Reservas de petróleo no Estado crescem mais do que a média nacional

Volume atualizado está no novo Balanço Energético do Estado, concluído em parceria entre a PUC e a Secretaria de Desenvolvimento.

As reservas provadas de petróleo no Rio de Janeiro, no período de 1980 a 2012, cresceram, em média, 9,8% ao ano, uma média superior à apurada no País (7,8% ao ano). Os números foram divulgados no novo Balanço Energético do Estado do Rio, que acaba de ser realizado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedeis), em parceria com o Instituto de Energia da PUC (ITUC) e patrocínio da Petrobras.

No estudo, já realizado anteriormente, foram introduzidos os dados relativos aos anos de 2011 e 2012. O balanço traz informações sobre todo o sistema energético do Rio: petróleo, gás natural, energia elétrica, carvão mineral, urânio, produtos da cana-de-açúcar, lenha e carvão vegetal. Há também dados sobre a evolução da estrutura energética e uma análise por cada região de planejamento do Estado.

A atualização revela, por exemplo, que em 2012 as reservas provadas no Brasil atingiram a marca de 2.435 milhões de metros cúbicos de petróleo, sendo que as reservas do Estado do Rio de Janeiro representaram 79,7% das reservas nacionais de petróleo. O estudo mostra, ainda, que a produção de petróleo no Estado teve um crescimento expressivo entre 1980 e 2012, equivalente a 13,3% ao ano, enquanto que para o Brasil esta taxa foi de 7,9% ao ano.

“O Rio de Janeiro continua sendo o maior parque produtor de petróleo no Brasil e esse cenário deve prevalecer nos próximos anos, já que a maior parte das descobertas do pré-sal estão localizadas na costa fluminense”, comentou o secretário De Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno.

Em 2012, foram produzidos 89,3 milhões de metros cúbicos de petróleo (1.538 mil barris/dia) no Estado, representando 74,4% do total do País. Atualmente, o Estado do Rio de Janeiro é autossuficiente em produção de petróleo e seus derivados. Em 2012, a vida útil das reservas - determinada pela relação entre as reservas provadas e a produção de petróleo - era de 21,7 anos no Estado e de 20,3 anos para o Brasil.

O balanço traz também dados sobre as reservas de gás fluminenses, concentradas nas Bacias de Campos e Santos. No ano de 2012, as reservas provadas de gás natural do Estado do Rio representaram 53,7% das reservas do País. Além disso, as reservas provadas estaduais apresentaram um crescimento médio anual de 9,5% entre 1980 e 2012, enquanto as reservas do Brasil cresceram 6,8% ao ano no período.

No que diz respeito à evolução da produção de gás natural no Brasil e no Estado, no período de 1980 e 2012, o balanço mostra que, em 1980, a produção de gás natural fluminense representou apenas 8% do gás produzido no Brasil, enquanto em 2012 sua participação foi de 40%. O crescimento médio anual da produção de gás natural no País no período de 1980 a 2012 foi de 8,0%, enquanto no Estado do Rio foi de 13,6% ao ano.

O estudo traz também informações sobre a dependência externa de energia do Estado, análise energética por região de planejamento do Estado, além de um grande número de tabelas. Os dados referentes a 2013 estão em processamento e deverão ser anexados ao balanço em breve.