Cirurgia Plástica de Braço: diga adeus ao ‘tchauzinho’

O simples gesto de erguer o braço e acenar as mãos com um simpático “tchau” pode ser motivo de constrangimento para muitas mulheres. Isso por causa da flacidez na face interna do braço, uma vez que o contorno dele tem sido cada vez mais valorizado dentro das tendências da moda e também pela frequente prática de esportes ao ar livre. E, nos casos de emagrecimento acentuado, a situação costuma ficar mais evidente por causa do excesso de pele.

De acordo com a cirurgiã plástica Dra. Maria Carolina Coutinho (CRM-SP 113491), Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras/Regional São Paulo e integrante do corpo clínico dos Hospitais HCor, Santa Catarina, São Luiz e Pérola Byington, o principal motivo que leva uma pessoa a procurar por cirurgia plástica de braço é a insatisfação com o contorno do membro, principalmente no verão quando o clima estimula o uso de roupas mais frescas, como uma camiseta regata ou um vestido de alças finas, deixando a região mais exposta.

“Para rejuvenescer os braços e melhorar o contorno deles é possível recorrer à cirurgia plástica, que ajudará a corrigir a flacidez, eliminar os depósitos de gordura concentrados na face lateral e posterior que interferem na circunferência e na perda da definição muscular”, comenta a médica.

A especialista relata também que a procura por esse procedimento cresceu nos últimos anos, principalmente devido ao aumento do número de pessoas submetidas à cirurgia de obesidade e metabólica. “Nesses casos, após a perda de peso, há sobra acentuada de pele, muitas vezes deixando o braço com uma espécie de ‘asa’ pendurada causando grande incomodo estético e funcional”.

Avanço -Apesar de não ter ocorrido nenhuma evolução significativa nas técnicas cirúrgicas para esta região nos últimos anos, a associação da lipoaspiração – que já é realizada há muito tempo - para realçar os contornos foi um grande avanço dentro da cirurgia plástica dos braços.

“A associação da lipoaspiração é extremamente comum, em praticamente 100% das vezes. A lipoaspiração isolada pode ser utilizada em caso de flacidez leve somente ou gordura localizada. Na flacidez moderada ou grave, a lipoaspiração isolada, sem a retirada de pele, pode causar piora do problema”.

Nos casos de flacidez leve é possível realizar tratamentos para gordura localizada com radiofrequencia, infravermelho, sucção, massagem ou criolipolise, bem como a prática de musculação e exercícios localizados com peso para aumentar a tonicidade da musculatura.

Cicatriz x contraindicação -Nos casos mais leves é possível retirar o excesso de pele com uma cicatriz localizada na axila, que fica bem disfarçada. “Pacientes com muito excesso de pele, como os pós-bariátricos, necessitam de uma retirada maior e a cicatriz fica na parte interna e um pouco na posterior do braço. Infelizmente não é uma cicatriz muito escondida, mas sendo de boa qualidade fica mais fácil para disfarçar”, explica a cirurgiã plástica.

Em relação às contraindicações, a Dra. Maria Carolina relata que são as mesmas para qualquer procedimento cirúrgico, como diabetes, hipertensão arterial mal controlada e doenças cardíacas descompensadas. “Para o procedimento em si são contraindicações a ocorrência prévia de trombose venosa profunda no braço ou pacientes que fizeram esvaziamento ganglionar (retirada parcial ou total dos linfonodos) na axila, geralmente ocasionado por câncer de mama ou de pele. Nesse caso a drenagem linfática do braço fica comprometida, o que impossibilita a cirurgia”.

Mas existe algum risco de sequelas se o procedimento não for realizado corretamente? “A principal sequela que pode ocorrer é o aparecimento de edema linfático (inchaço de difícil tratamento), que ocorre quando os vasos linfáticos são lesionados. Isso geralmente acontece quando se retira muito profundamente pele e gordura, levando também os linfáticos. Outras sequelas possíveis são cicatrizes inestéticas como alargadas, hipertróficas ou queloides. Essas são passíveis de correção, e podem ocorrer mesmo com boa técnica cirúrgica”, descreve Dra. Maria Carolina Coutinho.

Resultado final -Os efeitos do rejuvenescimento dos braços poderão ser notados já no dia seguinte à cirurgia, por conta da retirada de pele, mas o resultado final será observado após um mês, quando já houve uma boa redução do inchaço e o paciente é dispensado do uso da malha de compressão (cinta). “Uma cirurgia bem executada somada à obediência em seguir rigorosamente as orientações médicas prescritas pelo cirurgião plástico, trará uma satisfação enorme para o paciente”, finaliza a especialista.

Perfil Dra. Maria Carolina Coutinho (CRM-SP 113491) - Graduada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) é Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras/Regional São Paulo, tem foco de atuação em Mama, Reconstrução Mamária e transplante de pele em queimados. Como cirurgiã plástica também realiza procedimentos de contorno corporal, otoplastia e pálpebras. Além de integrar o corpo clínico dos Hospitais HCor, Santa Catarina e São Luiz, a Dra. Carolina Coutinho também atua nos hospitais Pérola Byington, na área de Reconstrução Mamária e nas Unidades de Queimados do Hospital São Paulo (Unifesp) e da Santa Casa de Limeira, interior de São Paulo. [www.mariacarolinacoutinho.com.br].