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06/12/2007 - 15:16

Banco Central mantém Selic em 11,25% ao ano


Brasília (DF) - O Banco Central manteve no dia 5 de dezembro (quarta-feira) a taxa básica de juro em 11,25 por cento ao ano pela segunda reunião seguida, em meio a sinais de forte atividade econômica no país e incertezas no cenário externo.

A decisão, em linha com as expectativas do mercado financeiro, foi tomada de forma unânime pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Em curto comunicado, o Copom afirmou apenas ter tomado a decisão "avaliando a conjuntura macroeconômica e o cenário prospectivo para a inflação".

Todos os 20 analistas ouvidos pela Reuters na semana passada apostavam em manutenção da Selic. A aposta foi reforçada por dados que mostraram forte crescimento da produção industrial em outubro e inflação acima do esperado no mês passado.

A inflação ao consumidor em São Paulo medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) foi de 0,47 por cento em novembro --bem acima da mediana das expectativas, de 0,29 por cento.

A produção industrial cresceu 2,8 por cento em outubro frente a setembro, a maior expansão dos últimos quatro anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"É necessário que a autoridade monetária siga verificando o andamento da economia sem mexer na taxa de juros. Qualquer movimento agora de queda de taxa poderia gerar algum repique da inflação, o momento é de cautela", afirmou o conselheiro econômico da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Istvan Kasznar.

O Copom interrompeu, em outubro, um ciclo de dois anos de cortes do juro. A maioria dos analistas ouvidos pela Reuters espera que as reduções sejam retomadas no primeiro semestre do ano que vem.

Dois dos sete diretores do BC que votaram na decisão Paulo Vieira da Cunha e Paulo Sérgio Cavalheiro deixarão a instituição nos próximos dias. Os nomes dos seus substitutos já foram aprovados pelo Senado, mas eles ainda não tomaram posse.

Comentários da ANEFAC -Vale salientar que as preocupações existentes no mercado por conta tanto de elevação de alguns preços no atacado bem como pelas incertezas geradas no mercado internacional com as operações de crédito habitacional nos Estados Unidos, não justificariam um argumento para a manutenção da Selic.

“Esta afirmação se faz por conta de manter uma taxa de juro real extremamente elevada (a segunda maior do mundo), a inflação (mesmo com estas pequenas variações) estar dentro da meta, o câmbio ter voltado para seu patamar normal, não havendo assim uma preocupação de elevação dos preços no atacado por conta de uma desvalorização cambial e principalmente pelo fato de tanto os Bancos Centrais do mundo como o governo americano terem sinalizado que não deixarão esta crise contaminar a economia real, além de que deveremos ter novas reduções nos juros americanos como já sinalizou o FED”, afirma Miguel Miguel José Ribeiro de Oliveira – vice- presidente da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade.

Para Oliveira tanto uma queda da Selic em 0,25 ponto percentual ou se fosse 0,50 ponto percentual terá um efeito muito pequeno nas operações de crédito como demonstrado abaixo.

“Este fato ocorre uma vez que existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas ao consumidor que na média da pessoa física atingem 130,58% ao ano provocando uma variação de mais de 1.000,00% entre as duas pontas. Em algumas instituições financeiras em linhas de empréstimo pessoal estas taxas chegam a atingir mais de 1.500,00% ao ano” diz Oliveira.

Assim sendo, em nossa opinião, o Banco Central deveria neste momento ter reduzido a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual (de 11,25% ao ano para 11,00% ao ano). | Por: Isabel Versiani, com reportagem adicional de Vanessa Stelzer/ABr e Fator Brasil

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