operações da Mix Telematics no Brasil. | Perfil-MiX Telematics: Fundada em 1995, a MiX Telematics é lider global no fornecimento de informações de gestão de frotas, segurança do motorista e de soluções de rastreamento de veículos. A empresa ajuda clientes em todo o mundo a gerir eficazmente os seus veículos - uma oferta reforçada por serviços de valor agregado como a recuperação de veículos roubados, serviços de consultoria e formação dos motoristas. A MiX Telematics disponibiliza soluções de telemetria para mais de 400.000 veículos em 112 países através de sua extensa rede de parceiros e soluções de varejo disponíveis na África do Sul. A empresa está listada na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE) e na Johannesburg Stock Exchange, possuindo escritórios na África do Sul, Uganda, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil, Austrália e Emirados Árabes Unidos com mais de 900 funcionários. No portfolio de clientes estão empresas líderes globais tais como Shell, Linde, Nestlé, Parmalat, Pepsico, Schlumberger, Chevron, BP (British Petroleum), AGIP, GE, Scania e Greyhound. [www.mixtelematics.com.br].

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