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31/01/2014 - 07:45

Fibria: ausência de paradas eleva vendas e Ebtda, aponta BB Investimentos

De acordo com o analista Victor Penna da BB Investimentos, aproveitando-se de um cenário ainda positivo proporcionado por uma demanda forte na Europa e preço de celulose estável, a Fibria apresentou um aumento no volume de vendas e no Ebitda ajustado no quarto trimestre de 2013, mesmo diante de um preço médio praticado menor. Em 2013, as vendas recuaram 3,0% em relação ao ano anterior mas, devido à elevação de 15,5% no preço médio, também suportado pela desvalorização cambial, a companhia registrou um faturamento recorde de R$ 6,9 bilhões (+12,1% A/A). Essa melhora no resultado, somada ao recebimento da primeira parcela referente à venda de terras no valor de R$ 500 milhões proporcionou à Fibria uma nova redução no nível de alavancagem, chegando ao patamar de dívida líquida/Ebitda de 2,8x em reais e 2,6x em dólar

Menor preço médio compensa aumento das vendas - “A elevação nos embarques para a Europa e a ausência de paradas para manutenção elevaram as vendas da Fibria em 10,7% T/T, atingindo 1,440 milhão de toneladas. Entretanto, o recuo no preço médio praticado (-3,8% T/T) compensou parte desse ganho de volume, resultando em uma receita líquida total de R$ 1,94 bilhão (+6,6% T/T). Em relação ao mesmo período de 2012, a receita aumentou 5,8%, com cenário contrário ao do comparativo trimestral já que a elevação no preço médio (+10,9% A/A) acabou compensando a queda nas vendas (-4,6% A/A)”, explicou o analista.

Custo Caixa - “Em função da ausência de paradas para manutenção e da menor participação de madeira de terceiros, o custo caixa atingiu R$ 466/ton no quarto trimestre de 2013 versus R$ 501/ton no trimestre anterior (-7,0%), parcialmente compensado pelo excesso de chuvas na Unidade Aracruz, segundo a companhia. Em 2013, o custo caixa ficou em R$ 505/ton (+6,7% A/A), devido aos maiores gastos com madeira, insumos e desvalorização cambial”, continuou Penna.

Resultado Operacional e Financeiro - “Devido à elevação no volume de vendas, que implica em maiores gastos com logística, as despesas com vendas avançaram 18,9% no 4,4% em relação ao terceiro trimestre de 2013. Já as despesas administrativas avançaram 18,9% no mesmo comparativo, resultando em um Ebitda ajustado - que exclui a variação do valor justo dos ativos biológicos, ganhos de capital e outras provisões - recorde para a companhia de R$ 823 milhões (+8,0% T/T e +9,3% A/A), com margem de 42,0%. Já o resultado financeiro foi mais influenciado pela variação cambial em função da oscilação do dólar no final do terceiro trimestre de 2013 e do quarto trimestre de 2013, o que acabou levando a Fibria a registrar um prejuízo de R$ 185 milhões, versus lucro de R$ 57 milhões no 3T13 e de R$ 48 milhões no 4T12. No ano, o prejuízo ficou em R$ 698 milhões, impactado principalmente pelo câmbio e despesa decorrente da adesão ao REFIS (R$ 560 milhões)”, demonstrou o executivo.

Perspectivas - “A Fibria mostrou novamente uma redução em seu nível de alavancagem, não só beneficiada pelo foco em iniciativas de redução de custos, mas também pela liquidação de dívidas com taxas menos atrativas. A recém anunciada recompra do saldo do Bond Fibria 2020 proporcionará mais economia de juros para a companhia e ainda será suportada pelo reforço no caixa com a venda de terras em novembro de 2013 no montante de R$ 1,4 bilhão. Após um ano positivo para o mercado de celulose, as expectativas para 2014 estão no balanceamento da relação oferta x demanda dado as novas capacidades que estão entrando em operação, que devem pressionar o preço da celulose ao longo dos próximos meses”, concluiu o analista.

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