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07/12/2007 - 09:10

Anita Malfatti – tomei a liberdade de pintar a meu modo


A Editora Magma Cultural acaba de lançar o livro Anita Malfatti – tomei a liberdade de pintar a meu modo, de autoria de Luzia Portinari Greggio, que enfoca toda a vida e a obra da artista, destacando também sua produção, depois da controvertida exposição de 1917, além de um estudo inédito sobre as assinaturas de Anita. O livro reúne mais de 140 reproduções, entre retratos, flores, festas populares, paisagens, vilarejos, cenas rurais – pinturas (muitas inéditas) que revelam todo o estilo e a alma de uma das principais artistas brasileiras.

“Tomei a liberdade de pintar a meu modo”, foi o título/desabafo que a própria Anita cunhou para uma exposição realizada pelo Professor Pietro Maria Bardi no MASP, em 1955, na tentativa de dar um basta às polêmicas suscitadas em torno da trajetória artística de Anita.

A importância de Anita é inquestionável, não só pelo seu papel de pioneira da arte moderna no Brasil e pela ousadia de sua mostra de 1917, anos mais tarde chamada de “exposição insurrecional” por Paulo Mendes de Almeida, mas sobretudo pela qualidade de sua genial obra.

Anita Malfatti protagonizou uma das mais acirradas polêmicas no campo das artes plásticas no País, a partir da violenta e eloqüente crítica de Monteiro Lobato. No artigo “Paranóia ou Mistificação”, publicado em 1917, Lobato atacou a arte moderna de uma maneira geral e deplorou as obras de Anita, que ele entendia ter muito mais talento do que estava apresentando naquela mostra. Essa crítica foi por muitos anos tida como a responsável pela mudança na trajetória da artista. Luzia Portinari Greggio não concorda com essa versão, isenta Lobato da responsabilidade e demonstra como Anita escolheu outros caminhos, que ela considerava avanço e não retrocesso, como muitos, entre os quais Mário de Andrade.

O episódio de 1917 também é visto como o que deu origem ao movimento que desencadeou a Semana de Arte Moderna, em 1922, como testemunhou Mário de Andrade, ao reconhecer: “Não posso falar pelos meus companheiros de então, mas eu pessoalmente devo a revelação do novo e a convicção da revolta a ela e à força de seus quadros.”

O presente projeto é fruto de pesquisas que estão sendo realizadas por Luzia Portinari Greggio, há mais de 10 anos. Em 2001, Luzia ganhou o Prêmio Estímulo de Curta-Metragem, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, com o documentário Lembranças de Anita. Em 2004, foi convidada pela BM&F para organizar a exposição Obras Primas de Anita Malfatti, em comemoração aos 450 anos de São Paulo.

Neste livro a autora selecionou 140 obras de Anita, abrangendo todas as fases de sua vida, dando ênfase a obras inéditas, abrigadas em coleções particulares, longe do público. Mas não esqueceu das obras expressionistas mais famosas de sua produção posterior, as executadas em sua estadia em Paris na década de 20, dentro do chamado “retorno à ordem” nem de retratos, flores e daquelas voltadas aos temas nacionais, já influenciadas pela arte naïf –festas populares, paisagens emolduradas por guirlandas de flores de papel, vilarejos, cenas rurais, colheitas, gado pastando – despojadas e ingênuas.

O livro apresenta também um estudo sobre As assinaturas de Anita Malfatti onde a autora mostra algumas curiosidades. “É fascinante observar em sua assinatura o contexto psicológico que Anita vivenciava, o que é absolutamente comum, mas que, em Anita, assume características bem definidas e manifestas, incluindo a ausência de assinaturas, ou as assinaturas posteriores à finalização da obra.” Luzia ressalta ainda a existência, em inúmeras obras, de duplicidade de assinaturas. “Raiva, formalidade, intimidade, alegria, despreocupação ou timidez através da forma e do conteúdo. Sem cair na tentação de procurar evidências no terreno grafológico, não se pode deixar de notar essas características claramente marcantes e reveladas, principalmente em sua correspondência.”

O livro conta com prefácios de Maria Adelaide Amaral, Radha Abramo e Dóris Malfatti.

Maria Adelaide Amaral declara que “o que mais me fascinou no livro de Luzia Portinari Greggio, sobre Anita Malfatti, foi o mergulho na sua vida pessoal, sobretudo na correspondência com Mário de Andrade, através da qual o leitor pode mapear as suas dores, as suas alegrias e as suas fases”.

Radha Abramo avalia: “Luzia Portinari Greggio presta uma merecida homenagem a Anita Malfatti, principalmente pelo fato de também evidenciar um outro lado da obra da artista. Aquele lado que foi refutado pelos colegas modernistas e que lhe causou tantas e sofridas desaprovações. O lado ingênuo, o lado caipira, o lado quase infantil, como lembrou Lourival Gomes Machado.”

A autora - Luzia desde pequena respirou arte, convivendo com o tio Candido Portinari e com a irmã pintora Marysia, discípula do nosso grande artista. Cresceu cercada de quadros, livros e de amigos da família: jornalistas, críticos, pintores, cineastas, professores e intelectuais. Era, portanto, absolutamente natural seu interesse por História e Filosofia da Arte, recrudescido quando cursou Ciências Sociais, na USP, embora sua formação tenha se encaminhado para a Estatística e a Informática.

Anos depois, acabou envolvendo-se com processamento de imagens, por curiosidade e desígnios profissionais, ao ser incumbida de analisar a contratação de Sistema Afis, de reconhecimento de impressões digitais, pela Policia Científica do Estado. A partir desse fato, pesquisou muito nessa área e na de redes neurais, em parceria com seu irmão Ítalo e seu sobrinho Alfredo. Essa experiência derivou em seu interesse pelo estudo de assinaturas de alguns pintores, entre os quais Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Pancetti.

Magma Editora Cultural - A Magma Cultural é uma empresa formada por profissionais especializados nas áreas de pesquisa, produção e administração de projetos culturais.

Seu trabalho engloba desde a conceituação dos projetos até a comercialização dos produtos deles resultantes.

A Magma Cultural presta assessoria para diversas instituições, públicas e privadas, visando maximizar o retorno dos investimentos, com medição de resultados e um levantamento preciso voltado para destacar os valores e as ações da empresa junto à sociedade.

A empresa elabora os projetos desde a concepção artística até a total realização, sempre buscando mecanismos de financiamento que viabilizem tais ações junto a patrocinadores.

A concepção da Magma é trabalhar numa relação de integração e parceria com seus clientes, aproveitando sempre a sinergia e levando produtos de máxima qualidade para a sociedade.v

A editora já lançou importantes títulos no mercado nacional, como Príncipe de Asturias, As Moedas Contam a História do Brasil, Marc Ferrez – Santos Panorâmico e Santos e Seus Arrabaldes, de Militão Augusto de Azevedo.

Ainda para este ano, além de Anita Malfatti, a Magma Cultural irá lançar os livros Cobre – o Metal Eterno, no final de novembro, e Eles Falam da Alma, do fotógrafo João Henrique Neto, conhecido como Johnny, em dezembro.

Anita Malfatti – tomei a liberdade de pintar a meu modo: Editora Magma Editora Cultural, patrocinadores: MRS Logística, Finabank, Banco Fator, apoio Projeto Piracema, formato fechado: 22 x 29,7 cm | formato aberto: 44 x 29,7 cm | Miolo: Papel couchê fosco 170 g | Capa: dura, couchê fosco 170 g | Sobrecapa: Com Sobrecapa | Tiragem: 3000 exemplares | Nº de Páginas: 152 | Nº de Ilustrações:128 | Idioma: Português | Preço: R$ 120,00. * O livro poderá ser adquirido nas melhores livrarias do país e pelo site da editora: www.magmacultural.com.br .

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