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18/02/2014 - 09:09

Eles também podem ser inférteis

Quase metade dos casos de infertilidade pertence aos homens, mas, certamente, o que percebemos é uma maior – e não igual – atenção às funções reprodutivas das mulheres. Essa preocupação, muito provavelmente, se deve a fugacidade da fertilidade feminina se comparada à masculina. Os homens são produtores de gametas, enquanto as mulheres os estocam. Para todas elas existe um declínio fértil inevitável que se encaminhará para o esgotamento total da reserva de óvulos entre os 40 e 45 anos de idade. Para alguns deles, a produção se manterá estável e abundante durante essa mesma faixa etária.

Apesar desse cenário, os homens continuam responsáveis por 40% dos problemas relacionados à infertilidade do casal. Isso se deve basicamente às causas genéticas ou doenças infecciosas, ao uso excessivo de drogas, a varicocele, e ao sobreaquecimento nas partes genitais. Já existem pesquisas que também apontam a alimentação como responsável pelo déficit na produção quantitativa e qualitativa dos espermatozoides, mas ainda é preciso um número maior de estudos semelhantes, para concluir qual é realmente a causa desse problema.

Outro fator interessante é que, mesmo com fração igual na responsabilidade dos casos de infertilidade, os homens não se certificam disso até que suas parceiras os levem para avaliar de onde vem o problema e quais são as causas quando não conseguem engravidar. Isso revela um fator cultural, somado às capacidades reprodutivas masculinas já conhecidas.

O homem brasileiro, em geral, não vê a paternidade com urgência. Já para a maioria das mulheres, a maternidade parece ser uma meta, ainda mais se levarmos em conta o relógio reprodutivo. Há no comportamento do homem latino a força do machismo que direciona a ‘culpa’ da infertilidade à mulher, quando na realidade o problema, muitas vezes, pode estar nele e não nela. Por esse motivo, a preocupação com a própria fertilidade só se torna realmente urgente quando ambos pretendem construir uma família.

Para os homens, o espermograma é elucidativo quanto ao potencial de suas células. Artifícios como a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), através da qual se seleciona o melhor espermatozoide para fertilizar o óvulo e o injeta dentro do óvulo, são de grande ajuda para aqueles que sofrem com a baixa quantitativa desses gametas. De fato, esse é um processo bem menos burocrático em comparação à estimulação ovariana e o posterior recrutamento de óvulos.

Como a sociedade, a medicina reprodutiva evoluiu bastante. Não somente nas técnicas, mas também no modo como os pacientes lidam e enxergam a própria fertilidade. O problema da infertilidade é, na maioria das vezes, uma questão familiar conjunta, pois coloca em cheque projeções da vida em família. Somente o apoio mútuo torna todo o processo satisfatório e menos incômodo para todos os envolvidos nesse sonho.

. Por: Dr. Mauricio Chehin, médico especialista em reprodução humana do Grupo Huntington. Perfil-Grupo Huntington: criada em 1995, a Huntington Medicina Reprodutiva é um dos maiores grupos do Brasil, com cinco unidades instaladas em São Paulo e uma nova unidade em Campinas. Sob a direção de Paulo Serafini e Eduardo Motta, renomados especialistas na área, o grupo é referência nacional e internacional em tratamentos para fertilidade. A Huntington possui corpo médico e técnico-científico altamente capacitado, que se destaca na prática clínica, cirúrgica e tecnológica. Os principais tratamentos utilizados atualmente são: Inseminação Artificial, Fertilização in Vitro, além de técnicas de reversão de vasectomia e de laqueadura, entre outras.[www.huntington.com.br].

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