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19/02/2014 - 06:05

Procedimento HIFU completa três anos de sucesso

A ultra-sonografia de alta frequência e intensidade (HIFU), indicada para tumores em estágio inicial - foi realizada pela primeira vez, no HNSG.

Em 2011, o Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, realizou pela primeira vez um procedimento novo no Brasil, o HIFU, sigla em inglês para ultra-sonografia de alta frequência e intensidade. Neste ano, a nova tecnologia, que permite a aplicação de energia acústica (ultrassônica e não a radioativa) na próstata, comemora três anos de sucesso.

Durante este período, 54 pacientes foram submetidos ao HIFU e responderam satisfatoriamente a nova tecnica. “Os pacientes estão sob acompanhamento - e apresentam resultados oncológicos satisfatórios, conforme a historia clinica exame físico, determinação do PSA (antígeno prostático específico) no sangue, exames de imagem como ressonância magnética multiparamétrica. E, em casos selecionados, biópsia (por punção) da região tratada”, explica o uro-oncologista do HNSG, Marcelo Bendhack, também presidente da Associação Latinoamericana de Uro-Oncologia (UROLA) e responsável pela realização do procedimento.

O HIFU pode ser utilizado em casos de tumores em estágio inicial (restrito à próstata) ou câncer recidivado após radioterapia e cirurgia. Entretanto, cada caso deve ser analisado individualmente. “Pacientes tratados com HIFU têm menor risco de desenvolver complicações, como disfunção erétil, incontinência e toxicidade retal, se comparados com métodos convencionais (cirurgia ou radioterapia)”, relaciona.

Dados positivos -Entre os pacientes tratados com o HIFU, foi verificada complicações com o índice baixos em relação aos pacientes submetidos aos tratamentos convencionais. A incontinência urinária ocorreu em apenas 2,4% dos pacientes e a disfunção sexual erétil ou impotência em 26,2% dos casos. Em contrapartida, os homens que passam por cirurgia de retirada da próstata ou radioterapia – com tratamentos mais comuns - a incidência aumentou: a disfunção erétil cerca de 40 a 70% dos casos. E aqueles que desenvolveram dificuldades para controlar a urina, atingiram de 5% a 35%. “Ainda, em comparação com os tratamentos clássicos, a dificuldade de ereção, quando presente, é mais leve nos pacientes submetidos ao HIFU”, ressalta o especialista.

Segundo o Dr. Bendhack, são realizadas comparações, periodicamente, com os resultados de pesquisas e tratamentos praticados - para o tratamento da doença - no mundo e também no Brasil. “O HIFU é um tratamento potencialmente efetivo para o câncer de próstata localizado. Com baixa taxa de mortalidade, aumentando o índice de sobrevida - livre de metástases após 10 anos. Além de índices de efeitos colaterais satisfatórios”, comemora o médico.

Sobre o tratamento HIFU -O procedimento é realizado por uma cânula (transdutor ultrassônico) introduzida pelo reto. Este possui os dois modos de ultrassonografia: o habitual inclusive com Doppler colorido (que permite visualizar e definir a região de tratamento, nos eixos transversal e longitudinal, simultaneamente) e o HIFU (de alta frequência e intensidade), o qual elimina o tecido com precisão milimétrica. O paciente recebe anestesia locoregional (bloqueio) com sedação ou anestesia geral, e fica hospitalizado somente de 12 a 24 horas.

A área da próstata na qual é aplicada a energia e o tecido doente pode ser, dessa forma, eliminado. Este método é denominado como - ablativo, pois retira o tecido. O tratamento é realizado, habitualmente, em toda a próstata. "O objetivo é, no momento em que se elimina o tecido, extinguir também a região ou áreas que apresentam tumor maligno”, completa.

O Dr. Bendhack salienta que, nos estudos iniciais, esse método foi programado para tratar doenças benignas da próstata, mas poderá ter outras indicações. “Com o refinamento da tecnologia e a aquisição de resultados convincentes para o tratamento do câncer, existe a possibilidade de tratar doenças malignas”, comenta.

O HIFU pode também ser indicado e o tratamento acompanhado por médicos de outras equipes ou cidades. “Basta contatar nossa equipe para podermos endossar esta indicação, respeitando os detalhes técnicos. Desejamos que todos possam, dentro dos mais elevados preceitos éticos e de alta qualidade profissional, oferecer tal tecnologia aos seus pacientes”, afirma Dr. Marcelo Bendhack.

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