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05/02/2014 - 08:16

4 x 3: A Arte do Cartaz de Cinema


Exposição no MAM Rio traz cartazes de Benício, Jayme Cortez e Ziraldo, produzidos entre as décadas de 1950 e 1970. O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Bradesco Seguros, a Petrobras, a Light e a Organização Techint apresentam, de 8 de fevereiro a 13 de abril de 2014, a exposição “4 x 3: A Arte do Cartaz de Cinema”, com dezoito cartazes brasileiros, produzidos entre as décadas de 1950 e 1970, e assinados pelos artistas gráficos Benício, Jayme Cortez e Ziraldo. Além dos cartazes, também serão apresentados livros, documentos e vídeos sobre estes três artistas.

“Reunidos de acordo com o tipo social retratado – o trabalhador, o boêmio, a ‘gostosa’ e o ícone –, a exposição investiga um momento de transição e afirmação específica do país e desta arte entre nós, ressaltando a passagem/convivência de uma sociedade urbano-industrial a uma sociedade de consumo”, afirma Hernani Heffner, conservador-chefe e curador-assistente da Cinemateca do MAM Rio.

De Ziraldo, estarão os cartazes dos filmes “O Donzelo” (1970), de Stefan Wohl; “A Mulata que queria pecar” (1977), de Victor di Mello; “Os Paqueras” (1969), de Reginaldo Faria; “A Penúltima donzela” (1969), de Fernando Amaral; “Quem tem medo de lobisomem” (1974), de Reginaldo Faria; “Rio, verão & amor” (1966), de Watson Macedo, e “Toda donzela tem um pai que é uma fera” (1966), de Roberto Farias. Sobre Ziraldo, Hernani Heffner ressalta: “Em sintonia com sua geração, ao mesmo tempo em que homenageia a tradição de ilustração e de humor que vai de Angelo Agostini a Chico Caruso, vai buscar no modernismo paulistano o traço redefinidor do ingresso em uma nova etapa histórica. O advento de uma classe média brasileira e do hedonismo utópico dos anos 1960 lhe proporcionam o material para investigar sobretudo esse novo homem citadino, que se quer boêmio e mulherengo, mesmo em tempos de ditadura militar. Rebeldes e anárquicos são moldados à imagem e semelhança de uma cultura solar, alegre e libidinosa que emerge na zona sul da cidade do Rio de Janeiro”.

De Benício, haverá cartazes dos filmes: “Esse Rio muito louco” (1976), de Denoy de Oliveira, Geraldo Brocchi e Luiz Alberto Pereira; “Eu faço... Elas sentem” (1975), de Clery Cunha; “O Libertino” (1973), de Victor Lima; “As Loucuras de um sedutor” (1976), de Alcino Diniz; “Pintando o sexo” (1977), de Egydio Eccio e Jairo Carlos, e “A Superfêmea” (1973), de Aníbal Massaini Neto. “A pornochanchada lhe proporciona a moldura perfeita para o jogo de espelhos com os passantes eventuais e os voyeurs da sala escura. Suas mulheres olham diretamente, encaram, interrogam, sem deixarem a sensualidade acabada de fora, muito pelo contrário. A imagem, a sedução e a cupidez quase sempre andam juntas”, conta Hernani Haffner.

De Jayme Cortez, estarão: “Chofer de praça” (1958), de Milton Amaral; “Jeca Tatu” (1959), de Milton Amaral e “O Lamparina” (1964), de Glauco Mirco Laurelli. “Jayme Cortez, cartazista preferido do ator-produtor–diretor Amácio Mazzaropi, põe em relevo a figura esquecida da era juscelinista. A riqueza de detalhes na composição dos diferentes trabalhadores proletários ou suburbanos indica a tentativa de sincronia com a nova era urbano-industrial paulistana e com o público presente nas salas, antes da virada crítica proporcionada pela adesão definitiva ao caipira, consagrada na personagem Jeca Tatu. Tensão e movimento permeiam essas imagens, explorando algumas das virtudes dos quadrinhos admirados e praticados por Cortez”, diz Hernani Heffner.

“A arte dos três cartazistas põe em relevo um momento de transição histórica da sociedade brasileira, deslocando a figura central da era industrial, que a rigor ainda nem se instalara de fato, e fazendo emergir novas personagens, mais características de uma etapa pós-industrial, que se constituiu par e passo ao desenvolvimento econômico emanado do ABC paulista”, afirma Hernani Heffner.

Em um monitor, serão exibidos em looping os filmes: “Benício – O Mestre da Pin-ups”, de Eduardo e João Calvet; “Ziraldo – O eterno Menino Maluquinho”, de Sônia Garcia, e “As aventuras e desventuras de um ilustrador português em Terras de Santa Cruz”, de Ana Lúcia Franco. Haverá, ainda, uma vitrine com os seguintes livros sobre os três artistas gráficos: “O cinema brasileiro em cartaz”, de Fernando Pimenta; “Ziraldo em cartaz”, organizado por Ricardo Leite; The book cover art of Benício, de Benício; “A arte de Jayme Cortez”, de Jayme Cortez; “O design de cartazes no Cinema Marginal e na Pornochanchada”, de Simone Albertino da Silva, e ainda documentos e biografias.

.[4 x 3: A Arte do Cartaz de Cinema.: Abertura: 8 de fevereiro, às 16h | Exposição: até 13 de abril de 2014, de terça a sexta, das 12h às 18h. Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro [Espaço 3.1], Av. Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140 | Telefone: (21)3883-5600 | www.mamrio.org.br. Ingresso: R$12,00 | Estudantes maiores de 12 anos: R$6,00 | Maiores de 60 anos: R$6,00 | Amigos do MAM e crianças até 12 anos: entrada gratuita | Quartas-feiras a partir das 15h: entrada gratuita | Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$12,00.Realização: MAM Rio. Mantenedores do MAM: Petrobras, Bradesco Seguros, Light e Organização Techint].

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