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07/02/2014 - 08:06

A moda do resultado

Resultado, resultado, resultado. Esta sem dúvida alguma é uma importante premissa que norteia as atividades das áreas de negócios, bem como as atividades de diversas outras áreas em todos os segmentos.

Mas resultado, assim como diversas outras expressões comuns no ambiente corporativo, quando submetidas à banalização, tornam-se fortes motivos de preocupação para toda a companhia. Nas minhas atividades de consultor, tenho visto por vezes lacunas de desempenho em setores e/ou equipes motivadas pela simples falta de orientação em relação à execução de determinadas atividades. Outras vezes, percebo a equipe de operadores de resultado na linha de frente, pressionadas e confusas, com uma expectativa de desempenho proposto pela companhia, mas sem nenhum direcionamento e sem instrumentos de navegação.

Em um cenário ainda mais complicado, encontramos equipes inteiras como se estivessem a deriva; perdidas, enjoadas, sem saber onde estão e sem ter ideia de onde vão chegar. Tal qual uma equipe de marinheiros que se dirigiu às pressas ao mar sob orientação de um comandante também pressionado, estas equipes partiram para o mundo dos negócios sem o devido suporte necessário, sob alegação do senso de urgência e aos brados do “eu quero resultado”.

Nesta era, a era da informação, é importante não confundir “não perder tempo” e “ter pressa”. Não perder tempo, com toda a certeza significa um importante diferencial para as organizações que pretendem estar na vanguarda dos bons negócios; mas, ter pressa, significa arriscar-se constantemente em função da falta de preparo e planejamento.

E é em função desta pressa, que muitas corporações foram escalando sem o devido preparo e planejamento, pessoas para ocupar cargos importantes que foram surgindo em função da multiplicação e do desdobramento de áreas da companhia. Estes novos gestores, sem o empenho de tempo e sistemas adequados para a absorção das novas atividades, uma vez que novamente pressionados pelo pseudo “senso de urgência”, transferem ao longo da cadeia o jargão “eu quero resultado” disfarçado de um sistema moderno de gestão, que visa não interferir na forma do seu grupo desempenhar suas atividades.

O que antes era senso de urgência, virou perda de tempo; pois sistema do “eu quero resultado”, também conhecido como “se vire”, consiste na prática do erro e acerto, um sistema até que relativamente eficiente, porém expressivamente demorado e que não condiz com empresas de ponta, pois se caracteriza de um profundo amadorismo.

Assim, se após uma dedicada reflexão, você perceber que costuma falar ou ouvir com certa frequência “eu quero resultado”, chame seus parceiros e discutam a respeito disso; poderá dessa forma, perceber se na sua organização o resultado é precedido de informações e meios suficientes que possibilitem a conquista dos mesmos; ou se também na sua organização, está na MODA pedir resultado.

. Por: Scher Soares, fundador da Triunfo Consultoria e Treinamento e CEO do Grupo Triunfo. Consultor empresarial sênior para as áreas de performance pessoal,liderança e cultura foi o responsável por grandes projetos de consultoria e treinamento em importantes empresas do Brasil, como Sadia, Telefônica e Citibank. Colunista de diversos veículos de comunicação, é reconhecido por realizar um trabalho sério de conteúdo e abordagem com forte orientação para resultados. Sob seu comando, a agência de publicidade Triunfo Propaganda ganhou o prêmio GPTW como uma das melhores empresas para se trabalhar.

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