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12/02/2014 - 08:45

Pacientes com plano começam a receber prótese para incontinência pós câncer de próstata

Incluído no rol de procedimentos da ANS, esfíncter urinário artificial – considerado padrão ouro da medicina para tratamento da incontinência urinária masculina - está disponível na rede privada. Entre 5 a 10% dos pacientes que retiraram a próstata após câncer sofrem com o problema. Usar fraldas era a única alternativa até então.

Homens com incontinência urinária começam a receber autorização dos planos de saúde para realizar a colocação de esfíncter urinário artificial – prótese que substitui o mecanismo natural de continência. Incluído no rol da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar – a partir de 2014 os planos de saúde são obrigados a autorizar o tratamento, considerado padrão ouro da medicina. Até então, para ter direito à cirurgia – única eficaz nos casos graves - era preciso recorrer à justiça.

A incapacidade de controlar o ato de urinar no homem é consequência, na maioria dos casos, de cirurgia para retirada da próstata após câncer, que pode afetar o funcionamento do esfíncter. Este músculo em formato de anel controla o ato de urinar e, por ser muito próximo da glândula, pode ser prejudicado após o procedimento.

“Cerca de 5 a 10% dos pacientes que retiraram totalmente a próstata sofrem com incontinência urinária após um ano de cirurgia. Sem tratamento acessível, isso significa conviver o resto da vida usando fraldas, com enormes consequências para qualidade de vida e autoestima”, explica o urologista e responsável pelo Ambulatório de Disfunções Miccionais do Hospital AC Camargo Cancer Center e da Clínica Uro Care, em São Paulo, Carlos Sacomani.

De acordo com o especialista, a taxa de eficácia do esfíncter urinário é de 80 a 90%. A cirurgia para colocação da prótese dura cerca de 1 hora e o paciente recebe alta no dia seguinte. “A busca agora é a inclusão no Sistema Único de Saúde”, afirma.

Como funciona o esfíncter urinário artificial? Um anel de silicone envolve a uretra do homem e é acionada por uma bombinha hidráulica, localizada dentro do saco escrotal, totalmente contida no corpo e imperceptível.

Quando sente vontade de urinar, o homem aperta esta bombinha, que afrouxa o anel e libera o canal para saída da urina.

Após a passagem da urina, a prótese retorna automaticamente a posição inicial, fechando o canal.

No restante do tempo, o esfíncter permanece fechado, tornando possível levar uma vida normal, sem se preocupar com a perda de urina involuntária.

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