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14/02/2014 - 06:33

Novas tecnologias e sedentarismo são as principais causas da lombalgia

Para Beny Schmidt, maior patologista neuromuscular do país, dores nas costas são mais comuns em quem permanece muito tempo sentado.

Não é de hoje que o homem reclama de dores lombares, ou seja, de dores na região das costas. Mas, ultimamente, esse problema vem se tornando cada vez mais corriqueiro e intenso. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% da população mundial tem ou terá, em algum momento da vida, esse tipo de dor. No Brasil, 50 milhões de brasileiros apresentam tal queixa por ano.

Segundo Beny Schmidt, chefe do Laboratório de Patologia Neuromuscular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),a lombalgia, como são chamados os quadros de dores na região lombar, é uma situação recorrente às tecnologias modernas. "O mundo moderno provocou mudanças no comportamento humano, tornando o homem mais estático e sedentário e isso provocou um enfraquecimento da estrutura sustentadora do corpo, que é a coluna", conta o médico.

Grande parte das pessoas que vivem nas grandes cidades tem rotinas parecidas. Primeiro, passam muito tempo do dia sentados em seus carros, para dirigir até o trabalho. Lá chegando, sentam-se em frente a uma tela de computador para trabalhar. Ao voltarem para casa, decidem sentar no sofá para assistir televisão. Para Beny Schmidt, permanecer por muito tempo sentado não é uma atitude fisiológica comum ao ser humano, que é um ser bípede.

"Essa falta de dinâmica na vida humana leva a uma grande sobrecarga na coluna que pode causar necroses puntiformes da musculatura dorsal que desencadeiam mais de mil mini processos inflamatórios", explica o especialista.

A maioria das lombalgias é aguda, aparece e desaparece de forma rápida e é resultado do sedentarismo humano. A frequência dessas ocasiões tende a aumentar com o passar dos anos e, se nenhuma atitude for tomada, pode se tornar um problema crônico. Os tratamentos para lombalgia variam de acordo com a causa e o grau da condição.

Perfil do Dr. Beny Schmidt - Beny Schmidt é chefe do Laboratório de Patologia Neuromuscular e professor adjunto de Patologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele e sua equipe são responsáveis pelo maior acervo de doenças musculares do mundo, com mais de dez mil biópsias realizadas, e ajudou a localizar, dentro da célula muscular, a proteína indispensável para o bom funcionamento do músculo esquelético - a distrofina.

Beny Schmidt possui larga experiência na área de medicina esportiva, na qual já realizou consultorias para a liberação de jogadores no futebol profissional e atletas olímpicos. Foi um dos criadores do primeiro Centro Científico Esportivo do Brasil, atual Reffis, do São Paulo Futebol Clube, e do CECAP (Centro Esportivo Clube Atlético Paulistano).

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