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12/02/2014 - 09:38

Baixa produtividade dificulta a competitividade

O grande desafio da economia brasileira está no aumento da produtividade do trabalhador, com ganho de competitividade das empresas nacionais. A relação entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o pessoal ocupado é fundamental para tornar as empresas mais competitivas, com maior participação de mercado, maior lucro, melhores preços, melhores condições de trabalho e maior remuneração aos colaboradores.

A questão não é dizer que o brasileiro trabalha pouco, pois chegamos a trabalhar mais horas por dia que americanos e alemães. Nosso problema é a eficácia questionável e a baixa eficiência. Eficácia é a medida de alcance dos resultados desejados e eficiência refere-se à relação entre os resultados obtidos e os recursos empregados.

Como aumentar a eficiência do trabalho? A resposta está na melhora da administração do tempo das pessoas. Isso é uma questão de tecnologia e dos processos de trabalho.

Já o nosso problema de eficácia é cultural e está ligado aos valores sobre os quais se alicerça a sociedade brasileira. Não se pode dizer que somos ineficazes, mas pode-se questionar aquilo que valorizamos comparativamente às sociedades concorrentes. Por exemplo, no Brasil valoriza mais a titulação, o salário e o emprego do que a competência, a produção e o trabalho.

A riqueza de um país deve-se à sua capacidade de gerar produtos e serviços, com a melhor utilização possível dos recursos disponíveis. Assim, o fator chave para possibilitar o desenvolvimento econômico é o aumento da produtividade. A economia brasileira ainda precisa percorrer um vasto caminho em termos de produtividade, embora com significativos progressos quando comparado à década de 1990 com a abertura econômica.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), para o Brasil crescer 4% ao ano, de 2012 a 2022, será necessário o aumento médio de 3% ao ano na produtividade do trabalho. A baixa produtividade está relacionada à precariedade na gestão das empresas em geral e ao baixo investimento em inovação e tecnologia.

A escassez da mão de obra, limitações da infraestrutura, baixo investimento e um ambiente institucional subdesenvolvido dificultam a produção e a competitividade das empresas. Soma-se a isso, o custo e a complexidade dos negócios no Brasil, em função de legislação complexa, morosidade judiciária e processos regulatórios ineficientes.

Afinal, o que fazer? O desafio é que as empresas reconheçam esse contexto e se adaptem. A tarefa compreende reavaliar o portfólio, diversificação dos negócios, mercados e segmentos. Quatro pilares são fundamentais para a criação de valor: gestão de talentos; linhas de automação mais eficientes, enxutas e com alta tecnologia; gestão do valor do produto e eficiência da cadeia de valor.

Uma de nossas tarefas para o futuro é colocar o aumento da produtividade na linha de frente. Para que isso aconteça, a valorização do profissional é fundamental.

. Por: Gabriel de Andrade Ivo, Economista da Fecomércio MG | Fecomércio MG -A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG) foi criada em 1938 pelos sete sindicatos filiados que têm sede na capital. A Entidade contabiliza, hoje, 29 Sindicatos Filiados e 22 Conveniados. Dos Sindicatos Filiados, 22 estão situados no interior do Estado e sete na capital mineira. A Federação tem o papel de orientar, coordenar, defender e representar legalmente as empresas e atividades do setor terciário no Estado e é parte integrante do Sistema Comércio. Em conjunto com o Sesc, Senac e os sindicatos da capital e do interior, forma o Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos. Essas são instituições interdependentes e que, juntas, oferecem uma grande rede de proteção e prestação de serviços e turismo em todo o Estado.

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