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06/12/2007 - 15:51

Denúncias e opiniões sem fundamento sobre o leite longa vida

Muito tem se falado sobre as adulterações no leite. Porém, tão graves quanto as fraudes podem ser as denúncias e as opiniões sem fundamento que espalham desinformação e medo entre a população. Atribuiu-se aos produtores de leite longa vida a fraude de adição de água oxigenada e soda cáustica ao produto pelas cooperativas Casmil e Copervale, mas a presença desses contaminantes foi detectada somente no leite cru, não no leite longa vida.

O primeiro laudo do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) sobre amostras extraídas de dois caminhões-tanque da Casmil atesta a “fraude por adição de peróxido de hidrogênio em leite cru”. O texto afirma que: “a adoção dessa prática, em desacordo com a legislação vigente, objetiva o prolongamento da vida útil da matéria-prima até seu beneficiamento”. Isso significa que a fraude ocorreu antes da entrada do leite na indústria.

No caso da Copervale não há um padrão de análises de soda cáustica para o longa vida. O produto foi avaliado com o teste de cinzas alcalinas indicado para leite cru. Ocorre que se adiciona ao longa vida citrato de sódio (um estabilizante presente no leite natural, permitido por lei e declarado na embalagem). Esse sódio, portanto, estará nas cinzas – em percentual superior ao registrado no leite cru – e pode ser apontado erroneamente como um indicador de soda cáustica. Até o momento, nenhum laudo indicou a presença dessas substâncias no leite longa vida.

Outro questionamento diz respeito à procedência do leite cru, usado para fabricar o longa vida. A indústria do leite longa vida se abastece nas mesmas bacias leiteiras usadas pelos fabricantes de leite pasteurizado e em pó, queijos, iogurtes etc. E faz rigorosa seleção, por meio de testes determinados pelo Ministério da Agricultura. No caso de irregularidades, o leite é imediatamente devolvido à origem.

O leite longa vida não tem conservantes. A sua durabilidade por até seis meses em embalagem fechada, com a preservação do seu valor nutricional, é garantida pelo processo de ultrapasteurização, em que o líquido é aquecido entre 130°C e 150°C por um período de 2 a 4 segundos e, em seguida, resfriado à temperatura ambiente. É a ultrapasteurização que elimina todos os microorganismos.

A Associação Brasileira da Indústria do Leite Longa Vida (ABLV) condena qualquer ação que ponha em risco a qualidade do produto e a saúde do consumidor, apóia as iniciativas que assegurem a integridade do leite consumido pela população, assim como sempre se posicionará para esclarecer informações equivocadas sobre o leite longa vida, que conquistou a confiança dos consumidores por aliar qualidade e praticidade com segurança alimentar.

. Por: Nilson Muniz é diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Leite Longa Vida (ABLV).

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